sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Especulação imobiliária sem controle destrói o verde de Teresina

Por todas as regiões da capital de Teresina o verde exuberante de nossas árvores perde espaço para o barro vermelho e depois vira cinza concreto. Um absurdo o que está acontecendo em Teresina, vale ressaltar o registro que fiz de de obras na região do Recanto das Palmeiras na Avenida João XXIII, uma área importante na contenção de calor e manutenção da umidade está sendo destruída rapidamente. Vale ressaltar que ali existe um belo riacho, que é perene, e está ameaçado pelas construções desenfreadas. Mostro abaixo fotos de obras na região e uma foto aérea que visualiza o riacho.


Clique na imagem que ela amplia que você ver o detalhe do riacho.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Aconselho leitura desse texto retrata bem nossa realidade consumista atual


DESABAFO
Na fila do supermercado, o caixa diz uma senhora idosa:
- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente.
A senhora pediu desculpas e disse:
- Não havia essa onda verde no meu tempo.
O empregado respondeu:
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.
- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Governador é autorizado fazer corte de ipê-amarelo no centro de Teresina

Há alguns dias descobri um lindo ipê-amarelo próximo a Av. Miguel Rosa na Rua Olavo Bilac, mas infelizmente a árvore está com os dias contados, pois o governador Wilson Martins deve cortar a árvore em breve para fazer uma obra. Fiz a denúncia na Prefeitura de Teresina, e procurei o Secretaria de Meio Aambiente e Recursos Hídricos - SEMAM, sobre o corte do ipê e que outras árvores já haviam sido cortadas na área sem autorização da PMT. Conversei pessoalmente com secretário Deocleciano, que me informou que multaria o governador, mas isso até o momento não aconteceu, e ainda soube que a PMT autorizou o corte da árvore. COnversei com um fiscal da PMT que foi no local, e ele afirmou que ali se encontravam irregularidades e que deveria ser aplicada a multa. Não deixaremos isso passar em branco!


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Piauí é o estado brasileiro que mais desmata o cerrado, diz MMA

Piauí e Maranhão juntos derrubaram área de 25 mil campos de futebol.



O Piauí foi o estado que mais desmatou a vegetação do Cerrado até 2010, conforme dados apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). No período, o Piauí entre desmatou 1,05% do Cerrado e o Maranhão, 0,7%. Maranhão e Piauí são estados que têm implementado desmate mais acentuado.

No Brasil, o desmatamento acumulado do Cerrado até 2010 já atingiu 48,5% do bioma, uma área de quase 100 mil quilômetros quadrados. Embora o acumulado tenha registrado um aumento de 0,32% entre 2009 e 2010 (6.469 km2), o ritmo das motosserras diminuiu neste período com relação ao anterior. De 2008 a 2009, 0,37% do Cerrado foi derrubado.

O órgão afirmou que os vetores da derrubada de vegetação nativa são velhos conhecidos: a agropecuária e o carvão que alimenta a indústria siderúrgica nacional. O governo ainda não sabe quanto desse desmatamento foi autorizado e quanto foi ilegal.

“Os vetores tradicionais são os mesmos, a agropecuária e carvão. A fiscalização não está só correndo atrás do prejuízo. No caso do carvão, estamos quebrando a coluna vertebral da cadeia econômica”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
"Os vetores tradicionais são os mesmos, a agropecuária e carvão".

O Ministério também divulgou um balanço sobre as queimadas que atingem Unidades de Conservação do país. No total, dez áreas protegidas foram atingidas pelo fogo, em sua maioria intencionalmente provocado, segundo o presidente do ICMBio, Rômulo Mello. A área atingida este ano, no entanto, foi menor do que no ano passado. Em 2010, 1,6 milhão de hectares foram queimados dentro de parques, florestas nacionais, reservas biológicas e outras unidades destinadas à preservação. Este ano, o fogo já destruiu 322 mil hectares.

Uma das regiões mais atingidas foi o Distrito Federal, onde a Floresta Nacional (Flona) de Brasília já teve um quarto de sua vegetação nativa consumida pelo incêndio que, embora controlado, continua ardendo. Neste caso, o órgão do MMA responsável pela gestão das Unidades de Conservação disse ter provas de que o fogo foi criminoso.

“Nosso pessoal em campo identificou pessoas que tinham botado fogo dentro da unidade, eles foram perseguidos, mas se evadiram. Estamos acionando a Polícia Federal para investigar. A Flona foi criada para ser uma área a ser protegida e evitar a formação de loteamentos” disse Mello, que acredita que pessoas insatisfeitas com a criação da unidade possam ter motivado o crime.


*Informações do O Globo

sábado, 10 de setembro de 2011

Duas novas ararinhas-azuis nascem em cativeiro

A Associação para a Conservação dos Papagaios Ameaçados (ACTP, na sigla em inglês) divulgou nesta sexta-feira a informação de que duas novas ararinhas-azuis (Spix-macaw) estão crescendo saudáveis em seu aviário em Berlim, Alemanha. As duas aves, batizadas de Paul e Paula, nasceram no inicio de julho mas sua sobrevivência só foi confirmada após a passagem desses primeiros dois meses, considerados críticos.

Paul e Paula. Com novas ararinhas nascidas na Alemanha, população da ave em cativeiro chega a 100 indivíduos (Foto: Patrick Pleu)


A ararinha é uma espécie tipica da caatinga brasileira e considerada extinta na natureza desde 1990. Atualmente, existem cerca de 100 exemplares criados em cativeiro, em um programa de recuperação da especie que envolve diversas organizações ao redor do mundo, sob a coordenação do governo brasileiro. A maior dificuldade é contornar a alta mortalidade dos filhotes, devido a baixa variabilidade genética da população. A maioria dos indivíduos advém de uma mesma família.

Ainda há esperança: Ararinha pode retornar ao sertao

A ACTP possui no momento 13 exemplares da ararinha em seu aviário em Berlim. Segundo comunicado distribuído à imprensa pela organização, as recém-nascidas descendem de um casal de ararinhas com o qual se tem feito cruzamentos desde janeiro desde ano. Como o par nunca havia chocado ovos, a equipe decidiu deixar a tarefa para um casal de araras de cabeça azul (Primolius couloni). Ao mesmo tempo, ovos desta última espécie foram colocados para a fêmea da ararinha, que segundo a equipe da ACTP, "fez um bom trabalho" e garantiu o nascimento dos filhotinhos da arara de cabeça azul.


Saiba mais: ACTP

Teresina 350: um dia em favor do clima

O Teresina 350 faz parte da manifestação mundial 350.org a favor do clima. Venha de bicicleta, patins, skate ou mesmo a pé. Traga sua família e seus amigos. Estaremos doando 350 mudas de árvores nativas após uma pedalada no percurso da avenida.


