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terça-feira, 21 de junho de 2011

REAPI pede proteção de vida para ambientalista piauiense

Presidente da FURPA, ambientalista Francisco Soares

Diante da invasão, na tarde de ontem, dia 20,  por três elementos fortemente armados na residência do ambientalista Francisco Soares, presidente da Fundação Rio Parnaíba-FURPA, e conselheiro do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA, a Rede Ambiental do Piauí-REAPI, vem a público denunciar que o ambientalista, que no momento não se encontrava em casa, foi vítima de uma tentativa de assassinato, devido o comportamento dos indivíduos, que uma vez no interior da residência,  limitaram-se a procurá-lo, como não o encontraram,  saíram em busca de documentos. Quarenta minutos depois, saíram sem nada levaram como fruto de roubo.

Desde 2007  Soares vem promovendo fortes denuncias de crimes ambientais no CONAMA, como  os desmatamentos irregulares, as carvoarias e a grilagem de terras no Sul do Estado, na região da Serra Vermelha. Semana passada, a Ministra do  Meio Ambiente, Izabela Teixeira, determinou o enviou da Polícia Federal e fiscais do Ibama e Instituto Chico Mendes-ICMBio, a região, para apurar os crimes denunciados pelo o Ambientalista. O que pode ter contribuindo  para desagradar os exploradores da região. 

Diante da situação, a REAPI, através das entidades que a compõem está solicitando ao Ministério do Meio Ambiente, Polícia Federal e ao Ministério da Justiça, proteção e segurança de vida ao ambientalista.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Bioanálise apóia exposição fotográfica Bio Piauí

Por Dionísio Neto
Preocupada com questão ecológica local a empresa Bioanálise apóia a “Exposição Fotográfica Bio Piauí”, realizada pela Rede Ambiental do Piauí – REAPI, que traz imagens das belezas e da destruição da biodiversidade que acontece no Piauí. As fotografias já percorreram São Paulo, e estão sendo expostas em diversos locais de Teresina.

A importância da exposição tem como foco despertar a importância da preservação, e bem como a utilização racional de nossos ecossistemas durante a Semana do Meio Ambiente, e também em comemoração ao Ano Internacional das Florestas em 2011, segundo a ONU.

A exposição fotográfica revela a destruição dos ecossistemas piauienses, ela começou em São Paulo, no Parque Ibirapuera, dentro da programação do evento “Viva Mata”, entre os dias 20 e 22 de maio, sendo vista por mais de 30 mil visitantes.

Na capital Teresina a exposição já percorreu o Complexo Ponte Estaiada, Parque da Cidade e atenderá a pedido de universidades e escolas. As imagens são dos fotógrafos André Pessoa e Margareth Leite.

Eleita nova coordenação nacional do FBOMS durante XX Encontro Nacional

Por REAPI e FBOMS

Cerca de 50 organizações do Brasil inteiro participaram do XX Encontro Nacional do FBOMS, em que a nova coordenação nacional e o comitê de força tarefa para a Rio+20 foram eleitos.

Entidades do Brasil inteiro reuniram em Brasília-DF, nos últimos dias 13 e 14, para XX Encontro Nacional do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS).

Participaram do evento cerca de 50 representantes de organizações da sociedade civil e movimentos sociais, com o objetivo principal de mapear os problemas, desafios e estratégias de trabalho do Fórum.

O FBOMS foi criado em 1990 visando facilitar a participação da sociedade civil em todo o processo da Rio-92. Após a conferência os membros do FBOMS decidiram dar continuidade na perspectiva de consolidação do espaço de articulação existente. Desde então, seu papel fundamental tem sido o de englobar diversos movimentos socioambientais atuando com espaço de interlocução política nas diversas instâncias governamentais e também garantir a participação da sociedade civil nos conselhos nacionais e internacionais.

