quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Piauí é o estado brasileiro que mais desmata o cerrado, diz MMA

Piauí e Maranhão juntos derrubaram área de 25 mil campos de futebol.



O Piauí foi o estado que mais desmatou a vegetação do Cerrado até 2010, conforme dados apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). No período, o Piauí entre desmatou 1,05% do Cerrado e o Maranhão, 0,7%. Maranhão e Piauí são estados que têm implementado desmate mais acentuado.

No Brasil, o desmatamento acumulado do Cerrado até 2010 já atingiu 48,5% do bioma, uma área de quase 100 mil quilômetros quadrados. Embora o acumulado tenha registrado um aumento de 0,32% entre 2009 e 2010 (6.469 km2), o ritmo das motosserras diminuiu neste período com relação ao anterior. De 2008 a 2009, 0,37% do Cerrado foi derrubado.

O órgão afirmou que os vetores da derrubada de vegetação nativa são velhos conhecidos: a agropecuária e o carvão que alimenta a indústria siderúrgica nacional. O governo ainda não sabe quanto desse desmatamento foi autorizado e quanto foi ilegal.

“Os vetores tradicionais são os mesmos, a agropecuária e carvão. A fiscalização não está só correndo atrás do prejuízo. No caso do carvão, estamos quebrando a coluna vertebral da cadeia econômica”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
"Os vetores tradicionais são os mesmos, a agropecuária e carvão".

O Ministério também divulgou um balanço sobre as queimadas que atingem Unidades de Conservação do país. No total, dez áreas protegidas foram atingidas pelo fogo, em sua maioria intencionalmente provocado, segundo o presidente do ICMBio, Rômulo Mello. A área atingida este ano, no entanto, foi menor do que no ano passado. Em 2010, 1,6 milhão de hectares foram queimados dentro de parques, florestas nacionais, reservas biológicas e outras unidades destinadas à preservação. Este ano, o fogo já destruiu 322 mil hectares.

Uma das regiões mais atingidas foi o Distrito Federal, onde a Floresta Nacional (Flona) de Brasília já teve um quarto de sua vegetação nativa consumida pelo incêndio que, embora controlado, continua ardendo. Neste caso, o órgão do MMA responsável pela gestão das Unidades de Conservação disse ter provas de que o fogo foi criminoso.

“Nosso pessoal em campo identificou pessoas que tinham botado fogo dentro da unidade, eles foram perseguidos, mas se evadiram. Estamos acionando a Polícia Federal para investigar. A Flona foi criada para ser uma área a ser protegida e evitar a formação de loteamentos” disse Mello, que acredita que pessoas insatisfeitas com a criação da unidade possam ter motivado o crime.


*Informações do O Globo

sábado, 10 de setembro de 2011

Duas novas ararinhas-azuis nascem em cativeiro

A Associação para a Conservação dos Papagaios Ameaçados (ACTP, na sigla em inglês) divulgou nesta sexta-feira a informação de que duas novas ararinhas-azuis (Spix-macaw) estão crescendo saudáveis em seu aviário em Berlim, Alemanha. As duas aves, batizadas de Paul e Paula, nasceram no inicio de julho mas sua sobrevivência só foi confirmada após a passagem desses primeiros dois meses, considerados críticos.

Paul e Paula. Com novas ararinhas nascidas na Alemanha, população da ave em cativeiro chega a 100 indivíduos (Foto: Patrick Pleu)


A ararinha é uma espécie tipica da caatinga brasileira e considerada extinta na natureza desde 1990. Atualmente, existem cerca de 100 exemplares criados em cativeiro, em um programa de recuperação da especie que envolve diversas organizações ao redor do mundo, sob a coordenação do governo brasileiro. A maior dificuldade é contornar a alta mortalidade dos filhotes, devido a baixa variabilidade genética da população. A maioria dos indivíduos advém de uma mesma família.

Ainda há esperança: Ararinha pode retornar ao sertao

A ACTP possui no momento 13 exemplares da ararinha em seu aviário em Berlim. Segundo comunicado distribuído à imprensa pela organização, as recém-nascidas descendem de um casal de ararinhas com o qual se tem feito cruzamentos desde janeiro desde ano. Como o par nunca havia chocado ovos, a equipe decidiu deixar a tarefa para um casal de araras de cabeça azul (Primolius couloni). Ao mesmo tempo, ovos desta última espécie foram colocados para a fêmea da ararinha, que segundo a equipe da ACTP, "fez um bom trabalho" e garantiu o nascimento dos filhotinhos da arara de cabeça azul.


Saiba mais: ACTP

Teresina 350: um dia em favor do clima

O Teresina 350 faz parte da manifestação mundial 350.org a favor do clima. Venha de bicicleta, patins, skate ou mesmo a pé. Traga sua família e seus amigos. Estaremos doando 350 mudas de árvores nativas após uma pedalada no percurso da avenida.


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