Visitem a página da ONG + Vida, e confirme sua presença.


Ou Facebook

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Desenvolvimento Integrado, Política Ambiental e Economia Verde

Em relação à dimensão ambiental temos ainda um dilema em relação ao modelo de desenvolvimento que queremos perseguir e de que forma o Brasil quer se inserir no contexto global considerando a questão ambiental como um ativo ou um obstáculo.

Volney Zanardi Júnior

Publicado originalmente no Portal EcoDebate

O Brasil vive, no momento atual, uma contradição que requer que seja feita uma opção clara em relação aos seus caminhos para o desenvolvimento. As políticas sociais desenvolvidas nos últimos anos revelam que já há um claro entendimento de que crescimento econômico não resulta necessariamente em diminuição das desigualdades sociais e, portanto, inclusão social. No entanto, em relação à dimensão ambiental temos ainda um dilema em relação ao modelo que queremos perseguir e de que forma o Brasil quer se inserir no contexto global considerando a questão ambiental como um ativo ou um obstáculo. O estabelecimento de uma política de desenvolvimento em que os três pilares do desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental) estejam integrados, é um grande desafio que precisamos continuar enfrentando para consolidar uma posição de protagonista no cenário global.

A construção de uma política ambiental brasileira propriamente dita se desenvolveu de forma tardia se comparada às demais políticas públicas brasileiras. A política ambiental brasileira começa a existir de fato com a Lei Federal 6.938/81 que criou o Sistema Nacional de Meio Ambiente e estabeleceu os objetivos, princípios, diretrizes, instrumentos, atribuições e instituições da política ambiental nacional. Dentre os instrumentos por ela enumerados, encontramos: a avaliação de impactos ambientais, o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, procedimentos esses ratificados e assegurados na Constituição Federal de 1988. Até este período, o modelo da política ambiental brasileira tinha basicamente como pilares: o controle da poluição e a criação de unidades de conservação. 

Com o Relatório Bruntland – mais conhecido como Nosso Futuro Comum – de 1987, surge o conceito de “desenvolvimento sustentável”, e na realização da Eco-92, no Rio de Janeiro, há uma redefinição dos temas de política ambiental no mundo. Pelo menos conceitualmente é afirmada a necessidade de uma perspectiva integrada para o desenvolvimento que, de forma geral, é assentando essencialmente na integração entre o crescimento econômico, equidade social e a proteção do ambiente. Desta forma, o desenrolar da agenda global cria uma nova referência para a política ambiental mundial. Paralelamente, o Brasil, no plano econômico, começa a viver a experiência da estabilidade macroeconômica e a retomada do crescimento de forma gradativa até que este acelera-se significativamente nos últimos anos, proporcionando a retirada de milhões de brasileiros da condição de pobreza. Este processo de aceleração do crescimento evidenciou claramente que a política ambiental brasileira precisa avançar rapidamente de um enfoque corretivo ou preventivo para uma perspectiva que dialogue mais firmemente com nossos objetivos estratégicos de desenvolvimento. 

Neste contexto, a falta de uma visão de planejamento de médio e longo prazo tem sido um fator de dificuldade para facilitar a incorporação da dimensão ambiental nas políticas públicas brasileiras. No caso da experiência do Plano Plurianual (PPA), tanto no plano federal ou estadual é notória a prática de “recorta e cola” de cada política setorial específica, sem que haja um cruzamento matricial destas questões [1]. Historicamente esta situação tem se revelado nas constantes contradições presentes entre meio ambiente e infraestrutura, desenvolvimento econômico, política industrial e política agrícola. Este exemplo do PPA, e outros como a introdução dos biocombustíveis no mercado global, o desenvolvimento da alternativa hidroelétrica na Amazônia, o incremento da exploração e produção de petróleo e gás, sugerem a necessidade de garantirmos no Estado brasileiro um lócus de planejamento estratégico que considere a dimensão ambiental e a conexão com as políticas de desenvolvimento regional e setoriais. 

A sua operacionalização poderia ser feita com a ajuda de novos instrumentos de planejamento como a Avaliação Ambiental Estratégica, mas que não substituem a decisão política de integrarmos, de forma compartilhada com estados e municípios, as questões sociais e ambientais na nossa estratégia de desenvolvimento. No entanto, apesar destas limitações, nos últimos anos, identificamos alguns exemplos que sinalizam uma maior integração nas nossas políticas públicas, como: a Política Nacional de Saneamento Básico (Lei 11.445/2007), a Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei Nº 12.187/2009), a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), a recente MP 535/2011, que instituiu o Programa de Apoio à Conservação Ambiental e o Programa de Fomento às Atividades Rurais, e a revisão da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP 2011-2014), na qual a sustentabilidade dos setores produtivos é abordada como uma oportunidade de melhora da competitividade das empresas e um mote para aproveitar a recente crise econômica para estimular novos investimentos produtivos na indústria ambiental, em direção à “economia verde”.

A sustentabilidade, necessariamente, implica em uma maior racionalidade no uso e conservação dos recursos naturais, na adoção de práticas sustentáveis no âmbito da produção e do consumo, do reuso e reciclagem de materiais e na gestão e aproveitamento de insumos e resíduos e, também, na melhoria da qualidade ambiental nos centros urbanos e nas comunidades rurais, proporcionando sempre a geração de novas oportunidades de emprego e renda. Recentes relatórios de instituições acreditadas internacionalmente reforçam esta perspectiva e relacionam a “economia verde” às Metas de Desenvolvimento do Milênio e disso depende a oferta futura de bens, serviços e empregos e a redução da pobreza extrema em várias regiões do globo. 

Na Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em junho de 2012, a agenda da “economia verde” será um dos principais temas em discussão. A integração de diversos setores econômicos à economia verde na equação do desenvolvimento sustentável é o desafio à frente para o Brasil e as nações de todo o mundo. 

[1] O PPA (2012-2015) está sendo proposto dentro de uma nova abordagem que sinaliza na direção do enfrentamento do desafio do planejamento integrado.