A pauta da reunião teve como temas norteadores o debate da Rio+20, marco regulatório e processos organizativos. Além disso, assuntos como regras de atuação, papel da comunicação, temas prioritários para articulação e caminhos para o fortalecimento do movimento socioambiental brasileiro são questões adjacentes tratados dentro dos grandes eixos.

Ainda durante o encontro houve a eleição da nova coordenação nacional do FBOMS, em que oito entidades foram eleitas: Vitae Civilis, representando o sudeste, Mater Natura, representando a região sul, GTA e Comvida, o norte, Fundação Esquel, representando o Centro Oeste, a ASPOAN e Terra Azul, do nordeste e, por fim, o MAB nacional que está esperando uma deliberação da direção.

Além disso, foi criado um comitê de força tarefa para auxiliar na organização da Rio+20. Farão parte dessa comissão o Instituto Socioambiental (ISA), Rede Ambiental do Piauí (Reapi), Assembléia Permanente de Entidades de Defesa do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (Apedema), Instituto Ipanema, Rede da Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade (Rejuma) e o Centro de Estudos Ambientais (Cea).

Foi anunciado também que o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e o Vitae Civilis – Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz farão parte da secretaria executiva do Comitê Facilitador da sociedade civil da Rio+20.

domingo, 5 de junho de 2011

REAPI realiza a exposição fotográfica Bio Piauí em Teresina e Oeiras

Exposição no Parque da Cidade contou com 500 visitantes.
A Rede Ambiental do Piauí – REAPI realiza durante a Semana do Meio Ambiente a Exposição Fotográfica Bio Piauí, nas cidades de Teresina e Oeiras. A atividade teve início neste sábado e irá percorrer escolas, praças, eventos importantes da capital e terá encerramento em Oeiras.
A exposição visa conscientizar a população e tem como foco a educação ambiental, trás as belezas do Piauí bem como a destruição que ameaça as florestas. As imagens são dos fotógrafos André Pessoa e Margareth Leite.
Atuando em todo o Piauí a REAPI vem trabalhando na promoção da Educação Ambiental como um instrumento que requer a participação da sociedade nas discussões sobre a problemática ambiental nas mais diversas regiões com o intuído de reverter ou se não minimizar os impactos ambientais vigentes. A exposição conta com o apoio da empresa Bioanálise e será encerrada na Semana do Meio Ambiente no próximo sábado (05) em Oeiras.
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REAPI e Arquidiocese de Teresina reforçam a defesa pelas florestas


Em uma ação conjunta a Arquidiocese de Teresina juntamente com a Rede Ambiental do Piauí – REAPI, realizaram no dia 01 de junho, no complexo ponte Estaiada, a Celebração pela Vida, um ato em defesa do meio ambiente, especialmente, das florestas piauienses.

O evento contou com a presença de autoridades religiosas, dos movimentos sociais, ambientais e políticas, vale destacar a presença do Bispo Dom Sérgio, que fez um discurso forte cobrando posicionamento dos nossos governantes na defesa de nossas florestas.

Durante o evento foi apresentado um abaixo assinado em defesa das florestas do Piauí, especialmente, as que se encontram protegidas pela Lei 11.428, que é a Lei da Mata Atlântica, e o Piauí possui as florestas estacionais deciduais e semideciduais que  se enquadram no mapa da área de aplicação desta Lei. O documento será entregue ao governador.

Diversas atividades culturais como apresentação do Grupo Valor, Balé de Teresina e peças musicais encantaram as mais de 400 pessoas ali presentes com mensagens de preservação do meio ambiente. 





terça-feira, 31 de maio de 2011

Ambientalistas e a Igreja realizam evento em defesa do meio ambiente

Em comemoração ao Dia Internacional do Meio Ambiente, a Arquidiocese de Teresina em parceria com a Rede Ambiental do Piauí - REAPI, promove amanhã, às 17h, na Ponte Estaiada, a Celebração Pela Vida, um evento para refletir sobre as agressões ao meio ambiente que estão levando a destruição dos ecossistemas brasileiro e piauiense.

