segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Educação ambiental não é campanha de “Não jogue lixo no chão!”

Sabemos que a consciência ecológica emerge, ao longo da história recente, diante de uma realidade insustentável que ameaça a qualidade de vida das pessoas em um mundo, onde a tecnologia industrial e a explosão da população caminham, lado a lado, a degradação do meio ambiente.
No entanto, apenas o “crescimento da consciência da importância da preservação da natureza, que vem se dando nos últimos 30 anos em todo o mundo, não fez com que a sociedade atual viesse progressivamente diminuindo a destruição do meio ambiente.” (Gimarães, 2007).
Por que será que então, ao longo deste tempo, não vimos uma melhora significativa nos problemas ambientais? Por que será que a Educação Ambiental que muitos acreditam ser a “salvação da humanidade” não tem resolvido o problema apenas “conscientizando” a população.

Como já foi dito aqui neste blog a Educação Ambiental NÃO conscientiza ninguém.
E para que as pessoas se sensibilizem, se motivem e se envolvam em relação aos problemas socioambientais é preciso que o trabalho da Educação Ambiental esteja imerso em uma proposta que considere a questão ambiental, e a contextualize em relação ao processo social, histórico, político e cultural, estabelecendo subsídio para que os sujeitos envolvidos possam se situar como cidadãos integrantes de um meio social, haja vista que somos seres sociais e como integrantes de um meio natural, pois também somos seres biológicos, sem é claro dicotomizar estas duas visões.
A Educação Ambiental deve também favorecer o desenvolvimento de um posicionamento crítico, tornado os sujeitos envolvidos em cidadãos capazes de rediscutir valores existentes em sua realidade, muitas das vezes impostos por uma cultura vigente, além propor alternativas aos problemas, incentivando a participação popular e o protagonismo social.
Os problemas socioambientais só serão resolvidos através da participação dos atores sociais envolvidos, quando estes se interessarem pelo problema e a partir daí se posicionarem na resolução do mesmo. Logo esta participação depende de uma mobilização civil, que motivada por um objetivo em comum pode trazer efetivamente a atuação de atores sociais comprometidos com o processo.
Deu para perceber o quão complexo é uma ação em Educação Ambiental. É imprescindível a reflexão crítica dos atores envolvidos na problemática para que estes exerçam seus papéis sociais. Apenas a “conscientização das pessoas” em nada sensibilizará, motivará e mobilizará a população a, por exemplo: “Não jogar lixo no chão!”, se por trás disso tudo, não estiver uma contextualização social, histórica, política e cultural deste problema… Que envolva os sujeitos envolvidos, para que estes atuem como cidadãos e, a partir daí sim não joguem no chão!
Referência:
GUIMARÃES, M. A formação de educadores ambientais. Campinas, SP: Papirus (Coleção Papirus Educação) 2007, 174p.

Camisetas em defesa dos Rios do Piauí

Se gostaram comentem, se não gostaram podem comentar do mesmo jeito.

Não reconhecer o domínio da mata Atlântica:má fé ou ignorância?

Artigo de opinião fala sobre a polêmica sobre a existência da Mata Atlântica no Piauí.

Tenta-se criar no Piauí uma falsa polêmica quando o Poder Público vem à mídia dizer que não existe Mata Atlântica no Piauí. É claro que não existe! Não é isso que se discute! Aliás, esta polêmica só serve a quem deliberadamente quer infringir a lei e degradar o meio ambiente. Vejamos então.

Por disposição do art. 225,§ 4º da Constituição Federal, a Mata Atlântica é considerada Patrimônio Nacional de todos os brasileiros, dado ao enorme potencial da biodiversidade dos últimos remanescentes de antigas áreas florestais, imensas e riquíssimas, que vinham sendo destruídas de forma irresponsável. Mas era necessário que se definissem a vegetação e as áreas integrantes do Domínio da Mata Atlântica para que a norma constitucional fosse eficaz.

Assim segundo a publicação do Ministério do Meio Ambiente/ MMA de 2010 — cuja capa reproduz imagem da Serra Vermelha no Piauí — em 1990 o Domínio da Mata Atlântica foi definido por pesquisadores e cientistas de todo o país como sendo constituído por áreas que originalmente formavam uma cobertura florestal contínua, incluindo também os ecossistemas associados e disjunções florestais existentes no Nordeste brasileiro.

Deste modo, o Domínio Mata Atlântica passa a estender-se além do Bioma Mata Atlântica, ou seja, além da Floresta Ombrófila e de outras formações florestais existente na Costa brasileira, para agregar a este bioma os ecossistemas associados e formações florestais presentes nos biomas, Pampa e Pantanal, bem como nos biomas do Piauí, Cerrado e Caatinga, cujas formações florestais protegidas são, as Florestas Estacionais Deciduais e Semideciduais, de acordo com a Resolução 026/94, do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, que define a vegetação no Domínio da Mata Atlântica no Piauí a fim de orientar os procedimentos de licenciamento de atividades florestais.

Portanto o que se afirma não é que exista o Bioma Mata Atlântica no Piauí, mas sim que desde 1994 as Florestas Estacionais Deciduais e Semideciduais do Piauí encontram-se inseridas no Domínio da Mata Atlântica e, como tal, protegidas por expressa disposição da mencionada resolução e da Lei federal 11.428/06.

Trata do Domínio da Mata Atlântica no Brasil a Lei federal 11.428/06, que estabelece que o órgão responsável pelo mapeamento e definição de seu domínio é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, que assim publicou o Mapa da Área de Aplicação da Lei 11.428/06, reconhecendo o Domínio da Mata Atlântica sobre 17 Estados, inclusive no Piauí em 46 Municípios.

No entanto, o Estado do Piauí, por intermédio de sua Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMAR insiste em não aplicar a Lei 11.428/06, deixando assim de proteger a Floresta Estacional Decidual e Semidecidual existente no Cerrado e na Caatinga, que não contam com leis especificas para sua total proteção.

A não aplicação da lei que institui o Domínio da Mata Atlântica tem levado a inúmeras agressões ambientais, dentre muitas outras, a transformação da vegetação da Serra Vermelha em carvão pela empresa JB Carbon e a autorização de supressão de vegetação para a implantação de loteamentos em extensas áreas de Floresta Estacional Decidual ou Semidecidual em Teresina. Para alguns representantes do Poder Público piauiense o mapa do IBGE é absurdo, conforme publicação na revista Época de 20.12.2010. Absurdo somente para o Governo do Piauí, pois segundo se tem notícia por informação do próprio IBGE, o Piauí é o único Estado inserido no Domínio da Mata Atlântica que cria problemas quando se trata dar eficácia à lei 11.428/06 e à resolução CONAMA 026/94.

Deve-se levar em consideração, contudo que a lei que trata do Domínio da Mata Atlântica não impede o desenvolvimento do Estado, ao contrário permite que este desenvolvimento seja feito, mas de forma sustentável. Talvez não se permita isto sim, que se transformem as florestas em carvão como é o desejo de alguns políticos do Estado.