(*) Eng. Químico, MSc em Ecologia, PhD em Ciências Ambientais, Diretor do Departamento de Gestão Estratégica do Ministério do Meio Ambiente

A geografia da violência - Autor examina conflitos e mudança do clima

Autor examina conflitos e mudança do clima

Trópico do Caos. Assim o jornalista Christian Parenti chamou a faixa que circunda a Terra entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, e onde nações já desestabilizadas são particularmente vulneráveis aos efeitos devastadores de padrões do clima cada vez mais extremos. Seu livro começou como uma investigação sobre o Afeganistão, mas acabou aumentando sua abrangência e resultando em Trópico do Caos: Mudança do Clima e a Nova Geogrqafia da Violência (Tropic of Chaos: Climate Change and the New Geography of Violence). Eis um resumo da entrevista concecida por Parenti ao Grist:

"Eu tinha um contrato para escrever um livro sobre o Afeganistão, mas achei que já havia livros sobre o assunto se você quisesse ler. Mas não havia um livro sobre como a mudança do clima vai criar violência, e já criou. A mudança do clima funciona junto com outros problemas pre-existentes, particularmente o legado da Guerra Fria, e o legado da reestruturacão econômica neoliberal. Estas duas forças combinadas criaram um cenário para a crise, em grande parte do sul do globo. E agora chega a mudança antropogênica do clima, espalhando uma única e intensa destruição, au aumentando a intensidade dos conflitos existentes. 

"A Guerra Fria criou um excesso de armas no sul do globo. Criou infraestruturas de contrabando e assassinatos, deixou para trás todos os tipos de estratégias de táticas de guerrilha assimétrica. Em países que estavam na linha de frente representando os poderes da Guerra Fria, a paisagem está tomada de bandos de homens armados cujo negócio é traficar armas e drogas, ou diamantes de sangue. E o legado da reestruturação econômica e do neoliberalismo, através de programas de ajustamento estrutural do FMI e do Banco Mundial, aumentou a iniquidade e a pobreza. Há uma coisa que os sociólogos chamam de privação relativa. É claro que ela não causou por si mesma a instabilidade e a violência. Mas a experiência em relação ao que era e ao que deveria ser, o que seria justo, está definidamente relacionada com a rebelião. 

"No Afeganistão, a seca está forçando as pessoas a produzir papoulas. De um lado, são atacadas pela Otan, os EUA e o governo afegão.. De outro, são protegidas pelo Talibã. Elas estão fazendo isto porque as papoulas são reistentes à seca. Elas usam um quinto da água usada pelo trigo. E o país passa pela pior seca de sua história. E esta seca segue os padrões da mudança do clima. 

"No caso da primavera árabe, o Egito, por exemplo, viveu por 30 anos sob um a cleptocracia policial. Por que as pessoas não se rebelaram no ano passado, ou dois anos atrás? Uma das coisas que aconteceram foi que o preço dos grãos quase dobrou no ano passado. O preço do milho subiu 91% e o do trigo, 83%. Os preços do milho foram afetados pelas enchentes no Canadá, nos EUA e na Austrália. A do Mar Negro, a pior na antiga União Soviética em um século, afetou muito a colheita de grãos na Ucrânia, Rússia e Casaquistão. O maior exportador do mundo, a Rússia, declarou uma proibição total de exportação. O maior importador mundial de trigo é o Egito. Os egípcios gastam 40% de sua renda com alimentos. Estas rebeliões sempre envolvem muitas coisas, mas a mudança do clima é crucial. 

"Não acho que este tipo de instabilidade esteja no horizonte nos EUA. O que está no horizonte americano, como resposta a crises causadas pela mudança do clima, é o aumento da xenofobia, da vigilância, da repressão e um endurecimento do estado. Isto está em curso nos últimos 30 anos, e não está articulado como resposta à mudança do clima, mas pode-se perceber que algumas das pressões são ligadas à imigração, em parte causada pela mudança do clima. Nós precisamos agir coletivamente. Ou os EUA serão um estado mais repressivo ou um estado que se comprometa com o planejamento econômico, a distribuição econômica, um New Deal verde, uma economia mista - basicamente um keynesianismo verde.

Mais de '40 filhotes' de tartarugas gigantes nasceram no litoral do PI

Na madrugada deste domingo, dia 24, os técnicos do Projeto Tartarugas do Delta acompanharam o nascimento de mais de 40 Tartarugas de Couro ou Tartaruga Gigante na praia da Pedra do Sal em Parnaíba, litoral do Piauí. A saída dos filhotes do ninho durou cerca de duas horas, após a eclosão os biólogos do Tartarugas do Delta conduziram os animais até o mar onde foi realizada a soltura.



Para a coordenadora técnica do projeto, bióloga Werlanne Santana, o número de Tartarugas de Couro que nasceu durante a madrugada pode ser considerado um fenômeno bastante positivo porque a destruição dos locais de desova e a baixa taxa de sobrevivência das tartaruguinhas recém-nascidas torna esta espécie a mais ameaçada de extinção.

“Em virtude da complexidade da Tartaruga de Couro e pela baixíssima natalidade desse animal se comparado com outras espécies, ter o nascimento de mais de 40 filhotes na praia da Pedra do Sal nos deixa muito animados com o trabalho que estamos realizando”, explicou a bióloga.


A Tartaruga de Couro ou Gigante é o símbolo do projeto piauiense patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental, o animal pode chegar a medir dois metros de comprimento de casco, pesar 900 quilos e viver em média um séculos. A praia da Pedra do Sal em Parnaíba é a principal área de reprodução da Tartaruga de Couro no litoral do Piauí.

sábado, 16 de julho de 2011

APIPA realiza show beneficente no dia 23 de Julho

Show Beneficente em prol dos animais abandonados.

Compareça e ajude a APIPA - Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais. A Bilheteria vai ser totalmente revertida a Apipa.

Marque presença.

Apenas 10,00
Para mais informações: 88468020 - 9951-0201

Fonte: http://www.showseventosdeteresina.com.br

Mais de 165 ambientalistas ameaçados de morte no Brasil

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou, nesta semana, uma lista com o nome de ambientalistas que já sofreram ameaças de morte ou sobreviveram a atentados violentos no país, entre os anos de 2000 a 2010.
De acordo com a organização, a lista completa apresenta 165 ambientalistas foram ameaçados de morte mais de uma vez. Uma outra lista, que foi apresentada para o governo Federal, tem 1.855 nomes que sofreram algum tipo de ameaça no período. Destes, 2007 receberam mais de uma ameaça e 42 foram assassinados.
Segundo a CPT, o Ministério da Justiça informou que teria condições de oferecer proteção policial APENAS para 30 ambientalistas que já sofreram um atentando, considerados os mais graves.
Em menos de uma semana, quatro pessoas morreram na Região Norte, três delas no Pará e uma em Rondônia. No Pará, a morte de um agricultor, segundo a Polícia local, não tem relação com a morte de ambientalistas na mesma região. Há possibilidade de elo do agricultor com tráfico de drogas. No entanto, a Delegacia de Conflitos Agrários ainda investiga o caso antes de descartar que o assassinato tenha ocorrido por questão agrária.
Essa semana  para conter os conflitos agrários na Região Norte do país, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, analisou uma lista com 125 nomes feita pela CPT de ambientalistas e trabalhadores rurais ameaçados de morte.