A celebração será comandada pelo Arcebispo Metropolitano de Teresina, Dom Sérgio da Rocha e contará com grande parte do clero piauiense.  De acordo com o Coordenador da Campanha da Fraternidade no Estado, Pe. Leonildo Campelo, além do momento religioso a  celebração  terá uma programação cultural com a apresentação do grupo Valor de PI, Balé da Cidade, Pe. Lauro, Grupo Abbah, Núcleo Terceira Idade do Mocambinho e a cantora lírica Leó. Haverá ainda plantio e distribuição de mudas.

Na oportunidade, a REAPI juntamente com a Arquidiocese estará coletando assinaturas objetivando a mobilização da sociedade para solicitar ao Governo do Piauí e ao Ministério do Meio Ambiente, a proteção e conservação das florestas ameaçadas pela indústria do carvão no Sul do Estado.

Consta ainda na programação, uma exposição fotográfica composta de 25 banners, assinadas pelos fotógrafos André Pessoa e Margareth Leite, sobre a biodiversidade singular existente no Piauí. 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

REAPI divulga em São Paulo imagens da devastação no Piauí

Foto: Margareth Leite

 Uma exposição fotográfica revelando a destruição dos ecossistemas piauiense causou indignação nas mais de 30 mil pessoas que visitaram o estande do Piauí, no Parque Ibirapuera em São Paulo, dentro da programação do “Viva Mata”, evento da ONG SOS Mata Atlântica, que aconteceu nos dias 20, 21 e 22 passados reunindo mais de 90 visitantes.

Além da exposição à REAPI coletou milhares de assinaturas contra a instalação de carvoarias no Sul do Estado instaladas com a autorização da Secretaria Estadual do Meio Ambiente-SEMAR. As assinaturas serão entregues a Ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira e ao Governador Wilson Martins, pedindo a paralisação do desmatamento e o respeito à Lei 11.428, conhecida como a Lei da Mata Atlântica.

Ainda no Viva a Mata a coordenadora geral da REAPI, Tânia Martins, proferiu uma palestra sobre a rota da destruição da natureza no estado e exibiu uma reportagem sobre a produção irregular de carvão que foi ao ar dia 15 último pela Globo News que denuncia o crime que vem ocorrendo Sul do Piauí onde, diariamente saem 20 toneladas de carvão com e sem autorização ambiental para alimentar os fornos das siderúrgicas de Minas Gerais.

Foto: Margareth Leite
Segundo a coordenadora da Reapi, centenas de ONGs de todo o país se colocaram a disposição para formar uma frente de resistência a fim mudar o quadro atual e, se possível, enfrentar governo e empresários in loco. “O que mais impressionou os ambientalistas no evento foi ver a quantidade de carvão vegetal produzido a partir da mata nativa, colocando em risco milhares de espécies ainda desconhecida e, principalmente, se preocuparam com a questão do clima, por está o Piauí no semi-árido, conseqüentemente, na rota do aquecimento global e mais propicio a desertificação”, informou. 

Pessoas como o ex-deputado federal Fábio Feldman criador da Lei da Mata Atlântica, Marina Silva, Paulo Nogueira Neto, primeiro ministro do Meio Ambiente, Roberto Klabin, presidente do Conselho da SOS Mata Atlântica e toda a diretoria da ONG foi solidária a REAPI e se colocaram a disposição para colaborar e a fim de por fim aos desmandos patrocinado pelo o Governo do Piauí.

Foto: Margareth Leite
A mobilização segue com a campanha da coleta de assinaturas que será feita pelo Avaaz, uma rede de campanha global de assinaturas com mais de oito milhões adeptos em todo mundo.

Dia de Mobilização

No próximo dia 1° em parceria com a coordenação da Campanha da Fraternidade, da Igreja Católica, a REAPI estará realizando uma mobilização para coleta de assinaturas e uma Celebração Pela Vida que ocorrerá na área urbanizada da Ponte Estaíada na Avenida Raul Lopes.

