quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Fósseis novos foram desenterrados no Rio Poty e ameaçam desaparecer.

Em minhas andanças pela Parque Municipal Floresta Fóssil do Rio Poti encontrei o fóssil de uma árvore que foi desenterrada pela chuva e pelo Rio Poti durante a última enchente. Espero que ele não suma com a próxima enchente.

O taxidermista-museógrafo, Genivaldo Camelo de Castro, está tentando viabilizar junto ao IPHAN a autorização para a retirada do fóssil para o Museu Taxidérmico - Centro de Ciências Interativas "Casa de São José", haja visto que a Floresta Fóssil é um patrimônio Nacional tombado.

Genivaldo informou ainda que a Floresta Fóssil é do Período Permiano sendo anterior ao Era dos Dinossauros. Segundo a ciência esses espécimes pertenciam a uma floresta petrificada de Idade Permiana, associados à Formação Pedra de Fogo, na qual se destacavam o grupo das Pteridófitas (da divisão Pteridospermophyta, Classe Cycadoxyleae Steward) denominado de Teresinoxilon Eusébioi (homenagem ao paleontólogo Dr. Euzébio de Oliveira e a cidade de Teresina).

A paleoflora de Teresina e de suas regiões vizinhas apresenta traços de uma grande floresta, cujos elementos representativos figuram entre espécimes de grupos extintos definitivamente do planeta, como as Pteridospermófitas, ou espécimes pertencentes a grupos que não possuem distribuição natural em nossa região, como as pteridófitas e gimnospermas (que não são nativas). Vale salientar que o paleoambiente, onde encontramos esses elementos, diferia completamente do ambiente atual. Na avaliação dos pesquisadores, a área de Teresina, na Era Paleozóica, poderia ter abrigado uma grande praia.

Estudos são feitos desde 1909 até hoje, mas a ação do tempo, e principalmente, do homem estão fazendo desaparecer essa riqueza histórica.

Saiba mais sobre o Parque Municipal Floresta Fóssil do Poti no link abaixo:

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