Florestas mundiais têm um papel maior do que se imaginava no combate à mudança climática

Floresta na Serra da Capivara

Estudo amplia papel das florestas no combate ao aquecimento – As florestas mundiais têm um papel maior do que se imaginava no combate à mudança climática, disseram cientistas no mais abrangente estudo já realizado a respeito da capacidade de absorção florestal do dióxido de carbono atmosférico.
O estudo deve contribuir para a implementação do Redd (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação), um programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para a criação de um mercado global de créditos de carbono, recompensando projetos que protejam as florestas tropicais. Se essas florestas armazenam mais carbono do que se imaginava, os projetos se tornam mais valiosos.
Reportagem de David Fogarty, da Reuters.
Já se sabia que as árvores, ao crescerem, capturam grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2), o principal dos gases do efeito estufa. Mas até agora não havia sido possível calcular quanto CO2 as árvores absorvem em diferentes partes do planeta, e qual é o total global de gases liberado na derrubada e queima das matas.
O estudo a ser divulgado na sexta-feira na revista Science discrimina a capacidade de absorção nas florestas tropicais, temperadas e boreais, e mostra que as árvores capturam mais de 10 por cento do CO2 gerado por atividades humanas, mesmo quando se leva em conta todas as emissões decorrentes do desmatamento.
“Esta análise coloca as florestas num nível de importância ainda mais elevado na regulamentação do CO2 atmosférico”, disse Pep Canadell, um dos autores do estudo e diretor do Projeto Carbono Global, ligado à Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth, na Austrália.
Com base em dados estatísticos, informações de satélites e modelos computacionais, os cientistas calcularam que as florestas estabelecidas e recém-replantadas nos trópicos absorveram quase 15 bilhões de toneladas de CO2 no último ano – equivalente a cerca de metade das emissões causadas por indústrias, transportes e outras fontes. Por outro lado, o desmatamento gerou 10,7 bilhões de toneladas.
Uma grande surpresa foi o fato de que florestas recém-replantadas nos trópicos são muito mais eficazes do que se pensava na absorção do CO2, totalizando quase 6 bilhões de toneladas de CO2, aproximadamente a emissão total dos EUA em um ano.
Para Canadell, isso mostra que alguns países estão abrindo mão de grandes benefícios do programa Redd ao menosprezarem as oportunidades geradas pela recuperação florestal.
Reportagem da Reuters, no Estadão.com.br

terça-feira, 28 de junho de 2011

Projeto Tartarugas do Delta será lançado oficialmente em julho


A Comissão Ilha Ativa – CIA, divulgou na imprensa sobre o evento de lançamento oficial do Projeto Tartarugas do Delta patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental.

O Tartarugas do Delta realiza o trabalho de conservação ambiental de tartarugas marinhas na região litorânea do Piauí, bem como na Ilha dos Poldros no Delta do Parnaíba.

O evento será realizado dia 04 de julho de 2011 às 18h30 no Sesc Praia na cidade de Luís Correia, litoral do Piauí.

Fonte: tartarugasdodelta.org.br

terça-feira, 21 de junho de 2011

REAPI pede proteção de vida para ambientalista piauiense

Presidente da FURPA, ambientalista Francisco Soares

Diante da invasão, na tarde de ontem, dia 20,  por três elementos fortemente armados na residência do ambientalista Francisco Soares, presidente da Fundação Rio Parnaíba-FURPA, e conselheiro do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA, a Rede Ambiental do Piauí-REAPI, vem a público denunciar que o ambientalista, que no momento não se encontrava em casa, foi vítima de uma tentativa de assassinato, devido o comportamento dos indivíduos, que uma vez no interior da residência,  limitaram-se a procurá-lo, como não o encontraram,  saíram em busca de documentos. Quarenta minutos depois, saíram sem nada levaram como fruto de roubo.

Desde 2007  Soares vem promovendo fortes denuncias de crimes ambientais no CONAMA, como  os desmatamentos irregulares, as carvoarias e a grilagem de terras no Sul do Estado, na região da Serra Vermelha. Semana passada, a Ministra do  Meio Ambiente, Izabela Teixeira, determinou o enviou da Polícia Federal e fiscais do Ibama e Instituto Chico Mendes-ICMBio, a região, para apurar os crimes denunciados pelo o Ambientalista. O que pode ter contribuindo  para desagradar os exploradores da região. 

Diante da situação, a REAPI, através das entidades que a compõem está solicitando ao Ministério do Meio Ambiente, Polícia Federal e ao Ministério da Justiça, proteção e segurança de vida ao ambientalista.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Bioanálise investe em tecnologia visando o meio ambiente


O laboratório Bioanálise sempre investe em novas tecnologias procurando oferecer cada vez mais conforto e segurança no atendimento dos seus clientes, e desta vez inova com responsabilidade socioambiental visando o futuro do planeta. Recentemente foram instalados em todas as unidades da Bioanálise filtros capacitivos, que protegem a rede elétrica dos laboratórios, e reduzem o consumo de energia.

A tecnologia dos filtros capacitivos foi adquirida através da empresa EconomicLuz, e visa proteger a rede elétrica melhorando também o funcionamento dos equipamentos, e consequentemente, obtendo a redução do consumo energia colaborando assim com o meio ambiente.

Vale destacar que além da redução no consumo de energia a Bioanálise reduziu a queima de lâmpadas e diversos outros equipamentos que poderiam estar sendo danificados pelas distorções na energia, e consequentemente, virando lixo eletrônico.

Além do prejuízo material estes equipamentos danificados, ou queimados, se transformariam em resíduos sólidos, hoje considerados um grave problema mundial, pois neles estão contidos diversos produtos químicos nocivos a saúde.

A Bioanálise ainda irá receber nos próximos dias um “Certificado de Empresa Amiga do Meio Ambiente”, o qual será disponibilizado pela Rede Ambiental do Piauí – REAPI em parceria com a Economicluz.

Energia e Florestas

Em 2011 está sendo comemorado o Ano Internacional das Floresta, promovido pela Organização das Nações Unidas - ONU. No Brasil, grande parte da energia elétrica produzida está diretamente ligada às hidrelétricas espalhadas pelo país,e contudo, há problemas ambientais acerca dessa produção de energia em específico, como a devastação de grandes áreas de terra e plantação para a construção de represas. Isso já se torna um problema comum da produção de energia em relação à preservação do meio ambiente. No entanto, medidas que reduzam o consumo são importantes para o planeta.

sábado, 18 de junho de 2011

Piauí está entre os três Estados que mais desmatam a Caatinga


Segundo levantamento do Centro de Sensoriamento Remoto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (IBAMA), os Estados da Bahia, Ceará e Piauí lideram os desmatamentos do bioma Caatinga no Brasil.



