quinta-feira, 28 de maio de 2009

Governador IRRESPONSÁVEL !!! Falta competência para gerir nossos recursos hídricos

Depois do Presidente Lula vir até o nosso estado e dizer que as chuvas aqui são "marolinha", o governado Wellington Dias de forma IRRESPONÁVEL foi até os veículos de comunicação e tentou tranquilizar a população dizendo que a barragem não iria estourar. E já sãomais 8 mil desabrigados da noite para o dia. Há 5 anos estamos engajados num movimento para criação desse comite de bacia dessa região e o governador sempre atrapalhou nunca quis. Falta gerenciamento e combate ao desmatamento, cadê a compentencia do poder público para evitar situações como essa!


GOVERNADOR do Piauí de assume a culpa

O governador Wellington Dias concedeu entrevista coletiva agora há pouco no angar do governo do estado, no aeroporto de Teresina, para dizer que assume a responsabilidade pelas declarações do engenheiro Luiz Hernane, que há duas semanas orientou as famílias a voltarem para suas residências apesar dos riscos de rompimento da barragem. O governador declarou também que não é Deus para prever nenhuma catástrofe.

Cercado por repórteres, ele afirmou que a situação é dramática no município de Cocal (268km). O chefe do Executivo estadual afirmou que sobrevoou a região alagada e chegou a ver geladeiras sobre árvores, animais mortos e famílias nos morros pedindo desesperadamente por ajuda.
Com relação às críticas de que teria responsabilidade sobre a tragédia, o governador declarou que é bancário e foi eleito governador pela população do Piauí. “Não sou Deus para adivinhar possíveis catástrofes”, complementou. Afirmou ainda que a barragem ter quebrado é como se uma lâmina de 20 metros de água tomasse de conta da cidade.

Segundo ele, é como se um prédio de três andares tivesse desabado sobre a área urbana de Cocal. Porém tranqüilizou a população: “Não há mais água. Não há mais risco algum. Já passou a água toda.”

RESPONSABILIDADE DO ENGENHEIRO

Dias comentou sobre a responsabilidade do engenheiro Luiz Hernane, da Universidade Federal do Ceará, que projetou a barragem. Ele afirma que o engenheiro realmente orientou o retorno das famílias, mas que ele apenas cumpria ordens. “Quem dá as coordenadas é o governador. Eu que o chamei e dei as ordens.” O governador assumiu a responsabilidade pela orientação do engenheiro.

PERDA E SOLIDARIEDADE

Ele disse sentir muito pela morte da menina Francisca Maria Pereira, de 12 anos, porque é algo que não pode ser revisto. Ele negou que tenha havido mais de 70 mortos, como divulgado por alguns veículos de comunicação. Na entrevista, propôs a adoção de medidas conjuntas entre Piauí e Ceará para prevenir futuros imprevistos. “É preciso haver uma ação interligada entre os dois estados.”

CHUVAS INTENSAS

A cheia que provocou o rompimento da barragem de Algodões foi provocada por chuvas intensas que aconteceram durante 24 horas seguidas no vizinho estado do Ceará. Ele disse que há um evento programado pela Defesa Civil Nacional, envolvendo todos os estados prejudicados por cheias, para que se defina um plano preventivo para o futuro.

SOBRE AS GREVES

Questionado sobre a situação de greve de vários servidores do estado, ele disse que o governo enfrenta uma dificuldade econômica muito grande provocada por uma crise econômica internacional. “A maior de toda a história do mundo.” Segundo ele, qualquer pessoa de bom senso consegue compreender a situação “enfrentada atualmente por todo o planeta.”
“Eu quero lidar com isso. Quero governar olhando para as 3 milhões de pessoas que vivem neste estado. Os servidores sabem que eu jamais tomaria uma atitude diferente que não fosse do interesse do estado. Nesse instante, a solução é a que foi apresentada.”

PROPOSTA DOS MÉDICOS

Ele falou sobre a proposta apresentada para os médicos. Na primeira delas, seria pago o reajuste parcelado em maio, agosto e novembro. Ou então seria pago de uma só vez em agosto. Os médicos sinalizaram com a segunda alternativa. “As propostas visam apenas equilibrar o fluxo. É uma coisa conjuntural. Junho, julho e agosto caem as receitas do estado naturalmente. Se eu colocar uma despesa nova nesse período, de mais ou menos R$ 32 milhões, que é o caso, eu termino atrasando folha. Não quero atrasar folha. Não interessa a ninguém.”
O governador declarou que está trabalhando para que todos os serviços funcionem.