Na verdade o que de fato ocorre, é que a conduta do Administrador Público que não aplica a mencionada lei ao Domínio da Mata Atlântica no Piauí caracteriza-se como ímproba e criminosa, pois rouba das presentes e futuras gerações o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, o que tem feito com que o Ministério Público atue de forma incisiva e adote as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis para sanar tais ilegalidades.

(*) MARIA CARMEN CAVALCANTI DE ALMEIDA é promotora de Justiça da 30ª Promotoria em Teresina e especialista em Direito Ambiental pela PUC/RJ

sábado, 29 de janeiro de 2011

Geoprocessamento na gestão da paisagem cultural e ambiental

O Programa de Doutorado Interinstitucional (DINTER) da Universidade Federal do Piauí em conjunto com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) promove a palestra Geoprocessamento na gestão da paisagem cultural e ambiental, ministrada pela professora Dra. Ana Clara Moura do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFMG. O evento, cujo o acesso é gratuito, acontece na próxima quinta-feira, 03 de fevereiro, às 18h no Centro de Tecnologia (CT), em Teresina

A palestra abordará aspectos da urbanização enfocando a evolução da análise e intervenções urbanas, tendências contemporâneas na gestão e planejamento ambiental urbano e o papel da visão sistêmica, modelos em análise espacial urbana e da paisagem cultural.

O tema desperta grande interesse em engenheiros, geógrafos, arquitetos e urbanistas, ambientalistas, gestores municipais entre outros.

Moradores contestam projeto da Petrobras em povoado

Moradores do povoado Alegria, na zona rural de Teresina, estão insatisfeitos com o andamento de um projeto de reflorestamento na localidade, que prevê a retirada de oito famílias da área. O Projeto Poty de Educação Ambiental e Susten-tabilidade nestá sob a responsabilidade do Conselho Comunitário da Alegria, dos Torrões, Humaitá e Cantinho do Sul, tem o apoio da Prefeitura Municipal de Teresina e o patrocínio da PETROBRAS. O projeto prevê o reflorestamento de 49 hectares de área às margens do Rio Poty, a partir da Ponte da Rodoviária até a localidade Hu-maitá, bem como a implantação de atividades de piscicultura e aulas passeio, coordenadas pelo Conselho Comunitário.

Ocorre, porém, segundo moradores do local, que o tratamento dado pelo representante do Conselho Comunitário, Jorginei Moraes, não é apropriado. "Ele chega aqui e ameaça: ou vocês saem daqui com o valor fixado pela indenização ou saem sem levar nada", diz João José Filho, se referindo a Jorginei Moraes, do Conselho Comunitário.  Os moradores dizem ainda que o projeto está parado. 

De acordo com João Filho, os valores não são justos.  "Não somos contra a saída dos moradores daqui. Somos até a favor do projeto, desde que indenizado de forma justa", explica João Filho, que reside há oito anos e justifica ter feito um investimento que o valor da proposta não cobre as despesas, como a construção de uma casa e outras benfeitorias.  
Para o representante do Conselho Comunitário, no entanto, a questão das indenizações deve passar por um novo processo. "A Prefeitura vai fa-zer uma nova avaliação, considerando o que cada morador fez no local. As famílias receberão casas no residencial Porto Alegre. Nesse primeiro momento, nosso trabalho é de sensibilização dos moradores para a importância do Projeto Poty", diz Jorginei Moraes. 

Ele acrescenta que naquela área se encontra o berço da principal floresta fóssil de Te-resina. De acordo ainda com Jorginei Moraes, "a principal vertente do projeto é a educação ambiental". O Projeto Poty, conforme informou Jorginei, recebeu o patrocínio da PE-TROBRAS, no valor de 340 mil reais. A Prefeitura Municipal de Teresina informa através da Gerência de Serviços Urbanos da SDU SUL, que no momento está realizando poda e limpeza na área do projeto Poty, bem como eliminando a possibilidade da formação de lixões na área.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da PETROBRAS através do telefone (21) 3224-1306, que se comprometeu em checar a informação e procurar o DIÁRIO DO POVO para dá alguma resposta. No entanto, até o fechamento dessa edição tal resposta não havia chegado.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Piauí transmite debate online para todo Brasil sobre a Mata Atlântica

O Piauí está incluído dentro do mapa de aplicação da Lei sobre a Mata Atlântica, e para discutir o assunto a Fundação SOS Mata Atlântica, transmite, às 14h, um debate virtual para todo o Brasil com o tema, “O Piauí no Bioma da Mata Atlântica”. A transmissão será ao vivo com participação de representantes do Ministério Público Estadual do Piauí, Rede Ambiental do Piauí – REAPI, Fundação Rio Parnaíba - FURPA e a Fundação SOS Mata Atlântica. 

A iniciativa é das ONGs estaduais juntamente com a Fundação SOS Mata atlântica que realização a I Semana da Mata Atlântica no Piauí, na Praça Pedro II, e tem a finalidade de esclarecer a população sobre a aplicação da Lei 11.428/2006, Lei da Mata Atlântica. Os ambientalistas também irão apontar os sérios danos causados ao bioma no Estado.

Participam do debate a Curadora de Meio Ambiente do Ministério Público do Piauí, Maria Carmem Almeida, Tânia Martins coordenadora da REAPI, Francisco Soares da FURPA e o diretor nacional da SOS Mata Atlântica, Mário Montovani.

Para assistir online as pessoas devem se cadastrar no site www.conexaosos.org.br, e os internautas ainda podem enviar suas perguntas ao vivo.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Confira a programação da I Semana da Mata Atlântica no Piauí

A partir desta quarta-feira, dia (26), Teresina vai se transformar em uma cidade totalmente ecológica com a I Semana da Mata Atlântica no Piauí e a chegada da caravana itinerante no caminhão da Fundação SOS Mata Atlântica, com a exposição “A Mata Atlântica é aqui ”,  no centro de Teresina, Praça Pedro II.

A caravana da SOS Mata Atlântica traz a “Exposição Itinerante do Cidadão Atuante”, e ficará estacionada durante cinco dias na Pedro II levando a população informações de renomados pesquisadores, ambientalistas e educadores sobre o bioma Mata Atlântica.

Estará à disponível aos visitante, jogos educativos, oficinas de desenhos, biblioteca para consultas, roda de sensações, cinema, exposição de produtos da Mata Atlântica, doação de mudas, exposição fotográfica, palestras, entre outras.

Na I Semana da Mata Atlântica no Piauí, será debatido a importância do bioma no Estado e sua relevância para o equilíbrio biológico das espécies e dos seres humanos.

No dia 27, (quinta-feira), será transmitido um debate virtual direto do Piauí para o mundo, no programa online “Conexão Mata Atlântica”, com o tema: O Piauí também tem Mata Atlântica, com a participação do ambientalista Mário Montovani, diretor da SOS Mata Atlântica, Ministério Público do Piauí, REAPI e FURPA. Participe e envie suas perguntas através do site www.conexaososma.org.br.