Na oportunidade vários artistas como o Valor de PI, Orquestra Sinfônica de Teresina, Balé da Cidade, Coral Infantil, entre outros, farão participação especial. Haverá ainda plantio de mudas por crianças e distribuição para o público presente.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Arquidiocese de Teresina e REAPI lançam campanha em defesa das florestas

A Campanha da Fraternidade de 2011 é voltada para o meio ambiente e tem como tema “Fraternidade e a Vida no Planeta, e a Arquidiocese de Teresina com o apoio da Rede Ambiental do Piauí – REAPI, realizam a Celebração pela Vida no Planeta, no próximo dia 01 de junho, no Complexo Ponte Estaiada, ás 17h, e lançam abaixo- assinado em defesa das florestas do Piauí.

Com o lema “A Criação Geme Com Dores de Parto” o tema ambiental da Campanha de 2011 toma de conta dos religiosos. A Igreja irá distribuir em todas as suas paróquias um abaixo-assinado pedindo que seja a cumprida a Lei 11.428, que protege florestas existentes no Piauí relacionadas ao Bioma da Mata Atlântica.

A mobilização é fruto de uma ação coletiva que visa a preservação do meio ambiente para as gerações futuras. A atividade, motivada pela fé, desperta uma consciência ecológica na população. A celebração será realizada pelo bispo, Dom Sérgio, e é aberta para toda a população teresinense.

Confira o abaixo-assinado:



terça-feira, 26 de abril de 2011

Teresina realiza mobilização contra a aprovação das mudanças no Código Florestal

Nesta quinta-feira, 28, às 8h30, na Praça da Liberdade, ao lado da Igreja São Benedito, mobilização pela não aprovação do Código Florestal e outros desmandos ambientais em curso no Piauí e no Brasil. Estarão no manifesto o Movimento dos Atingidos Por Barragem, notadamente o pessoal de Algodões I, moradores dos locais onde está previsto a construção das cinco hidreletricas, sindicatos e partidos de esquerdas.

A estratégia é realizar uma jornada de atividades públicas em dezenas de cidades entre os dias 28 e 30 de abril de 2011 com divulgação nas mídias locais para exercer pressão direta sobre parlamentares em seus domicílios eleitorais. Leia abaixo a íntegra da proposta de mobilização.



segunda-feira, 21 de março de 2011

AJE adota nascente do Riacho Mutum na semana da Floresta e da Água


Em comemoração ao Dia Mundial da Floresta (21) e Dia Mundial da Água (22) de março, a Associação dos Jovens Empresários do Piauí - AJE-PI adotou a Nascente do Riacho Mutum, zona rural de Teresina, na manhã de domingo (20), com o apoio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Teresina – SEMAM.

A iniciativa da AJE faz parte do Projeto Pense Verde Aja Verde e visa levar até as comunidades a educação ambiental, empreendedorismo e desenvolvimento sustentável. A primeira etapa do projeto desse ano escolheu o Assentamento Mutum, onde existe a Nascente de um riacho. O secretário de meio ambiente de Teresina, Valdemir Virgino, destacou que a iniciativa é importante, e que a manutenção da floresta em pé mantém o homem do campo, além de fornecer água e qualidade de vida. 

"A participação de comunidades, como o Assentamento Mutum, no Projeto Pense Verde Aja Verde, é de suma importância para a conscientização e preservação de regiões que possuem algum tipo de ameaça ambiental local. Como por exemplo, algumas técnicas agrícolas inadequadas causando o assoreamento de nascentes lindíssimas, como a que visitamos hoje." Informou Letícia Muniz - Coordenadora do Projeto.

O (novo) presidente eleito da AJE-PI, Paulo André Moreira de Souza, destacou que no Assentamento Mutum a comunidade tem grande potencial de desenvolver atividades empreendedoras, pois eles possuem todas as ferramentas para gerar renda e proteger a biodiversidade. Acrescentou ainda que a AJE irá se comprometer em desenvolver oficinas de capacitação e auxiliar a comunidade rumo ao desenvolvimento sustentável.