Repórteres – Toni Rodrigues e Jéssyca Lages

terça-feira, 26 de maio de 2009

Piauienses ganham premiação Nacional como amigos da Mata Atlântica

A Rede de ONGs da Mata Atlântica anunciou a premiação dos grandes vencedores do prêmio Amigo da Mata Atlântica de 2009, e dentre eles se destacaram a jornalista Tânia Martins e o fotógrafo André Pessoa. Eles receberam a premiação por conta do intenso e belo trabalho em defesa da Serra Vermelha.

Eles coordenaram de forma corajosa, ininterrupta e persistente a campanha em prol da preservação da Serra Vermelha, contra a instalação do Projeto de produção de carvão ?Energia Verde? e outros empreendimentos degradadores, contra a grilagem, pelo apoio às comunidades locais e pela criação de uma Unidade de Conservação na região.

A Serra Vermelha é uma grande chapada, no Sul do Piauí, totalmente preservada pela última floresta da região, um grande ecótono onde se encontram a Caatinga, o Cerrado e a Mata Atlântica. O lugar abriga uma das maiores biodiversidades do interior nordestino e foi considerada pelo Ministério do Meio Ambiente como uma das áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade brasileira.A RMA apóia e clama pela criação de um Parque Nacional da região.

Os resultados do trabalho de Tânia e André são:

* Cancelamento do projeto Energia Verde.
* Auxílio à abertura do processo de criação de uma UC na região.
* Apoio às ações da RMA para a criação da UC.
* Desenvolvimento de ações de educação ambiental na região.
* Apoio ao reconhecimento da existência de Mata Atlântica na região.


A Rede de ONGs da Mata Atlântica anuncia os grandes vencedores do prêmio Motosserra de 2009:

Ministro Reinhold Stephanes - Ministro da Agricultura e

Senadora Kátia Abreu - Presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA)

Pela acintosa campanha contra a legislação ambiental, em especial o Código Florestal, mais especificamente os artigos que tratam das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e da Reserva Legal (RL).

A campanha contra o Código Florestal, coordenada pelo ministro e pela senadora, está sendo feita de forma escancarada, através de declarações na imprensa, palestras e discursos em eventos públicos, lobby da bancada ruralista, manipulação popular e apresentação de propostas de projetos de lei e emendas equivocadas, ao Código no Congresso Nacional.

O ministro e a senadora têm apoiado abertamente e sem pudor, iniciativas inconstitucionais e ilegais como o código (anti) ambiental de Santa Catarina, recém aprovado pela assembléia legislativa do estado, que teve a coordenação do governador Luiz Henrique da Silveira, já agraciado pela RMA com o Prêmio Motosserra no ano de 2005. Pior que apoio, na verdade eles têm estimulado que outros estados sigam o mau exemplo de SC.

Também pela omissão em desenvolver modelos de produção sustentável para o agronegócio e para a agricultura familiar.

Os danos ambientais resultantes dessas ações podem ser:

* Possibilidade efetiva de retrocesso na legislação ambiental.
* Deseducação ambiental da população, com setores se voltando contra cumprimento da legislação ambiental e apoiando o lobby para as mudanças das leis.
* Desmatamento efetivo em todos os Biomas, resultado da campanha contra, mesmo que as propostas anti-ambientais não sejam aprovadas.
* Possibilidade de intensificação das tragédias ambientais, conseqüentes das mudanças climáticas, por conta da degradação que poderá acontecer com a eliminação da proteção às Áreas de Preservação Permanente e à Reserva Legal.

Prêmio Amigo da Mata Atlântica

É com grande satisfação que a Rede de ONGs da Mata Atlântica ? RMA irá anunciar e entregar nesta sexta-feira (22), durante a solenidade de abertura da Semana da Mata Atlântica, em São Paulo, o prêmio Amigo da Mata Atlântica 2009 para pessoas que se destacaram na defesa da Mata Atlântica no ano de 2008. O prêmio tem como objetivo dar destaque às essas pessoas, fazer um agradecimento público por seu trabalho e valorizar as causas pelas quais elas trabalham e que são importantes para a conservação da meio ambiente.