Confira a Programação

26 de janeiro (quarta-feira) – Praça Pedro II

Atividades abertas ao público durante todo o tempo - das 16h às 21h

16:00 – Solenidade de Abertura da I Semana da Mata Atlântica no Piauí e da Exposição Itinerante “A Mata Atlântica é Aqui”.
17:00 – Palestra: “O Domínio da Mata Atlântica no Brasil Segundo o Mapa de Vegetação da área de aplicação da lei 11.428 de 2006/IBGE – 2006”, com participação de Pedro Soares, Supervisor de Documentação do IBGE.
18:00 - Coleta de água do Rio Parnaíba e Poti para análise.
20:00 - CineMata: Exibição de vídeos e desenhos com temas socioambientais.

27 de janeiro (quinta-feira) – Praça Pedro II

Atividades abertas ao público durante todo o tempo - das 15h às 21h

14:00 – Debate virtual: O Piauí no Bioma da Mata Atlântica, com participação de representantes do Ministério Público Estadual do Piauí, REAPI, FURPA e SOS Mata Atlântica. Acompanhe e envie suas perguntas no site: www.conexaososma.org.br
15:00 – Jogos educativos: jogo da memória e jogo da cidadania.
17:00 – Palestra: “Aplicabilidade da Lei da Mata Atlântica (11.428/2006) e Resolução CONAMA no Piauí ”, Palestrante: Dra. Carmem Almeida - MPE.
19:00 – CineMata: Exibição de vídeos com temas socioambientais.

28 de janeiro (sexta-feira) – Praça Pedro II

11:00 - Chegada da Caminhada de Combate ao Trabalho Escravo no Piauí e da  Defesa da Mata Atlantica no Piauí

Atividades abertas ao público durante todo o tempo - das 15h às 21h

15:00 – Roda de conversa: “A Mata Atlântica é aqui em Teresina”, com participação de Mário Mantovani, Diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica.
16:00 – Palestra: “Código Florestal e sua Importância para a Proteção da Biodiversidade Brasileira”. Convidados:  OAB/Piauí, IBAMA, SEMAM, MPE e ONGs.
18:00 – Oficina de pintura: Máscaras de Animais da Mata Atlântica.

29 de janeiro (sábado) – Encontro dos Rios

10:00 - Manifesto em defesa do Cágado de Barbicha e combate ao tráfico das especíes da fauna da Mata Atlântica de Teresina.
10:30 – Palestra: “Atuação do Batalhão de Polícia Ambiental na Defesa e preservação do Meio Ambiente”, com participação do Tenente/Coronel Renato Alves.
11:00 – Palestra: “Serra Vermelha - A Mata Ameaçada”, - com participação do Biólogo Francisco Soares, da Furpa.

Praça Predro II

Atividades abertas ao público durante todo o tempo - das 15h às 21h

15:00 -  Oficina de desenho de animais da Mata Atlântica.

19:00 -  CineMata: Exibição de vídeos com temas socioambientais.

30 de janeiro (domingo) – Praça Pedro II

Atividades abertas ao público durante todo o tempo - das 12h às 18h

14:00 – Oficina: brinquedos feitos com garrafas PET.

17:00 - Jogos educativos: jogo da memória e jogo da cidadania.

18:00 – Encerramento das atividades.

Atividades que podem ser realizadas a qualquer momento: CineMata, Oficinas de desenhos, , Mini biblioteca para consultas, Roda das sensações, Jogo da cidadania, Jogo da memória, Maquete dinâmica, Pintura de máscaras de animais da Mata Atlântica e outros jogos educativos, Tenda do Piauí (Exposições de produtos alimentícios e ervas medicinais oriundos da Mata Atlântica do Piauí; doação de mudas da Mata Atlântica; Exposições fotográficas da Mata Atlântica no Piauí; Exposição de equipamentos das ações de convivência com a mata seca (cistenas, calçadão,bomba dá água) e Exposição do acervo e equipamentos do Batalhão da Polícia Ambiental).

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Caminhão itinerante da SOS Mata Atlântica chega ao Piauí

Com apenas um pouco mais de 10% do seu território coberto pelo bioma Mata Atlântica, o estado do Piauí recebe, pela primeira vez, o projeto “A Mata Atlântica é aqui – exposição itinerante do cidadão atuante” da Fundação SOS Mata Atlântica. a inciativa fará parte da I Semana da Mata Atlântica no Piauí e trás um caminhão totalmente adaptado pela ONG ficará estacionado na Praça Dom Pedro II, no centro da capital piauiense, Teresina, da próxima quarta-feira (26/01) até domingo (30/01). Nesse período serão desenvolvidas palestras, oficinas, exposições, jogos educativos, monitoramento de água, exibições de filmes e maquete, entre outras atividades. A iniciativa tem como objetivo levar um pouco mais de conhecimento sobre o bioma e como preservar o que resta dele.

O horário de funcionamento é 16h às 21h na quarta-feira, das 15h às 21h de quinta a sábado, e das 12h às 18h no domingo. A iniciativa tem o patrocínio de Bradesco Cartões, Natura e Volkswagen Caminhões & Ônibus e apoio local da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMAM, Grupo Matizes, ONG + Vida, Rede Ambiental do Piauí – REAPI e Fundação Rio Parnaíba – FURPA.

Qualquer pessoa pode participar das atividades, escolas e grupos interessados podem realizar visitas monitoradas ao projeto. Além disso, quem tiver interesse em se tornar um voluntário também pode participar. Em caso de dúvidas, agendamento de visitas monitoradas ou inscrição para participação voluntária, é preciso entrar em contato pelo email itinerante@sosma.org.br ou pelo telefone (11) 3055-7886. Mais informações pelo site www.sosma.org.br.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Rolling Stone traz matéria sobre devastação ambiental com Piauí em destaque

Publicação que circula em todo território nacional já está nas bancas

A edição brasileira da revista americana Rolling Stone, com sede em São Paulo e circulação nacional, traz em sua edição de janeiro um grande ensaio fotográfico sobre a destruição do meio ambiente no Brasil. Das 7 imagens utilizadas pela matéria, 4 delas foram feitas no Piauí.

Todas as fotos são de autoria do repórter André Pessoa e mostram a devastação da natureza em diversas regiões do Brasil, da Amazônia ao interior nordestino. A reportagem que é assinada pelo jornalista Maurício Monteiro Filho, traz o título: "Por Nossas Próprias Mãos", e mostra o vandalismo sofrido pela fauna e flora do país.

São imagens chocantes, publicadas em grande formato, de desmatamento, produção de carvão vegetal, queimadas, seca, transporte de madeira e outros crimes ambientais pelo Brasil afora.

Das 4 fotos que retratam o Piauí, duas delas foram feitas no Parque Nacional Serra da Capivara e mostram um gato-selvagem ameaçado de extinção e uma pintura pré-histórica que comprova o desaparecimento do veado-galheiro da caatinga.

