Por Dionísio Neto – Ecodio
Sexo, drogas, moda, festa e violência são os temas mais veiculados na mídia, e como conseqüência são os que mais interessam a maioria dos jovens de nossa sociedade. Garotos e garotas atraídos a cada dia por um mundo consumista, e atraídos pela diversidade de produtos mergulham na alienação da destruição. A juventude vive drogada pelas chaminés das grandes empresas e pelo governo com promessas de emprego e melhor qualidade de vida, mas o grande problema deste entorpecimento com o sonho de uma vida melhor é pensar na acomodação de um sofá confortável, uma televisão a cabo, roupas de grife, cerveja gelada e comendo aquele churrasco.
Não que seja ruim sentar o traseiro no sofá e tomar aquela cerveja, o problema é fazer esse jovem pensar de onde veio aquilo que está consumindo, e quanto custou ao meio ambiente aquela latinha gelada de alumínio com álcool, água, cevada e gás? É insuficiente a preocupação dessa juventude com a vida do amigo urso, peixe, lagarto, onça, tatu, baleia e macaco, seja do outro lado do mundo, ou no quintal de sua casa.
Apenas selecionar ou diminuir aquilo que é consumido não é o suficiente. A educação também é muito importante, mas a mobilização juvenil é a chave. Em épocas de ditadura militar essa juventude, melhor dizendo, aquela; ensinou como se faz a diferença, mas vale lembrar que o grito de liberdade contra a repressão se deu apenas quando a coisa estava muito ruim. Enfim só se toma partido das coisas quando se sente na pele.
A liberdade hoje existe, mas estes seres ditos inteligentes estão aprisionados a um modelo de desenvolvimento a qualquer custo aplicado por políticos que eles mesmos escolheram. Se a sociedade indicou seus líderes irão reclamar depois de eleito? Por que não se pensou antes?
As políticas, ditas públicas, não estão fazendo efeito, aliás, até estão; mas somente para um pequeno grupo empresarial e político, que precisa de soja, carvão, minério, lenha, madeira, água, e etc. Existe uma verdadeira incompetência administrava na política brasileira para com os recursos naturais, mas essa meninada ainda não aprendeu a gritar, só a cheirar, fumar e injetar aquilo que é mostrado na mídia.
Os rios secam como se fosse sugados por esponjas, o calor aumenta como um microondas, as matas somem em meio a fumaça, os animais caem ao som da bala, pessoas morrem por falta de comida, tsunames e furacões se revoltam e arrastam tentam purificar a sujeira do homem, e enquanto isso rapazes coçam o saco e moças alisam os cabelos como se nada estivessem acontecendo. É uma verdadeira “volúpia mortífera”.
Essa juventude só irá se conscientizar, e confrontar, quando a cerveja, o carro, o churrasco, as roupas e outros produtos dependentes de matérias primas da natureza estiverem racionalizados, ou inacessíveis, a exemplo da água. O jovem ainda é imaturo com o conceito de equilíbrio, em especial, o ambiental. Meninos e meninas caem na farra e usam as drogas produzidas pelas chaminés de sonhos, e em uma dessas alucinações transam sem camisinha com o planeta antes mesmo de chegar a maior idade, e como conseqüência nasce um filho o qual não sabem nem enxugar as lágrimas.
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