“O homem do campo tem um papel importante na preservação da natureza, e faremos um trabalho com a comunidade visando a educação ambiental e a preservação da nascente desse riacho de águas cristalinas. E é possível sim, aliar desenvolvimento com a natureza. ”, explicou Paulo André.

Durante a visita até a nascente foram coletadas amostras de água pela SEMAM que serão enviadas para análise de qualidade em laboratório. A caravana contou ainda com o apoio da Fundação Velho Monge, que desenvolve um projeto de exploração do extrativismo do babaçu na comunidade há um ano, e também do Grupo Matizes, Telhas Mafrense e da Rede Ambiental do Piauí – REAPI.

UFPI analisa parcerias para defesa do Meio Ambiente



Representantes de diversos setores da sociedade estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira (18) com o reitor da UFPI, Luiz de Sousa Santos Júnior. O objetivo da reunião foi propor uma parceria entre a Universidade Federal do Piauí, Ministério Público Estadual (MPE) e órgãos ligados à causa ambiental para incentivo da pesquisa e defesa do meio ambiente.
A promotora do MPE, Dra. Carmen Almeida, disse que o intuito da reunião é fazer com que a UFPI se volte para a reflexão acerca da vegetação protegida no estado do Piauí, através da Lei 11.428, que trata do domínio da Mata Atlântica no Estado. "Propusemos um convênio entre o MPE e UFPI. O reitor disse que tem todo o interesse e que em breve o convênio será formalizado", comenta.
O reitor, Luiz Júnior, considera a proposta bastante relevante e que a UFPI deve se fazer presente em todas as discussões relevantes que envolvam questões ambientais no estado. "Esta parceria irá fomentar e ampliar as discussões sobre meio ambiente no âmbito acadêmico, gerando o envolvimento de nossos pesquisadores, que contribuirão, de forma efetiva, com a questão, produzindo estudos e elaborando propostas", ressalta.
O presidente da Fundação Rio Parnaíba (FURPA) e conselheiro do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), Francisco Soares, acredita que o acordo de cooperação técnica com a UFPI vai contribuir para o levantamento mais detalhado da biodiversidade, além de ser uma contribuição importante para o desenvolvimento das causas ambientais no Estado. "É importante envolver a comunidade acadêmica nas discussões sobre a defesa de nossos biomas e ecossistemas", argumenta.
"Estamos preocupados com a perda acelerada da biodiversidade devido a grande quantidade de desmatamento no Piauí. Tudo está sendo destruído antes de conhecermos nossas verdadeiras riquezas. E ficamos satisfeitos em ver a UFPI preocupada em estimular ainda mais pesquisas e proteger o meio ambiente", acrescenta o ambientalista Dionísio Carvalho.
Participaram da reunião - a promotora do MPE, Carmen Almeida, representantes da Rede Ambiental do Piauí; o presidente da FURPA, Francisco Soares, a professora da UFPI, Conceição Lage; a orientadora do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Profª Jaíra Alcobaça; o procurador estadual Marcelo Coelho, o ambientalista Dionísio Carvalho e os jornalistas André Pessoa, Tânia Martins, e Margareth Leite.
Fonte: UFPI

sexta-feira, 11 de março de 2011

BOLSA VERDE TENTA ESCONDER GRANDES DESMATAMENTOS

Dalton Macambira acredita que os "pobres" são os que mais desmatam


O secretário estadual de Meio Ambiente, Dalton Macambira (PCdoB), voltou a ocupar espaço na mídia de Teresina para lançar a ideia de uma Bolsa Verde, nos moldes do programa Fome Zero, que seria pago aos
pequenos agricultores do Piauí para evitar desmatamentos e queimadas. Para o secretário, os "pobres" são os principais responsáveis pela destruição ambiental do Piauí.