As outras duas imagens mostram a catástrofe da falta d'água na zona rural do município de Guaribas, mesmo a cidade tendo sido escolhida como símbolo do programa Fome Zero, e as queimadas que se alastram pelo interior do Piauí sem o menor controle das autoridades ambientais.

"Nos últimos anos se tornou comum grandes veículos de comunicação do Brasil denunciarem o descaso com que o meio ambiente vem sendo gerenciado nos últimos 8 anos no Piauí", disse o ambientalista Francisco Soares, da Furpa. Apesar de tantas denúncias, ele explica que o secretário estadual de Meio Ambiente, Dalton Macambira, foi reconduzido ao cargo pelo atual governador Wilson Martins (PSB).

Somente nas últimas semanas a revista Época, os jornais Correio Braziliense e Folha do Meio Ambiente, ambos de Brasília, e o telejornal Jornal da Globo, da emissora carioca, dedicaram grandes espaços para escândalos ambientais que envolvem o secretário Macambira.

Por Nossas Próprias Mãos

Por Mauricio Monteiro Filho

O vandalismo sofrido pela fauna e flora brasileira não deixa dúvidas: a maior ameaça ao homem ainda é o próprio homem

Foto: André Pessoa
Por nossas próprias mãos
Carvão sujo: Na substituição mais estúpida de que se tem notícia, as matas do Cerrado dão espaço a carvoarias, como esta, em Marcelândia (MT). O carvão vegetal produzido, muitas vezes com uso de mão-de-obra escrava e desmatamento ilegal, é o ponto de partida da cadeia produtiva do aço, que vai desembocar na indústria automotiva.
 Total de fotos: 4


 Veja a Galeria Completa
Em 2002, a convenção mundial da ONU, ratificada por governos e lideranças de todo o planeta, estabeleceu o compromisso de reduzir a perda de biodiversidade até 2010. Estamos, portanto, no limite desse prazo, que foi declarado pela ONU como Ano Internacional da Biodiversidade. E a roleta russa que o progresso joga com o globo, depois de ter colcado em risco ou exterminado do mapa um número virtualmente incontável de espécies de plantas e animais, deixou uma só bala na agulha. Ela mira direto para a única dessas espécies dotada de telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor, ou seja, a única capaz de raciocinar: o homem. Segundo o professor Jean Paul Metzger, especialista em Ecologia de Paisagens do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, "a maior causa de extinção é a perda de habitat". E, em matéria de vandalizar a própria casa, nenhum animal irracional supera o ser humano. Expansão de monoculturas, consumo desenfreado, manipulação genética, poluição e desperdício de água, desmatamento e, o grande vilão do momento, o aquecimento global, encabeçam a lista de ameaças criadas pelo homem contra o homem. Qual será o Ano Internacional da Irracionalidade?

Você vê mais fotos na edição 52, janeiro/2011
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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Batalhão Ambiental captura macaco ameaçado de extinção

Foto: Dionísio Neto
Na manhã desta sexta-feira (14), o Batalhão Ambiental capturou um primata brasileiro ameaçado de extinção, macaco cuxiu preto, segundo foi informado pelo Batalhão, o animal estava solto em Timon e os populares ligaram para  o órgão competente poder resgatá-lo. 

O bicho está no Parque da Cidade, no bairro Primavera, e será levado para o IBAMA. É um animal manso, e não apresentava nenhum machucado, provavelmente, foi abandonado ou fugiu de alguma residência. A multa para quem mantém um animal em extinção preso é de R$5.000,00.

O cuxiú-preto (Chiropotes satanas) é um primata de médio porte, altamente especializado na predação de sementes de frutos imaturos. Ocorre entre o rio Tocantins até a divisa da floresta amazônica com o maranhão, e atualmente está listada pela IUCN como criticamente em perigo de extinção devido a caça e a perda e a fragmentação do seu habitat. Classificado como espécie vulnerável pela IUCN (1978) e em perigo pela USDI (1980).
Foto: Dionísio Neto




quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O fim das lâmpadas incandescentes no Brasil e o problema de reciclagem das fluorescentes

Por Bruno Rezende.


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Nada melhor que começar um novo ano com uma boa notícia. Nesta semana foi publicado no Diário Oficial da União uma portaria interministerial de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia e Indústria e Comércio. A portaria exige que até 2016 retirem gradualmente do mercado brasileiro as lâmpadas incandescentes de uso comum (superior a 40 Watts).
A notícia é ótima, pois como quase todo mundo sabe as lâmpadas fluorescentes são muito mais duráveis e econômicas. Mas como o Brasil é daqueles países onde se “descobre o pé para cobrir a cabeça”, nem tudo são flores.

Esta medida do governo é muito positiva para todos nós consumidores e para o país, já que a economia gerada pelo uso de lâmpadas fluorescentes reduz a sobrecarga do sistema elétrico do país, ou seja, menos gastos com investimentos neste setor e menos poluição ambiental. Mas o país está preparado para reciclar as lâmpadas fluorescentes? Não.

O Brasil consume anualmente cerca de 300 milhões de lâmpadas incandescentes e 100 milhões de lâmpadas fluorescentes compactas. Nos últimos 4 anos esse consumo de lâmpadas compactas aumentou 20% a cada ano. O consumo aumentou porque a qualidade das lâmpadas melhorou. Como a maioria das lâmpadas é importada do mercado Asiático elas não obedeciam nenhum critério de qualidade. Mas o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) entrou na jogada exigindo a garantia mínima de 1 ano das lâmpadas e em dezembro passado lançou a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence), obrigando todos os produtos do gênero a exibirem um selo que ateste o cumprimento das exigências do órgão quanto a seu desempenho. Tudo muito bom, mas o lado ruim é que 94% destas lâmpadas compactas terminam sua vida em lixões. Isso é péssimo para a saúde de todos nós, pois as lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio, um metal extremamente tóxico.

Esta medida de banir as lâmpadas incandescentes foi adotada pela União Européia antes de nós e começou a valer em setembro de 2009. As duas principais diferenças são: na Europa eles pretendem banir totalmente as lâmpadas incandescentes em 3 anos - no Brasil irão banir parcialmente em 5 anos (as lâmpadas com potência igual ou inferior a 40 Watts permanecerão); na Europa eles possuem leis obrigando que as fabricantes são responsáveis pela coleta das lâmpadas (logística reversa) e reciclagem do mercúrio contido nelas - no Brasil ainda não existe uma lei federal que responsabilize alguém pela coleta e reciclagem destas lâmpadas Política Nacional de Resíduos Sólidos sancionada em agosto de 2010, mas ainda terá um longo caminho até sair do papel (veja aqui o porquê).