De acordo com a pesquisa, divulgada nesta semana, entre os anos de 2008 e 2009, essa unidade biológica exclusivamente brasileira perdeu 1.921 km² de vegetação nativa. Essa área é equivalente a 200 campos de futebol.O bioma está presente em 10 Estados brasileiros: Bahia, Paraíba, do Maranhão, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e no norte de Minas Gerais. 
A Caatinga está presente em 11% do território nacional.Juntos, Bahia, Ceará e Piauí respondem por 77% das perdas dessa vegetação no período analisado. A Caatinga vem sendo extinta pelas constantes explorações ilegais de madeira para a produção de carvão e pela vulnerabilidade do bioma às mudanças climáticas.

Um levantamento recente aponta que a vegetação perdeu cerca de 46% da vegetação original. Muitas áreas que registram a presença da Caatinga também correm risco de entrar em processo de desertificação.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Bioanálise apóia exposição fotográfica Bio Piauí

Por Dionísio Neto
Preocupada com questão ecológica local a empresa Bioanálise apóia a “Exposição Fotográfica Bio Piauí”, realizada pela Rede Ambiental do Piauí – REAPI, que traz imagens das belezas e da destruição da biodiversidade que acontece no Piauí. As fotografias já percorreram São Paulo, e estão sendo expostas em diversos locais de Teresina.

A importância da exposição tem como foco despertar a importância da preservação, e bem como a utilização racional de nossos ecossistemas durante a Semana do Meio Ambiente, e também em comemoração ao Ano Internacional das Florestas em 2011, segundo a ONU.

A exposição fotográfica revela a destruição dos ecossistemas piauienses, ela começou em São Paulo, no Parque Ibirapuera, dentro da programação do evento “Viva Mata”, entre os dias 20 e 22 de maio, sendo vista por mais de 30 mil visitantes.

Na capital Teresina a exposição já percorreu o Complexo Ponte Estaiada, Parque da Cidade e atenderá a pedido de universidades e escolas. As imagens são dos fotógrafos André Pessoa e Margareth Leite.

Secretário de Educação-SC condenado por Marketing Verde

 O juiz Roberto Lepper, em exercício na 1ª Vara da Fazenda Pública de Joinville, condenou o ex-prefeito da cidade e atual secretário de Educação do Estado de Santa Catarina, Marco Antônio Tebaldi, por improbidade administrativa, nesta segunda-feira (13/6). Da sentença cabe recurso. Ao julgar duas ações conjuntas, uma proposta por um cidadão joinvilense e outra pelo Ministério Público, o juiz reconheceu que o então prefeito da maior cidade catarinense utilizou dinheiro público para promoção pessoal.

    Segundo o que consta no processo, no ano de 2003, a prefeitura de Joinville, por meio da Fundação Municipal de Esportes, encomendou e distribuiu 8 mil panfletos "educativos" para promover o projeto "Jovem Cidadão", cujo objetivo era buscar a despoluição do rio Cachoeira, que corta a área central da cidade. No entanto, os panfletos foram ilustrados com menções ao então prefeito, inclusive com o nome de Marco Tebaldi gravado no material, prática que é expressamente vedada pela Constituição Federal.

   "Ao direcionar os serviços e recursos públicos para a satisfação de objetivos pessoais, promovendo o próprio nome perante os eleitores, o réu deu as costas ao anseio popular e, ao invés de fazer bom uso dos sempre parcos recursos públicos, gastou parte deles para firmar sua imagem como político", sublinhou o magistrado em sua sentença, linhas antes de concluir que "a má-versação das verbas recebidas, que acabaram financiando a impressão de milhares de panfletos estampados com o nome do então Prefeito, configura inegável lesão ao patrimônio público, pelo próprio desvirtuamento do fim a que se destinavam" (Autos n. 03804005298-0).

Eleita nova coordenação nacional do FBOMS durante XX Encontro Nacional

Por REAPI e FBOMS

Cerca de 50 organizações do Brasil inteiro participaram do XX Encontro Nacional do FBOMS, em que a nova coordenação nacional e o comitê de força tarefa para a Rio+20 foram eleitos.

Entidades do Brasil inteiro reuniram em Brasília-DF, nos últimos dias 13 e 14, para XX Encontro Nacional do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS).

Participaram do evento cerca de 50 representantes de organizações da sociedade civil e movimentos sociais, com o objetivo principal de mapear os problemas, desafios e estratégias de trabalho do Fórum.

O FBOMS foi criado em 1990 visando facilitar a participação da sociedade civil em todo o processo da Rio-92. Após a conferência os membros do FBOMS decidiram dar continuidade na perspectiva de consolidação do espaço de articulação existente. Desde então, seu papel fundamental tem sido o de englobar diversos movimentos socioambientais atuando com espaço de interlocução política nas diversas instâncias governamentais e também garantir a participação da sociedade civil nos conselhos nacionais e internacionais.

A pauta da reunião teve como temas norteadores o debate da Rio+20, marco regulatório e processos organizativos. Além disso, assuntos como regras de atuação, papel da comunicação, temas prioritários para articulação e caminhos para o fortalecimento do movimento socioambiental brasileiro são questões adjacentes tratados dentro dos grandes eixos.

Ainda durante o encontro houve a eleição da nova coordenação nacional do FBOMS, em que oito entidades foram eleitas: Vitae Civilis, representando o sudeste, Mater Natura, representando a região sul, GTA e Comvida, o norte, Fundação Esquel, representando o Centro Oeste, a ASPOAN e Terra Azul, do nordeste e, por fim, o MAB nacional que está esperando uma deliberação da direção.

Além disso, foi criado um comitê de força tarefa para auxiliar na organização da Rio+20. Farão parte dessa comissão o Instituto Socioambiental (ISA), Rede Ambiental do Piauí (Reapi), Assembléia Permanente de Entidades de Defesa do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (Apedema), Instituto Ipanema, Rede da Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade (Rejuma) e o Centro de Estudos Ambientais (Cea).