Entre os vencedores de anos anteriores temos o Bispo Dom Luiz Capio por sua luta em prol do Rio São Francisco, o Movimento dos Atingidos por Barragens por seu questionamento à construção da hidrelétrica de Barra Grande e a ex-ministra Marina Silva por seu empenho pela aprovação da Lei da Mata Atlântica.

Prêmio Motosserra

Já o prêmio Motosserra, que também será anunciado no dia 22 de maio, é um instrumento da RMA e de suas entidades filiadas para denunciar à sociedade pessoas físicas ou jurídicas responsáveis direta ou indiretamente por ações significativas e comprovadas de degradação ambiental.

Em anos anteriores já foram agraciados com o prêmio Motosserra deputados que se opuseram à aprovação da Lei da Mata Atlântica, governadores como Luiz Henrique da Silveira, por sua batalha contra as unidades de conservação e por recordes de desmatamento no seu estado, a ex-ministra de Minas Energia, Dilma Roussef e as empresas Baesa e Engevix por sua conivência ao licenciamento irregular da hidrelétrica de Barra Grande e pessoas como Dalton Macambira, secretário de meio ambiente do Piauí e Romildo Mafra, Gerente Regional do Ibama no Piauí, por terem contribuído para a aprovação do projeto Energia Verde na Serra Vermelha, cujo objetivo era transformar toda a vegetação da região em carvão.

A Rede de ONGs da Mata Atlântica

A Rede de ONGs da Mata Atlântica - RMA é uma associação sem fins lucrativos, que congrega mais de 300 instituições nacionais e internacionais com atuação no bioma. A sua história se confunde com a própria trajetória da preservação do bioma. A Rede, criada durante a Rio-92, atua junto a governos, instituições e a comunidade no sentido de formular ações concretas pela proteção da Mata Atlântica.

Fonte: Ascom RMA

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Governo do Piauí autoriza carvoaria ao lado da Serra da Capivara


A Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Piauí (Semar), autorizou a implantação de uma carvoaria na área da Fazenda Louziania Fontenelle, ao lado do Parque Nacional Serra da Capivara. Nem mesmo o corredor biológico que foi criado pelo Ministério do Meio Ambiente entre os parques da Serra da Capivara e Serra das Confusões foi suficiente para impedir a autorização de desmate e produção de carvão vegetal.



Pelo projeto assinado pelo secretário Dalton Melo Macambira, serão implantados cerca de 400 fornos dentro da fazenda. O objetivo é derrubar 14 mil hectares de cajueiros e transformar tudo em carvão para alimentar as siderúrgicas do Brasil. A empresa que ganhou a autorização, chamada de Sombra da Mata Terraplanagem e Transporte Ltda, tem sede na cidade baiana de Campo Alegre de Lourdes.

O documento que autoriza o desmatamento tem validade até o dia 27 de março de 2010, podendo ser prorrogado. O projeto prevê a implantação da carvoaria, o comércio do carvão vegetal e seu transporte. O responsável pela empresa é Antônio Carlos e o CNPJ da firma é 03.188.188/0001- 31.

Biólogos afirmam que apesar da mata ser composta de cajueiros plantados nas últimas 3 décadas, o impacto ambiental da implantação da carvoria nas proximidade de uma reserva federal trará enormes prejuízos ambientais para fauna, flora, paisagem e solo da região. Ambientalistas também questionam o impacto causado pela fumaça e afirmam que o Governo do Piauí está criando uma cultura de transformar a natureza do Piauí em carvão.