Em junho de 2010, quando estive na Alemanha para receber a premiação do The BOBs, pude perceber toda a preocupação do país em produzir energia limpa, relatadas neste e neste post. Um dos detalhes que me chamou a atenção foi sobre o uso de lâmpadas fluorescentes em tudo que era lugar, inclusive em postes de iluminação pública, como pode ser visto na foto abaixo tirada pelo mestre Dulcidio Braz (também vencedor do The BOBs como melhor blog do mundo de língua portuguesa):

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Esta é a primeira postagem “casada” entre o Coluna Zero e o Física na Veia, o blog do Dulcidio. Ontem ele postou em seu blog um post super completo (veja aqui) que fornece muitos detalhes sobre a importância e o funcionamento das lâmpadas fluorescentes. Não deixe de conferir, pois acrescenta muito sobre o assunto provando porque é melhor optar pelas lâmpadas fluorescentes.

Alguns estados criaram há um bom tempo leis específicas para isso, como São Paulo com a Lei da Política Estadual de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.300, de 16 de março 2006), regulamentada pelo decreto nº 54.645, de 5 de agosto de 2009, onde responsabiliza o fabricante, distribuidor e importador do produto, que geram resíduos de significativo impacto ambiental mesmo pós-consumo, da eliminação, recolhimento, tratamento e disposição final dos mesmos. Leis parecidas também são adotadas no Paraná e em BrasíliaEnvergonha-me o estado do Rio de Janeiro não ter elaborado uma lei sobre este assunto, logo a cidade que quer ser exemplo para os outros estados em assuntos ligados a preservação ambiental.

Segundo a Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação (ABilumi), temos apenas 10 empresas no Brasil que fazem a reciclagem das lâmpadas fluorescentes. Além dessas empresas algumas das grandes redes varejistas presentes no Brasil recebem as lâmpadas fluorescentes para reciclagem. Então quando você tiver uma lâmpada fluorescente queimada, pergunte em alguma loja se aceitam ou então entregue em uma das 10 empresas identificadas pela ABilumi


http://www.colunazero.com.br/2011/01/o-fim-das-lampadas-incandescentes-no.html

ARTIGO: Céu à carvoaria

Natureza, (sobre) viva. 

Por Maneco Nascimento

Tarefa simples, administrar a pasta estadual do Meio Ambiente, que a efeitos de fisiologismo ensebado confirma Dalton Macambira (PCdoB), em generoso cargo de paxá da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, para quem sabe + quatro anos de desmandos. Que Deus nos proteja das novas ciladas ao meio ambiente, porque das arrumações políticas ninguém nos defenderá.
Dez dias após reassumir o órgão, na noite da última segunda-feira, o protagonista de grandes escândalos ambientais na gestão anterior de oito anos de governo petista, Dalton Macambira, foi apontado pelo Jornal da Globo, em matéria de abrangência nacional, como o responsável pela destruição das matas nativas do sul do Piauí, em especial, o que resta da Mata Atlântica no estado. ("Jornal da Globo mostra caos na gestão do meio ambiente no Piauí". Matéria da jornalista Tânia Martins, para publicação, em 11 de janeiro de 2011)
Matéria de amplo destaque, conduzida pelo repórter José Raimundo, trouxe à mostra o submundo da indústria carvoeira. O Piauí numa radiografia de como vem sendo dizimado o bioma dessa natureza que tanto nos protege, com autorização oficial do gestor da pasta responsável pela proteção ambiental.
Escândalo por escândalo para a horda dos ausentes de interesses coletivos, esse das manobras ao desmatamento para benesses de grupinhos privados seria bem extenso.
Além das autorizações de cunho "legais" de derrubada de mata, há também a afirmação de fiscais do Ibama da existência de exploração ilegal das reservas naturais.(Idem)
A região seria o céu indispensável dos grileiros e dos proprietários das carvoarias. A reportagem apontou que a região da Serra Vermelha, entre os municípios de Curimatá e Morro Cabeça no Tempo, este último um dos locais + pobres do Brasil, não alcançado ainda pela política inclusiva governamental para os miseráveis brasileiros, estaria concentrado o olho do furacão ganancioso da produção de carvão vegetal do Nordeste.
Toda a sorte de lucros bem repartidos ao discurso desenvolvimentista ocorre com o autorizo da Semar. Em auxílio do bom comunista, Dalton Macambira, veio para a Semar um ex-funcionário do Ibama, que, segundo consta, trouxe consigo vasta experiência no assunto de produção ao interesse de quem compra a energia natural e verde.
Indicado pelo deputado federal Osmar Júnior (PCdoB), o gestor da pasta do meio ambiente estadual vai possibilitando um céu mais cinza e um solo + árido às futuras gerações, nunca beneficiadas com o espólio de olhos flamejantes de futuro.
Apesar do mapa do IBGE, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente posicionou-se à reportagem da Globo como não reconhecendo aquela área, em processo de extinção completa, como Mata Atlântica. Também confirmou todas as autorizações para desmatamento e a intenção em proteger o projeto Energia Verde, da empresa carioca JB Carbon S/A, que planeja transformar 78 mil hectares, da última floresta do semiárido, em carvão. (Idem)
Exclusão da área viva, por demais lucrativa, da ampliação do Parque Nacional Serra das Confusões em benefício do Projeto Energia Verde e lucro aos cofres do Piauí, manobra que rendeu R$ 150 milhões de reais a serem divididos entre os fazendeiros que dizem possuir terras na região(Idem), seriam só alguns dos artifícios produzidos pelo comunista Dalton Marcambista, ops!, Macambira.
Ambientalistas como Rômulo Mello, presidente do ICMBio, Dionísio Neto, da Rede Ambiental do Piauí e o biólogo Francisco Soares, da Fundação Rio Parnaíba, sabem do que estão falando quando apontam esse gestor oficial do meio ambiente como omisso às causas ambientais no estado.
Eles não estão com prosa vazia. Talvez só não consigam, como qualquer pessoa sensível, aceitar que a Semar pareça só preocupar-se com lucros e dividendos.
O caso de desmatamento selvagem com foco de denúncia no Globo Repórter, nas revistas Terra, Com Ciência Ambiental, Horizonte Geográfico, Terra da Gente, Rolling Stones e, mais recentemente, em novas abordagens da revista Época e do jornal Correio Braziliense não parecem surtir qualquer efeito entre os políticos e autoridades locais. (Idem)
Talvez o futuro da maioria da vida do planeta tenha que ser sobreviver, bem mal, como herdeira da corja pirata que debasta as matas brasileiras, enquanto produz o próprio futuro, recheado de interesse privado.
Que a natureza (sobre)viva como puder, porque das decisões ambientais oficiais se estará fadado a um futuro previsivelmente caótico, graças a esses homens do governo.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Jornal Diário do Povo "Desmatamento no Piauí ganha destaque nacional"

Uma reportagem exibida na última segunda-feira pelo Jornal da Globo, da TV Globo,  denunciou a destruição da Mata Atlântica no município de Morro Cabeça no Tempo, a 874 km da capital. O município, com menos de cinco mil habitantes, concentra várias carvoarias e o mais preocupante é que a maioria delas funciona com a autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. A reportagem destaca ainda as conseqüências dessa produção desenfreada de carvão sobre o clima, a vegetação, as espécies animais e sobre a população do município.