"O projeto poderia até parecer interessante se o seu principal objetivo não fosse esconder as grandes empresas, fazendeiros ou grileiros, que estão acabando com a natureza piauiense", disse a jornalista Tânia Martins, coordenadora da Rede Ambiental do Piauí (Reapi), entidade que conta com a participação de várias outras organizações não governamentais (Ong's).

No ano de 2007, durante um encontro da Justiça Federal em Teresina, Dalton Macambira, afirmou que os "pobres" seriam os principais responsáveis pela destruição da natureza no Piauí. A frase do secretário ganhou capa do jornal Meio Norte e uma forte repercussão não apenas no Piauí mais em vários outros estados. Na época, Dalton se desculpou afirmando que o jornalista Efrém Ribeiro, autor da reportagem, tinha entendido errado.

Para saber maiores detalhes sobre a posição do secretário de meio ambiente do Piauí em relação aos pobres, basta digitar no google: 'Dalton Macambira + pobres' que nada menos nada mais do que 4 mil
ocorrências lembram o fato. "O interessante na proposta do secretário é que são os grandes proprietários que estão desmatando o Piauí, no entanto, quanto a isso, ele não fala uma só frase", disse o ambientalista Dionísio Neto.

Pelo projeto de Dalton Macambira, os pequenos agricultores do Piauí receberiam uma espécie de Bolsa Família, no caso a Bolsa Verde, para evitar queimadas e desmatamentos. Além disso, o secretario acredita
que esses trabalhadores poderiam ajudar reflorestando suas propriedades com ajuda do Governo, fato praticamente impossível de acontecer pois a Secretaria Estadual de Meio Ambiente não conta, sequer, com um canteiro de mudas nativas.

Pelas ações do secretário Dalton Macambira no dia a dia isso também parece ser complicado. Na última semana, por exemplo, a TV Cidade Verde fez uma entrevista com o secretário sobre o imbróglio Mata
Atlântica no Piauí, e a primeira resposta do secretário mostra bem seus projetos: "Ninguém consegue fazer licenciamento ambiental, que é o nossa caso aqui na Secretaria, ou nenhum empreendedor vai se instalar com essa insegurança jurídica", disse Dalton Macambira se referindo a Lei da Mata Atlântica.

Para o representante estadual do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), biólogo Francisco Soares, quem efetivamente vem desmatando o Piauí são grileiros e produtores de outros estados que chegam ao Piauí e encontram aqui o território ideal para isso. "Não temos uma política de controle desses desmatamentos. Ao contrário, tudo que está sendo desmatado na região de Curimatá e Morro Cabeça no Tempo para produção de carvão, por exemplo, ocorre sem nenhum controle, e o que é pior, o
Piauí não ganha nada com isso, pois toda produção vai alimentar as siderúrgicas de Minas Gerais".

quarta-feira, 2 de março de 2011

A Mata Atlântica não inviabiliza a economia do Piauí


Árvore conhecida como barriguda/ Foto: André Pessoa

O mapa da área de aplicação da Lei 11.428/06 - Lei da Mata Atlântica, compreende 17 estados brasileiros, e dentre eles temos o Estado do Piauí, que possui 46 municípios dentro da área de abrangência da Lei, correspondente a 10,52% do seu território. A Lei é aplicada em 11 diferentes coberturas vegetais, e o Piauí possui duas delas, a Floresta Estacional Semidecidual e a Floresta Estacional Decidual, sendo a última a mais encontrada no Estado.

O processo insustentável de exploração do Piauí tem aumentado a cada dia, e consequentemente, a supressão da vegetação tem provocado mudanças estéticas, sociais, ambientais e econômicas irreversíveis para as florestas do Piauí. Recentemente uma grande polêmica criada no Piauí a respeito da presença dessas duas formações florestais enquadradas na Lei 11.428/06 tem incomodado grandes grupos do ramo do agronegócio, siderurgia e politicos. Para eles, a aplicação da Lei da Mata Atlântica, que protege a floresta, pode emperrar a economia do Estado.