O caso mais emblemático dessa situação é o da Serra Vermelha, quando a Semar e o Ibama autorizaram o desmatamento de 78 mil hectares para produção de carvão. O escândalo teve grande repercussão na mídia nacional e o Ministério do Meio Ambiente decidiu paralisar o projeto, chamado de Energia Verde, e iniciar os estudos para transformar a área no Parque Nacional Serra Vermelha.

http://www.portalsr n.com.br/ news555.php

Cajueiros viram carvão para siderurgicas brasileiras


Deu no portalsrn.com, de São Raimundo Nonato: a Secretaria Estadual do Meio Ambiente autorizou a implantação de uma carvoaria na área da Fazenda Louziania Fontenelle, ao lado do Parque Nacional Serra da Capivara. Nem mesmo o corredor biológico que foi criado pelo Ministério do Meio Ambiente entre os parques da Serra da Capivara e Serra das Confusões foi suficiente para impedir a autorização de desmate e produção de carvão vegetal.
Pelo projeto assinado pelo secretário Dalton Melo Macambira, serão implantados cerca de 400 fornos dentro da fazenda. O objetivo é derrubar 14 mil hectares de cajueiros e transformar tudo em carvão para alimentar as siderúrgicas do Brasil.


http://www.diariodopovo-pi.com.br/zozimo_materia.php


quarta-feira, 13 de maio de 2009

JB Carbon usa mídia do Piauí para tentar liberar seu negócio

Valores Obscuros!



JB Carbon usa mídia do Piauí para tentar liberar seu negócio

É impressionante a voracidade da empresa JB Carbon em tentar defender seus interesses. Para isso se utiliza de pessoas da área de comunicação que de escrúpulos não tem nada. Vamos fazer um retrocesso, e ver o jogo midiático que vem ocorrendo desde o início do ano passado, com o uso de jornalistas em Brasília, para defender os interesses da empresa. Merece uma pequena investigação.

Há documento, que na verdade, mais parece uma piada. Matérias forjadas, jornalistas usados. Contratos guardados a sete chaves. Agência envolvida.
E certamente isso virá a tona, pelas mãos daqueles que se acharam lesados após constatarem a verdade, não é Cristal Sá e Rômulo Rocha?

E ainda acrescento na matéria os nomes dos jornalistas Wrias Moura e Edson Almeida que manipulam os meio de comunicação e prestão uma assessoria de imprensa que visa apenas o dinheiro, e se esquecem das gerações futuras contribuindo para destruição do planeta.

Devastação na Serra Vermelha ganha destaque no Fantástico

As imagens de destruição ambiental na região da Serra Vermelha foram destaque na última edição do Fantástico, da Rede Globo de Televisão. As cenas de devastação que já são de conhecimento de grande parte da população piauiense, no domingo ganharam projeção nacional através do Fantástico.

Cenas chocantes de uma fileira com cerca de 300 fornos que estavam queimando a biodiversidade da Serra Vermelha e que já tinham sido destacadas no Globo Repórter, foram veiculadas no quadro VOZES DO CLIMA que teve seu último episódio veiculado no Fantástico.

Apesar do próprio governador Wellington Dias (PT), defender o projeto Energia Verde, da empresa carioca JB Carbon, que pretendia desmatar cerca de 77 mil hectares na Serra Vermelha, no Fantástico foi o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que disse não ser aceitável esse tipo de agressão ambiental.

As imagens aéreas do terror que vinha sendo feito na Serra Vermelha estão no começo e no meio do episódio. Confira em: http://especiais.fantastico.globo.com/vozesdoclima/

RESPOSTA DA JB CARDON

Energia Verde realiza plano de manejo sustentável na Serra Vermelha

A empresa JB Carbon deseja retificar as informações publicadas de maneira distorcida na matéria “Devastação na Serra Vermelha ganha destaque no Fantástico”, publicada nesta terça-feira (23) neste meio de comunicação.

Primeiramente, convém esclarecer que o Projeto Energia Verde, paralisado desde janeiro de 2007, foi autorizado pelo Ibama e pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semar) de forma que não representa uma ameaça para a Serra Vermelha pelo simples fato de que jamais praticou a retirada indiscriminada da vegetação naquele local.

Embasado na técnica do manejo florestal sustentável, o projeto, na realidade, preserva 34% dos 114 mil hectares que possui, com brigada para combater incêndios, além do investimento na manutenção da fauna e da flora. A conservação de reserva legal no cerrados é superior ao exigido em outros estados (20%) e no Piauí (30%).

Os 78 mil hectares restantes foram divididos em 13 lotes, ou Unidades de Produção Anual (UPAs). A UPA 5 seria a primeira a ser trabalhada, mas apenas 300 hectares da matéria-prima foi extraída. Esta mesma unidade só voltaria a ser manejada daqui a 14 anos, quando os troncos das árvores deixadas lá rebrotassem e o ciclo das 13 UPAS fosse completado. Assim, nenhuma árvore foi retirada sem que houvesse o cuidado em garantir a renovação do bioma na região.