O Piauí foi tema da primeira reportagem da série "Globo Na-tureza". O repórter José Rai-mundo foi ao município, na região da Serra Vermelha, e conversou com pesquisadores e trabalhadores das carvoarias. Ele constatou que, perto dos fornos onde o carvão é queimado, a temperatura chega a 52º C. A reportagem afirma ainda que a Secretaria de Meio Ambiente não reconhece o local como Mata Atlântica e ressalta que o Ibama realiza uma fiscalização precária no local.

Pelo menos 10 toneladas de carvão são produzidas na região todos os meses. Essa seria a produção das carvoarias "legalizadas". A mesma quantidade sai dos fornos das carvoarias clandestinas, segundo os ambi-entalistas.  "É quente demais! Não tem outro trabalho, tem que fazer o que tem", conta o carvoejador Gisley Omélio. A professora Luzia Luz Neto diz na matéria: "Se você tivesse vindo aqui nos anos 90, o clima era outro, bem mais agradável, bem mais fresco, dava pra viver muito bem. E hoje a gente percebe que é muito quente".
"As consequências já são visíveis. A maior lagoa da região encolheu 30%. Rios estão secando, nascentes desapareceram. Uma área, por onde o vaqueiro Claudionor Ribeiro passava todos os dias, era um brejo que matava a sede da boiada e do vaqueiro. Ele conta até onde chegava a água antes da seca dos rios. Na região da Serra Vermelha, de grande importância ambiental, três biomas se encontram no mesmo lugar: caatinga, cerrado e mata Atlântica.

De todos os biomas brasileiros a mata Atlântica é o mais ameaçado. Tem apenas cerca de 7% de sua cobertura original. Por isso, qualquer desma-tamento é proibido, nenhuma árvore pode ser derrubada. Mas no Piauí as carvoarias desrespeitam a lei e com a conivência de quem deveria proteger a floresta. Elas têm licença de funcionamento dada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Mesmo as instaladas dentro da mata Atlântica. Ao Ibama cabe fiscalizar. O único escritório do órgão no local tem dois fiscais e uma área do tamanho do estado de Sergipe pra dar conta", diz a reportagem.
A produção do Piauí - a le-gal e a ilegal - carrega cerca de 15 caminhões por dia. O carvão viaja quase dois mil quilômetros praticamente sem barreiras nas estradas. O polo siderúrgico de Sete Lagoas, em Minas Gerais é o destino de todo o carvão que sai do Piauí. Muitos dos fornos - que produzem ferro gusa - se alimentam da destruição das matas nativas.

Das 61 indústrias que funcionam na região, menos de dez consomem carvão de procedência legal. Uma delas começou há 15 anos a plantar sua própria floresta. Só em uma fazenda tem 21 mil hectares de eucalipto.
Para o sindicato das indústrias, a saída é a nova lei florestal do estado de Minas que vai obrigar as empresas a consumir carvão vegetal apenas de floresta plantada. A nova lei mineira estabelece um prazo: a partir de 2017, 95% do carvão consumido pelas indústrias de ferro gusa deverão ser de floresta plantada. Até lá ainda vamos ouvir muito barulho de motosserra nas matas nordestinas.

I Semana da Mata Atlântica no Piauí começa dia 26


De Dionísio Neto
http://ecodio.blogspot.com/


A partir de 26 de janeiro até o dia 30, acontece em Teresina, na Praça Pedro II, a I Semana da Mata Atlântica no Piauí, a atividade contará ainda com a exposição itinerante “A Mata Atlântica é aqui”, da Fundação SOS Mata Atlântica. A iniciativa conta com o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Teresina, ONGs ambientalistas e movimentos sociais.

A I Semana da Mata Atlântica no Piauí visa divulgar a importância da floresta mais ameaçada do Brasil. No Piauí, segundo o mapa de aplicação da Lei nº 11.428/2006, existem formações florestais características do bioma, dentres elas aparecem a Floresta Estacional Decidual e Floresta Estacional Semidecidual. Segundo os ambientalistas a maioria dos piauienses desconhece essa riqueza, e pensam que somente nas florestas do sul do país e próximas ao litoral existe o bioma da mata atlântica.

"Muitas pessoas pensam que as florestas mais densas são o único tipo existente, elas cientificamente são chamadas de Floresta Ombrófila Densa, mas aqui no Piauí possuímos dois tipos desses remanescentes florestais da Mata Atlântica, sendo a Floresta Estacional Decidual e Floresta Estacional Semidecidual.", disse Francisco Soares da Fundação Rio Parnaíba - FURPA.

Em Teresina o caminhão com a Exposição Itinerante estará na Praça Pedro II, de 26 a 30 de janeiro. A população poderá participar das palestras, oficinas, jogos educativos, exibições de filmes e maquetes, biblioteca para consultas, entre outras atividades. Durante a I Semanda da Mata Atlântica no Piauí ainda acontecerá palestras e exposição fotográfica.

Participam do evento a Rede Ambiental do Piauí - REAPI, Fundação Rio Parnaíba - FURPA, Grupo MATIZES, Fundação SOS Mata Atlântica, Rede de ONGs da Mata Atlântica - RMA e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Teresina - SEMAM.

Qualquer pessoa pode participar das atividades, inclusive o projeto conta com uma estrutura própria para receber deficientes físicos, com um elevador específico localizado na parte de trás do caminhão.

Escolas e grupos interessados podem realizar visitas monitoradas ao projeto. Além disso, quem tiver interesse em se tornar um voluntário também pode participar.

O projeto “A Mata Atlântica é aqui – exposição itinerante do cidadão atuante” é um caminhão adaptado pela SOS Mata Atlântica para visitar diversas cidades brasileiras levando informações e atividades de educação ambiental sobre o Bioma mais ameaçado do país. A iniciativa, que já passou por 70 cidades em 16 estados brasileiros mais o Distrito Federal, tem o patrocínio de Bradesco Cartões, Natura e Volkswagen Caminhões & Ônibus.


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Rede Globo denuncia desmatamento da mata atlântica no PI

É um absurdo o governador, Wilson Martins, continuar com a destruição da nossa biodiversidade, especialmente, na região da Serra Vermelha. Pior ainda é manter o atual secretário de meio ambiente, Dalton Macambira.



Veja a reportagem na íntegra exibida pela Rede Globo de Televisão.

De todos os biomas brasileiros a mata Atlântica é o mais ameaçado. Tem apenas cerca de 7% de sua cobertura original. O desmatamento é proibido, mas no Piauí as carvoarias desrespeitam a lei.

