O contraste da mata verde no meio de serras de vegetação seca encanta os olhos do homem, e faz despertar para a importância da biodiversidade do Piauí. O fato pode ser presenciado próximo da capital Teresina, na pequena cidade de Nazária.
Para o agricultor, Antônio Carlos, que mora na região há trinta anos, o riacho encontra-se deteriorado, e ele afirma que se a nascente não for protegida o manancial morre.
“Eu conheci esse riacho com muita água e muito peixe, mas tenho percebido que a água baixou muito. E acho que se continuar assim, com o pessoal desmatando, ele vai embora é cedo.”, disse Antônio lamentando.
No riacho ainda pode ser visto vários pássaros e os moradores afirmam que ainda existe muitos animais, como onça, tatu, veado e macacos na região. Na região possui mata de cocais e cerrado sendo uma área de transição.
O olho d’água que dá origem ao riacho ainda pulsa como uma veia da floresta, mas os mais velhos dizem que antigamente bastava um pequeno grito para fazer a água borbulhar com força na nascente.
Um outro problema que a nascente enfrenta é o desmatamento decorrente pela existência de um assentamento chamado de Projeto, onde os trabalhadores sem a qualificação técnica necessária desmatam do lado do manancial. Com isso o riacho que deságua no Rio Parnaíba é ameaçado pelo assoreamento, pois a terra é muito frágil.
Para o agrônomo e ambientalista, Avelar Damasceno, medidas devem ser tomadas para que o riacho do Mutum não desapareça, pois o poder público deve dar a assistência técnica necessária para a comunidade, e principalmente, fiscalizar, proteger e estimular as matas ciliares consideradas prioritárias.
“Existe muitos riachos como esses abandonados pelo Estado, deve ser feito um trabalho urgente para administração desses recursos naturais de forma participava e eficaz pensando nas gerações futuras.”
Assista o vídeo da nascente:
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