Foi anunciado também que o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e o Vitae Civilis – Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz farão parte da secretaria executiva do Comitê Facilitador da sociedade civil da Rio+20.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Em pesquisa Datafolha, plantações e pecuária em Áreas de Preservação Permanente (APPs) são rejeitadas por 95%

Publicado por EcoDebate, 13/06/2011

Plantação em margem de rio é rejeitada por 95% – Pesquisa sobre reforma do Código Florestal mostra também que 79% aprovam veto da presidente Dilma à proposta aprovada na Câmara

Pesquisa sobre a reforma do Código Florestal feita pelo Datafolha com 1.286 pessoas aponta que 95% dos entrevistados não aceitam manter plantações e a pecuária existentes hoje em Áreas de Preservação Permanente (APPs), como encostas íngremes, topos de morro e margens de rios. Reportagem de Afra Balazina e Andrea Vialli, em O Estado de S.Paulo.

O estudo para medir o que a população pensa sobre o projeto do novo Código Florestal – aprovado na Câmara em maio -, foi encomendado por seis ONGs ambientalistas: Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, Imaflora, Imazon, Instituto Socioambiental, Fundação SOS Mata Atlântica e WWF-Brasil.

Segundo a pesquisa, 77% das pessoas avaliam que o Senado deveria parar para ouvir os cientistas antes de votar a questão. E 20% consideram que o Código deveria ser votado imediatamente para resolver o problema das multas. Hoje, produtores que desmataram tiveram a cobrança das multas adiada até que o projeto seja votado.

No levantamento, 79% dos entrevistados apoiam o eventual veto da presidente Dilma Rousseff, caso o Senado aprove a mesma proposta aceita pela Câmara. A presidente já afirmou ser contra a anistia para quem desmatou – o projeto prevê o perdão para quem cortou a mata até julho de 2008.

Um total de 45% dizem que devem ser perdoados apenas aqueles que concordarem em repor a vegetação desmatada. E 48% avaliam que quem desmatou deve ser punido de qualquer forma para dar exemplo para as gerações futuras. Apenas 5% dos ouvidos consideram que todos devem ser perdoados, sem necessidade de repor a vegetação, pois o fizeram para produzir.

Na opinião da maioria das pessoas ouvidas pela pesquisa (85%), o País deve priorizar a proteção das florestas.

“Insignificante”. Para Assuero Doca Veronez, da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), essa pesquisa “encomendada por ONGs significa pouco” e tem baixa influência para a decisão do Senado. Segundo ele, a pesquisa deveria ter incluído nas perguntas se as pessoas estavam dispostas a pagar mais pelos alimentos no caso de o produtor ser obrigado a restaurar as áreas ocupadas.

Roberto Smeraldi, diretor da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, afirma que a pesquisa indica que os brasileiros estão atentos à questão. “Os resultados são expressivos e mostram uma grande contradição entre o País real e o País que legisla na Câmara dos Deputados”, diz.

Embora apenas 7% da amostra seja composta por residentes da área rural, ele diz que isso não influenciou o resultado da pesquisa. “Em termos de conteúdo, não há grandes diferenças entre a opinião das pessoas que vivem no meio rural e no meio urbano”, diz. Como exemplo, 66% dos entrevistados defendem que sejam mantidas apenas as atividades agropecuárias que segurem o solo e não representem riscos de acidentes. No meio rural, a taxa sobe para 68%.

Florestas x produção

85% das pessoas ouvidas pela pesquisa Datafolha consideram que se deve priorizar a proteção de florestas

10% afirmam que se deve priorizar a produção e 5% dizem não saber

PARA ENTENDER
Pesquisa ouviu 1.286 pessoas

A pesquisa Datafolha sobre o Código Florestal foi realizada com 1.286 pessoas, entre os dias 3 e 7 de junho. A pesquisa teve abrangência nacional, incluindo áreas urbanas e rurais, e o universo pesquisado foi de pessoas com 16 anos ou mais, com telefone fixo para posterior checagem. A maioria (93%) reside em áreas urbanas, 59% na Região Sudeste, 33% estão na faixa etária entre 16 e 29 anos, 44% concluíram o ensino médio e 25% têm rendimentos de até dois salários mínimos mensais.

A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos porcentuais.

terça-feira, 7 de junho de 2011

No Piauí, meio ambiente está sob controle da motosserra

Um embate entre ambientalistas e ruralistas que retarda a votação do projeto de lei que atualiza o Código Florestal é a definição se os Estados poderão conceder licenças ambientais para a exploração de Áreas de Proteção Permanente (APPs) ou se o ato será exclusivo do Governo Federal.

No Piauí, carvoarias atuam licenciadas pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, o que, para o deputado Paes Landim (PTB-PI), demonstra a "absurdidade de se imaginar a entrega aos Estados da licença ambiental". Ele é o único ambientalista da bancada piauiense.

Ontem (19/5/11), na tribuna, Paes Landim saiu em defesa da proposta que impede uma possível farra das motosserras Brasil afora: "No meu entender, entregar aos Estados a prerrogativa da regularização ambiental é um ato de loucura. A questão ambiental não é somente um problema federativo, mas é problema internacional. Tem que estar afeto à União, que tem interlocução com outros Estados, bem como com a comunidade internacional. Pergunta-se como certos governadores de alguns Estados, latifundiários, fazendeiros ou industriais, vão dar licença ambiental para áreas se eles têm interesse, talvez, na sua não proteção."

O deputado concorda com o aviso da presidenta Dilma Rousseff (PT) aos agropecuaristas: vetará a permissão aos Estados de conceder licenças ambientais à vontade. "Ela está muito certa em exigir que essas licenças de regularização ambiental não passem pelos Estados", disse.
O exemplo vem de casa, apontou, fazendo a leitura de reportagem da Globo News com o título "Mata Atlântica do Piauí vira carvão".
Carvoarias instaladas na Serra Vermelha (foto: divulgação)
O que carvão tem a ver com desenvolvimento? Paes Landim recorreu à reportagem que levou à tribuna: "No Piauí carvoarias desrespeitam a lei e com a conivência de quem deveria proteger a floresta (na região da Serra Vermelha). As carvoarias têm licença de funcionamento dada pela Secretaria do Meio Ambiente. Mesmo as instaladas dentro da Mata Atlântica. Repito: as carvoarias têm licença de funcionamento dada pela Secretaria do Meio Ambiente. O único escritório do Ibama no local tem dois fiscais e uma área do tamanho de Sergipe para dar conta. Tem muita produção ilegal e o Ibama não dá conta."

O carvão produzido com as matas do Piauí abastece principalmente as siderúrigas instaladas em Minas Gerais. Alguma coisa fica no próprio Estado. Paes Landim enfatizou que a produção é "legal e ilegal", mas a Secretaria do Meio Ambiente "não reconhece a área onde estão instaladas as carvoarias como de Mata Atlântica". O deputado desabafou: "Estamos na marcha da insensatez para a desertificação. O desastre ambiental (no sul do Piauí) é fantástico. Daqui a 20 anos, quem sabe, as novas gerações vão conhecer o cerrado por fotografia."