Vale ressaltar que a atuação da empresa JB Carbon neste projeto foi incluída no material de divulgação do Programa de Desenvolvimento Florestal do Piauí, mantido pelo Ministério da Integração e Governo do Estado, por ser considerado como a principal iniciativa piauiense em manejo sustentável. O projeto está suspenso desde que o Ministério do Meio Ambiente entendeu que deveria ser formada mais uma unidade de preservação ambiental na área, através da criação do Parque da Serra Vermelha.

Proposta essa que é interesse maior de uma rede de ONGs ambientalistas, que se utilizam o simbolismo da “preservação do meio ambiente” para criar uma imagem de que não existe desenvolvimento sustentável, como ocorre no projeto, mas sim a destruição das áreas verdes de cada região.

Portanto, o projeto Energia Verde não pretende transformar a Serra Vermelha em carvão vegetal. Ao contrário, objetiva conciliar produção e preservação, uma vez que o manejo atende às necessidades de consumo da população e garante que os recursos extraídos sejam preservados, primando por um dos princípios mais defendidos pelos ambientalistas nos dias de hoje: a sustentabilidade.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Enchente histórica é a marca da destruição do cerrado piauiense


Por Dionísio Neto
Rede Ambiental do Piauí - REAPI

A bacia hidrográfica do Rio Parnaíba é a quarta maior do país e banha todo o Estado do Piauí e parte do Maranhão. A rica biodiversidade da bacia é acompanhada pelo cerrado, que vêm sendo destruído a cada dia com a expansão desordenada das monoculturas, especialmente, a soja. E o reflexo da destruição do bioma é a enchente histórica do ano de 2009.



O cerrado piauiense é tido pelo Governo e produtores, como a última fronteira agrícola a ser explorada no Brasil. A instalação de empresas como a Brasil Ecodiesel e a multinacional Bunge Alimentos nos últimos seis anos acelerou o processo de extinção do cerrado. A perda dessa vegetação além de estimular o aquecimento global com o acentuado número de queimadas tem provocado enormes catástrofes com a chegada das chuvas no Piauí.

Rios e riachos que o cortam o coração do cerrado até desaguar no Rio Parnaíba estão completamente cheios, e levam vorazmente o resto da mata ciliar e o sonho de inúmeros povos ribeirinhos. O fenômeno é conhecido por “desenvolvimento a qualquer custo”. A busca incessante pelo lucro é o objetivo principal das grandes empresas, que destroem e estimulam a retirada da cobertura vegetal de forma estúpida, e assim provocam alterações irreversíveis no clima. E essa substituição da mata pelas monoculturas desequilibram não somente a vida da floresta, mas também a do homem que nela vive.

O desmatamento desenfreado tem o aval do Governo Estadual e de órgãos que deveriam fiscalizar e proteger a floresta destas ações criminosas. O desaparecimento do cerrado é sentido na pele pelo povo piauiense, que inocentemente culpa a água que cai do céu, mas não se pergunta, ou não tem a capacidade de analisar a verdadeira origem da onda de destruição dos rios.

O cerrado é um dos biomas mais ricos do planeta, e o mais esquecido pela imprensa, governo e políticos. Bem diferente da Amazônia com seus rios imensos e caudalosos apreciados pela sua abundância, mas também não deixam de sofrer com o desmatamento, e o patinho feio e esquecido fica com o cerrado que some a cada ano juntamente com o seus rios e riachos soterrados pelos interesses políticos e financeiros. Coitados dos rios do cerrado, a exemplo do Parnaíba, que é o maior rio legitimamente nordestino, e só é lembrado nas épocas de chuvas, pois o tão sofrido e assoreado rio ainda tem de agüentar toda a sobrecarga de água e areia de seus afluentes provocando as destrutivas inundações.

Pobre de quem estiver na frente de seu percurso, pois o rio não quer saber quem é certo ou quem é errado, todos os homens pagam na mesma moeda. Enquanto os miseráveis se preocupam com a água que irá tomar posse de suas casas, os ricos se preocupam com os rios de dinheiro e soja no cerrado piauiense.