JOSÉ RAIMUNDO

O Jornal da Globo inicia hoje a exibição da primeira reportagem da nossa participação no Globo Natureza, série que nasceu do sucesso do Globo Amazônia. Mas nosso olhar sobre problemas ambientais vai agora além da Amazônia. A reportagem desta segunda-feira (10) trata da destruição da Mata Atlântica no Piauí, para a produção de carvão



O som da motosserra é o que mais se ouve nas matas do sul do Piauí. Não sabem nem poupar o pobre jumento do peso excessivo.

Nos fornos sofrem os trabalhadores. Proteção, só a do capacete. Nada para suportar a fumaça e a alta temperatura. “É quente demais! Não tem outro trabalho, tem que fazer o que tem", conta o carvoejador Gisley Omélio.

E vai tudo pro fogo. Até as espécies ameaçadas de extinção. A produção oficial chega a dez mil toneladas de carvão por mês.


Mas segundo os ambientalistas, a mesma quantidade é produzida pelos fornos clandestinos.

Morro Cabeça no Tempo é o nome do município que concentra a maior parte das carvoarias.

Tem menos de cinco mil habitantes, é o menor da região e um dos mais pobres do Nordeste.

"Se você tivesse vindo aqui nos anos 90, o clima era outro, bem mais agradável, bem mais fresco, dava pra viver muito bem. E hoje a gente percebe que é muito quente", observa a professora Luzia Luz Neto.

As consequências já são visíveis. A maior lagoa da região encolheu 30%. Rios estão secando, nascentes desapareceram. Uma área, por onde o vaqueiro Claudionor Ribeiro passava todos os dias, era um brejo que matava a sede da boiada e do vaqueiro. Ele conta até onde chegava a água antes da seca dos rios. “Às vezes na capa da cela e quando ficava mais rasa, nas patas do cavalo. E a gente, se precisasse, só fazia abaixar na cela e beber”.

Na região da Serra Vermelha, de grande importância ambiental, três biomas se encontram no mesmo lugar: caatinga, cerrado e mata Atlântica.
De todos os biomas brasileiros a mata Atlântica é o mais ameaçado. Tem apenas cerca de 7% de sua cobertura original. Por isso, qualquer desmatamento é proibido, nenhuma árvore pode ser derrubada. Mas no Piauí as carvoarias desrespeitam a lei e com a conivência de quem deveria proteger a floresta.

Elas têm licença de funcionamento dada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Mesmo as instaladas dentro da mata Atlântica.

Ao Ibama cabe fiscalizar. O único escritório do órgão no local tem dois fiscais e uma área do tamanho do estado de Sergipe pra dar conta.

"Tem muita produção ilegal e o Ibama não dá conta. Dois servidores não dá pra fazer. Muito do consumo das grandes siderúrgicas chega lá como legal, mas de produtores ilegais que não estão licenciados a fazer carvão e fazem carvão e vendem para terceiros", fala o analista ambiental do Ibama Hamilton Cavalcanti Júnior.

A produção do Piauí - a legal e a ilegal - carrega cerca de 15 caminhões por dia. O carvão viaja quase dois mil quilômetros praticamente sem barreiras nas estradas.

O polo siderúrgico de Sete Lagoas, em Minas Gerais é o destino de todo o carvão que sai do Piauí. Muitos dos fornos - que produzem ferro gusa - se alimentam da destruição das matas nativas.

Das 61 indústrias que funcionam na região, menos de dez consomem carvão de procedência legal. Uma delas começou há 15 anos a plantar sua própria floresta. Só em uma fazenda tem 21 mil hectares de eucalipto.

"O mundo hoje está exigindo receber ferro gusa verde, de floresta plantada, que tem certificação de floresta plantada, o mundo hoje está exigindo isso", explica o diretor de empresa Antônio Tarcísio Andrade.

Para o sindicato das indústrias, a saída é a nova lei florestal do estado de Minas que vai obrigar as empresas a consumir carvão vegetal apenas de floresta plantada.

A nova lei mineira estabelece um prazo: a partir de 2017, 95% do carvão consumido pelas indústrias de ferro gusa deverão ser de floresta plantada. Até lá ainda vamos ouvir muito barulho de motosserra nas matas nordestinas.

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Piauí não reconhece a área onde estão instaladas as carvoarias como mata Atlântica.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Matéria da Rede Globo denuncia destruição da Suzano Papel Celulose


Izabel Maria Renosto, de Parauapebas, no Pará, ficou muito triste durante uma viagem na região leste do Maranhão ao ver a destruição das veredas para dar lugar ao plantio de eucalipto. Nossa reportagem foi ver de perto a situação e constatou que a preocupação de Izabel é também das comunidades tradicionais da região.

As veredas que Izabel Maria Renosto relatou ficam aqui na região do baixo Parnaíba, leste do Maranhão, e abrangem oito municípios. É uma área de mata nativa, típica do Cerrado brasileiro. As matas estão sendo derrubadas para dar lugar ao plantio do eucalipto.

Os pés de eucalipto vão ocupar uma extensão de 174 mil hectares. Uma parte dessas áreas pertence à empresa de siderurgia Margusa e a outra, à Suzano Papel e Celulose. Desde que as árvores nativas começaram a ser derrubadas, as comunidades tradicionais que vivem do cultivo de subsistência e do extrativismo do bacuri e do pequi estão preocupadas.

"Os correntões, quando passam, levam tudo. É também uma fonte de sobrevivência da gente, de tirar, de vender a polpa do bacuri. Nós não temos mais nada. Acabou. Está acabando com tudo e nós não sabemos o que fazer”, afirma Maria Lucia dos Santos Torres, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Urbano Santos.

A siderúrgica Margusa tem, no momento, um milhão de pés de eucalipto plantados que vão ser usados para carvão. O diretor vice-presidente, Leonídio Pontes da Fonseca, dá a posição da empresa. “Evidentemente, no que toca à Margusa, seus diretores não permitem, em hipótese alguma, que seus empreiteiros cortem madeiras que sejam protegidas pela lei em vigor”, diz.

A Suzano Papel e Celulose cultiva eucalipto no Maranhão há alguns anos, mas intensificou o trabalho nos últimos 18 meses devido à abertura de duas novas fábricas no Nordeste. De acordo com o projeto, vão ser cultivados 40 mil hectares de eucalipto, principalmente nos municípios de Santa Quitéria do Maranhão e Urbano Santos. Cerca de 40 famílias vivem no vilarejo rural de Ingá, no município de Urbano Santos. O antigo proprietário permitia à comunidade, além de explorar o bacuri e pequi, plantar também pequenas roças de milho, arroz e mandioca nas terras dele. Agora, a situação mudou. Os moradores reclamam que estão sem área para cultivar.

O lavrador José da Silva mostra a sua plantação de mandioca. “A última que nós estamos plantando, colhendo, é essa aqui plantada que o senhor está vendo. Quando nós tirarmos essa daqui, nós temos que procurar outro lugar, que aqui nós não podemos mais plantar”, diz.