As siderúrgicas que respeitam o meio ambiente consomem carvão legal de florestas de eucalipto. "O mundo hoje exige ferro gusa verde, de floresta certificada", reproduziu trecho da reportagem da Globo News para reforçar sua indignação com o que vem acontecendo com o Piauí, desmatado com o apoio de quem deveria primeiro agir em defesa da preservação.

Ele pediu à Ministro do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que vá ao Piauí ver com os próprios olhos "o abuso que tem sido praticado no cerrado" e o descaso do Governo Federal com os parques nacionais.

Apelo na tribuna à Ministra do Meio Ambiente: "Veja a situação dos parques, da Serra da Capivara, o mais bem cuidado do Brasil, mas que, há muito tempo, está sem receber recursos do Governo Federal; o Parque Nacional da Serra das Confusões, não implantado ainda, e o Parque das Nascentes, onde nasce o Rio Parnaiba, que é uma mostra do descaso governamental, porque suas matas ciliares estão destruídas, há um asssoreamento fantástico e sua biodiversidade, uma das mais ricas do Brasil, está praticamente toda destruída."

O deputado irá requerer à presidência da Casa a criação de uma comissão externa para visitar a área do cerrado e o Parque Nacional Serra da Capivara, "para se ter uma ideia de como, nos distantes sertões do nosso Brasil, no nosso distante cerrado do Piauí, infelizmente, se a cobertura da imprensa, os crimes ambientais estão lá a surgir à luz do dia".

Segundo Paes Landim, se o seu Piauí estivesse na Região Sul o desastre ambiental denunciado pela Globo News, "com fotografias dantescas da carvoaria, com a destruição da nossa floresta", alguma providência já teria sido tomada em Brasília pelo governo e pelo Ministério Público Federal.

Fonte: Acesse Piauí

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Procurador da República apura irregularidades na ampliação do Parque Nacional da Serra das Confusões

O Procurador Alexandre Assunção e Silva converteu o Procedimento Administrativo em Inquérito Civil Público, através da Portaria nº94/PR/PI-GAB/AA, de 01 de junho de 2011.

GIL SOBREIRA DO GP1

O Ministério Público Federal no Piauí vai investigar irregularidades na aquisição de terras para a ampliação do Parque Nacional da Serra das Confusões. O Procurador da República, Alexandre Assunção e Silva, converteu o Procedimento Administrativo instaurado a partir de representação da Fundação Rio Parnaíba, em Inquérito Civil Público, através da Portaria nº94/PR/PI-GAB/AA, de 01 de junho de 2011. O parque nacional, que já conta com 502 mi hectares, não abrange a área mais importante da região e que é motivo de diversas campanhas de ambientalistas.

O CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente aprovou, nos dias 30 e 31 de março, uma moção requerendo do Instituto Chico Mendes explicações acerca da ampliação do parque, sem a inclusão da Serra Vermelha, considerada a mais rica em biodiversidade. A ampliação foi de cerca de 300 mil hectares. 

Segundo o CONAMA, a área foi super avaliada já que na região 1 (um) hectare é vendido por apenas 100 reais e o Governo Federal está pagando 5 vezes mais, cerca de 500 reais por hectare para proteger quase nada pois estas áreas já são protegidas por lei e não precisaria o Instituto Chico Mendes comprar sem contrapartida do Estado, que não tem como comprovar que é proprietário dessas terras que vendeu ao Instituto Chico Mendes e Ministério do Meio Ambiente

domingo, 5 de junho de 2011

Ministério Público ingressa com ação civil pública contra licenciamento ambiental da fábrica da Suzano

A 30ª Promotoria de Justiça, com o auxílio do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, ingressou, no último dia 24 de maio, com Ação Civil Pública junto à Justiça Federal em desfavor da empresa Suzano Papel e Celulose S.A, Estado do Piauí e IBAMA a fim de obter, em sede de tutela antecipada, que seja determinada a suspensão imediata do licenciamento ambiental da Unidade Industrial de Produção de Celulose e Papel da Suzano S.A no Estado do Piauí pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMAR) até decisão final, e que seja declarado o IBAMA como o órgão ambiental responsável pelo licenciamento ambiental da Unidade Industrial, em face dos impactos ambientais regionais do empreendimento.

No mérito, requereu, em síntese, que: a) seja declarado o IBAMA como o órgão ambiental responsável pelo licenciamento ambiental da Unidade Industrial de Produção de Celulose e Papel da Suzano S.A no Estado do Piauí, em face dos impactos ambientais regionais do empreendimento; b) sejam declaradas nulas quaisquer licenças ambientais eventualmente concedidas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMAR em favor do empreendimento; c) seja determinado ao IBAMA que assuma o licenciamento ambiental do empreendimento; d) seja determinado à empresa Suzano Papel e Celulose S.A a complementação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), a fim de delimitar a Área de Influência Direta (AID) e os impactos ambientais aptos a alcançarem municípios no Estado do Maranhão, bem como complementar as informações prestadas, conjugando os possíveis impactos ambientais a serem gerados ou agravados pela implantação do Aproveitamento Hidrelétrico Castelhano, no município de Palmeirais, assim como os demais Aproveitamentos Hidrelétricos a serem implantados no Município de Ribeiro Gonçalves, Uruçuí, Amarante e Floriano; e) seja determinado ao IBAMA a realização de novas Audiências Públicas nos Municípios atingidos pelos impactos ambientais do empreendimento, nos Estados do Piauí e Maranhão.

O ingresso com a citada Ação Civil Pública foi motivado por constatações de ordem técnica que levaram o Órgão Ministerial a pugnar para que a responsabilidade pelo licenciamento ambiental do empreendimento Suzano Papel e Celulose S.A seja conduzido pelo IBAMA, e não pela SEMAR, uma vez que os impactos ambientais diretos ultrapassam os limites territoriais do Estado do Piauí, pois os efluentes gerados pela fábrica, mesmo que tratados, serão diretamente lançados no Rio Parnaíba. Em caso de acidente ambiental provocado pela indústria, as conseqüências do dano incidirão sobre toda a população a jusante da unidade fabril, portanto sobre aqueles que vivem no Piauí e no Maranhão.

Frise-se que houve também a participação do MPF na interposição da ACP, em litisconsórcio ativo.