Outra reclamação das comunidades é quanto à retirada da água dos riachos para irrigar as plantações de eucalipto. Em um vilarejo, em Santa Quitéria do Maranhão, 65 famílias reagiram para proteger o riacho Boa Hora.

“É cada um de nós, um ou dois ou três, vigiando, para quando eles passarem, para ver se eles se eles estão tirando ou não. E onde ele estiver tirando, nós temos que nos juntar e chegar até lá e dar um jeito: aqui vocês não vêm mais", diz o trabalhador rural Djalma Coimbra dos Santos.

A diretoria da Suzano Papel e Celulose não quis gravar entrevista, mas informou, por meio de nota, que cumpriu todas as determinações necessárias para conseguir as licenças de uso da água dos riachos. Nas situações em que alguma comunidade impediu o uso da água, a empresa disse que conversou com os moradores e que quase sempre conseguiu a liberação. A Suzano explicou ainda que entende e respeita a preocupação dos sertanejos e que sempre irá buscar opções operacionais que não comprometam as relações com a comunidade.

As licenças ambientais foram concedidas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, mas o Ministério Público Federal no Maranhão contestou na justiça essas licenças.

“Nós entendemos que o empreendimento tem um impacto regional, que atinge mais de um estado. Atinge o estado do Maranhão, o estado do Piauí, ou pelo menos o rio Parnaíba que separa os dois estados, e que, por conta desse potencial de causa de impactos regionais, ele deve ser, na verdade, avaliado por uma entidade, digamos assim, que tenha atribuição nacional. No caso, o Ibama", afirma Alexandre Soares, procurador do MPF.

Na primeira instância, na Justiça Federal no Maranhão, o Ministério Público Federal perdeu a causa, mas o procurador Alexandre Soares recorreu da decisão e agora o processo corre no Tribunal Regional Federal da Primeira Região, em Brasília.

Parada da Diversidade tematizará sustentabilidade ambiental

7ª Semana do Orgulho de Ser acontecerá de 23 a 28 de agosto de 2011

"Cidadania LGBT e sustentabilidade ambiental: para muito além do consumo" - esse tema norteará os debates da 7ª Semana do Orgulho de Ser, que acontecerá de 23 a 28 de agosto de 2011, tendo como ápice a 10ª Parada da Diversidade, prevista para o dia 28 de agosto. Em 2010, a Polícia Militar estimou em 50 mil o número de participantes da Parada da Diversidade.

A Semana do Orgulho de Ser e a Parada da Diversidade são organizadas anualmente pelo Grupo Matizes e pela Liga Brasileira de Lésbicas, com o objetivo de discutir com a sociedade piauiense a importância dos respeito às diversidades para construção de uma sociedade igualitária.

A escolha do tema reflete a preocupação das entidades LGBT com questões que vão para além da luta pela igualdade. Segundo Herbert Medeiros, militante do Matizes, a luta contra a discriminação não pode estar afastada da preocupação com um ambiente sustentável. "A ação predatória de nós seres humanos atinge de forma mais brutal as pessoas pobres e outros grupos excluídos. Por isso, a luta pela igualdade é também um ato militante em favor da preservação de nossas riquezas naturais. Com as atividades que realizaremos em 2011, nosso desejo é incitar a população LGBT do Piauí a refletir sobre a necesidade novos hábitos em nossa relação com o ambiente em que vivemos", afirma Herbert.

Em 2011, muitas mudanças ocorrerão na organização da Semana do Orgulho de Ser e da Parada da Diversidade. Toda a programação será repensada na perspectiva de provocar o menor impacto ambiental possível. Segundo Marinalva Santana, da Liga Brasileira de Lésbicas (LBL), a própria forma de divulgação dos eventos será alterada. "Além de racionalizaremos o uso de impressos (cartazes, folders, panfletos), todo o material produzido será impresso em papel reciclado", explica Marinalva.

Além das parcerias dos anos anteriores, o Matizes e a LBL também buscarão apoio de órgãos públicos e entidades da sociedade civil que trabalham com a questão ambiental.

Fonte: Matizes

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Em manifesto, entidades acusam Agespisa de negligência

Por mais de uma semana, a bomba da estação elevatória da Agespisa que impede o lançamento dos esgotos da zona leste diretamente no rio Poti esteve fora de funcionamento. Durante esse tempo, todo tipo de detritos foi despejado diretamente no rio, sem qualquer tratamento.

Como forma de protesto a esse descuido, ambientalistas, artistas e pessoas ligadas à proteção dos Direitos Humanos se reuniram na tarde desta quinta-feira (06) na Avenida Raul Lopes, na estação elevatória da Agespisa.

Participaram do encontro a Rede Ambiental do Piaui (Reapi), o Movimento Nacional de Direitos Humanos, a Associação das Prostitutas, a Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais (APIPA) e a Fundação Rio Parnaíba (Furpa). Com faixas, em que estava escrito “
Rio Poti, fim da vida” e “Diga não à morte do rio Poti”, os manifestantes procuravam chamar a atenção da população e do Poder Público para o problema da depredação do meio ambiente.
A coordenadora da Reapi Tânia Martins lembra que a Agespisa conta com mais 19 estações elevatórias desse tipo e diz que todas estão sucateadas. “Se a bomba quebrou, o correto é que houvesse bombas sobresselentes. Por que o rio tem que ser sempre penalizado? A manutenção dessas estações e das bombas deveria ser constante. O que não pode ocorrer é um descuido como esse”, disse a ambientalista.

A conselheira nacional do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Lurdinha Nunes, cobra uma atitude do Poder Público. “Esses dejetos lançados no rio Poti acabam contaminando também o rio Parnaíba. Isso vai parar, por exemplo, no Encontro dos Rios e no próprio Delta, que são dois importantes pontos turísticos do nosso Estado. Os prejuízos são enormes. O Ministério Público tem que ser notificado”, complementou.

Selando a manifestação, o artista Willyams Martins, seguindo a linha da Ecoarte, lançou sobre o rio Poti, debruçado na Ponte Juscelino Kubitschek, pigmentos orgânicos vermelhos, de urucum. “Essa é uma forma de chamar atenção para este problema grave do meio ambiente. É também um trabalho interativo com o espaço, que é o próprio rio, uma intervenção. Só que esta intervenção não agride o rio”, disse o artista.

A Agespisa esclareceu que o extravasamento dos dejetos da zona leste no rio se deu em caráter emergencial. Uma das bombas da estação elevatória Riverside foi substituída por outra, de maior potência. Para que houvesse a troca, foi preciso interromper o serviço de bombeamento dos esgotos para a estação de tratamento, havendo o despejo dos detritos nas águas do rio sem o devido tratamento. Mas a empresa defende que o rio tem vazão suficiente para fazer a diluição dos dejetos.

A Agespisa informou ainda que isso faz parte de um investimento maior. Além da substituição das bombas, geradores de energia elétrica serão instalados nas estações elevatórias para impedir a paralisação das bombas quando faltar energia.




Jornal O Dia
Autor: Juliana Dias