Texto: Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente
Edição: Assessoria de Imprensa ( imprensa@mp.pi.gov.br )

REAPI realiza a exposição fotográfica Bio Piauí em Teresina e Oeiras

Exposição no Parque da Cidade contou com 500 visitantes.
A Rede Ambiental do Piauí – REAPI realiza durante a Semana do Meio Ambiente a Exposição Fotográfica Bio Piauí, nas cidades de Teresina e Oeiras. A atividade teve início neste sábado e irá percorrer escolas, praças, eventos importantes da capital e terá encerramento em Oeiras.
A exposição visa conscientizar a população e tem como foco a educação ambiental, trás as belezas do Piauí bem como a destruição que ameaça as florestas. As imagens são dos fotógrafos André Pessoa e Margareth Leite.
Atuando em todo o Piauí a REAPI vem trabalhando na promoção da Educação Ambiental como um instrumento que requer a participação da sociedade nas discussões sobre a problemática ambiental nas mais diversas regiões com o intuído de reverter ou se não minimizar os impactos ambientais vigentes. A exposição conta com o apoio da empresa Bioanálise e será encerrada na Semana do Meio Ambiente no próximo sábado (05) em Oeiras.
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REAPI e Arquidiocese de Teresina reforçam a defesa pelas florestas


Em uma ação conjunta a Arquidiocese de Teresina juntamente com a Rede Ambiental do Piauí – REAPI, realizaram no dia 01 de junho, no complexo ponte Estaiada, a Celebração pela Vida, um ato em defesa do meio ambiente, especialmente, das florestas piauienses.

O evento contou com a presença de autoridades religiosas, dos movimentos sociais, ambientais e políticas, vale destacar a presença do Bispo Dom Sérgio, que fez um discurso forte cobrando posicionamento dos nossos governantes na defesa de nossas florestas.

Durante o evento foi apresentado um abaixo assinado em defesa das florestas do Piauí, especialmente, as que se encontram protegidas pela Lei 11.428, que é a Lei da Mata Atlântica, e o Piauí possui as florestas estacionais deciduais e semideciduais que  se enquadram no mapa da área de aplicação desta Lei. O documento será entregue ao governador.

Diversas atividades culturais como apresentação do Grupo Valor, Balé de Teresina e peças musicais encantaram as mais de 400 pessoas ali presentes com mensagens de preservação do meio ambiente. 





terça-feira, 31 de maio de 2011

Ambientalistas e a Igreja realizam evento em defesa do meio ambiente

Em comemoração ao Dia Internacional do Meio Ambiente, a Arquidiocese de Teresina em parceria com a Rede Ambiental do Piauí - REAPI, promove amanhã, às 17h, na Ponte Estaiada, a Celebração Pela Vida, um evento para refletir sobre as agressões ao meio ambiente que estão levando a destruição dos ecossistemas brasileiro e piauiense.

A celebração será comandada pelo Arcebispo Metropolitano de Teresina, Dom Sérgio da Rocha e contará com grande parte do clero piauiense.  De acordo com o Coordenador da Campanha da Fraternidade no Estado, Pe. Leonildo Campelo, além do momento religioso a  celebração  terá uma programação cultural com a apresentação do grupo Valor de PI, Balé da Cidade, Pe. Lauro, Grupo Abbah, Núcleo Terceira Idade do Mocambinho e a cantora lírica Leó. Haverá ainda plantio e distribuição de mudas.

Na oportunidade, a REAPI juntamente com a Arquidiocese estará coletando assinaturas objetivando a mobilização da sociedade para solicitar ao Governo do Piauí e ao Ministério do Meio Ambiente, a proteção e conservação das florestas ameaçadas pela indústria do carvão no Sul do Estado.

Consta ainda na programação, uma exposição fotográfica composta de 25 banners, assinadas pelos fotógrafos André Pessoa e Margareth Leite, sobre a biodiversidade singular existente no Piauí. 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

REAPI divulga em São Paulo imagens da devastação no Piauí

Foto: Margareth Leite

 Uma exposição fotográfica revelando a destruição dos ecossistemas piauiense causou indignação nas mais de 30 mil pessoas que visitaram o estande do Piauí, no Parque Ibirapuera em São Paulo, dentro da programação do “Viva Mata”, evento da ONG SOS Mata Atlântica, que aconteceu nos dias 20, 21 e 22 passados reunindo mais de 90 visitantes.

Além da exposição à REAPI coletou milhares de assinaturas contra a instalação de carvoarias no Sul do Estado instaladas com a autorização da Secretaria Estadual do Meio Ambiente-SEMAR. As assinaturas serão entregues a Ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira e ao Governador Wilson Martins, pedindo a paralisação do desmatamento e o respeito à Lei 11.428, conhecida como a Lei da Mata Atlântica.

Ainda no Viva a Mata a coordenadora geral da REAPI, Tânia Martins, proferiu uma palestra sobre a rota da destruição da natureza no estado e exibiu uma reportagem sobre a produção irregular de carvão que foi ao ar dia 15 último pela Globo News que denuncia o crime que vem ocorrendo Sul do Piauí onde, diariamente saem 20 toneladas de carvão com e sem autorização ambiental para alimentar os fornos das siderúrgicas de Minas Gerais.

Foto: Margareth Leite
Segundo a coordenadora da Reapi, centenas de ONGs de todo o país se colocaram a disposição para formar uma frente de resistência a fim mudar o quadro atual e, se possível, enfrentar governo e empresários in loco. “O que mais impressionou os ambientalistas no evento foi ver a quantidade de carvão vegetal produzido a partir da mata nativa, colocando em risco milhares de espécies ainda desconhecida e, principalmente, se preocuparam com a questão do clima, por está o Piauí no semi-árido, conseqüentemente, na rota do aquecimento global e mais propicio a desertificação”, informou. 

Pessoas como o ex-deputado federal Fábio Feldman criador da Lei da Mata Atlântica, Marina Silva, Paulo Nogueira Neto, primeiro ministro do Meio Ambiente, Roberto Klabin, presidente do Conselho da SOS Mata Atlântica e toda a diretoria da ONG foi solidária a REAPI e se colocaram a disposição para colaborar e a fim de por fim aos desmandos patrocinado pelo o Governo do Piauí.

Foto: Margareth Leite
A mobilização segue com a campanha da coleta de assinaturas que será feita pelo Avaaz, uma rede de campanha global de assinaturas com mais de oito milhões adeptos em todo mundo.

Dia de Mobilização

No próximo dia 1° em parceria com a coordenação da Campanha da Fraternidade, da Igreja Católica, a REAPI estará realizando uma mobilização para coleta de assinaturas e uma Celebração Pela Vida que ocorrerá na área urbanizada da Ponte Estaíada na Avenida Raul Lopes.

Na oportunidade vários artistas como o Valor de PI, Orquestra Sinfônica de Teresina, Balé da Cidade, Coral Infantil, entre outros, farão participação especial. Haverá ainda plantio de mudas por crianças e distribuição para o público presente.