É interessante observar que outros estados não contestam a Lei, e nem por isso pararam de crescer. O único estado que vai contra a Lei é Minas Gerais, onde os deputados e o próprio governo afirmam que a “mata seca” e não a Floresta Estacional Decidual, é que ocorre no seu território. Com isso, eles visam favorecer as siderúrgicas. Hoje, no Piauí, acontece algo parecido, pois a vegetação piauiense possui grande potencial para a produção de carvão, que também chega até as
siderúrgicas de Minas Gerais.

Alguns pesquisadores, em defesa das empresas e politicos, não admitem as Florestas Estacionais Semideciduais e Deciduais no Piauí, e afirmam que no estado existe mesmo é a “caatinga arbórea”, que realmente se assemelha a decidual, pois esse tipo de caatinga existe em alguns lugares do Brasil.

Um mapeamento da Mata Atlântica e Ecossistemas Associados, feito pela Sociedade Nordestina de Ecologia (SNE) vai além e traz pontos importantes sobre a área de aplicação da Lei da Mata Atlântica, pois o mapeamento adotou as fisionomias definidas no decreto nº 750/93.

No Piauí, a legenda da vegetação mapeada foi: floresta estacional semidecidual montana (floresta tropical subcaducifólia); floresta estacional decidual Montana (floresta tropical caducifólia); e além disso a vegetação de dunas/ restinga (vegetação com influência marinha) e vegetação de manguezal (vegetação com influência
fluviomarinha).

Trabalhos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), verificaram no Piauí o NDVI (Normalized Difference Vegetation Index – na sigla em ingles, ou o mesmo que (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada), e revelam que a vegetação varia de acordo com o clima da região, confirmando que no Piauí existem florestas estacionais deciduais e semideciduais, em estações bem definidas.

O trabalho feito com imagens de satélite revela que a floresta estacional apresenta os maiores valores de NDVI. “Este comportamento ocorre porque a floresta tropical, adaptada a períodos secos, além de manter grande parte de sua folhagem durante a estiagem, é vegetativamente densa. Outro ponto importante é que os picos de máximos e mínimos valores de precipitação concentram-se neste domínio, fator que também influencia os valores mais altos de NDVI, uma vez que quanto mais seca a vegetação, mais rápida é sua resposta às chuvas.

E o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em publicação de 1993 deixa claro os dados do INPE, pois a floresta estacional constitui uma mata tropical que ocorre em regiões de duas estações definidas, uma seca e outra chuvosa, com espécies que perdem suas folhas na época da estiagem. Na floresta estacional semidecidual, 20% a 50% da folhagem cai no período seco, enquanto que na floresta estacional decidual a perda foliar chega a 50% ou mais, no mesmo período.

Recentemente pesquisas lideradas pela equipe da arqueóloga Niéde Guidon, sob a orientação da botânica francesa Laure Emperaire, revelam que durante quatro décadas estudos mostraram as características naturais da região da Serra da Capivara, realizando inclusive um inventário da flora, que aponta fortes elementos da Mata Atlântica, e também da floresta amazônica.

A denominação de “bioma” não tem agradado alguns políticos e poucos pesquisadores ligados a eles, pois procuram associar a Mata Atlântica a apenas uma floresta densa, próxima do oceano Atlântico com o famoso mico-leão-dourado. Existem até aqueles que confundem a população dizendo que a Lei não se aplica ao Estado do Piauí, mas esquecem de dizer qual é o real interesse político e econômico camuflado no discurso.

O que deve ficar claro para a sociedade é que na Mata Atlântica existem ecossistemas associados, cada qual com suas especificidades. E a falta de conhecimento, ou melhor, a carência de estudos mais aprofundados, também dificulta e alimenta discussõe. O problema é que enquanto isso acontece, a floresta vai sendo destruída. A
biodiversidade incluída na Lei 11.428/06 no Piauí tem o papel fundamental de amenizar a pobreza e a desnutrição, além da mitigação e adaptação das mudanças climáticas. Vale destacar que a mata ajuda também a controlar o regime das chuvas, envolvendo todo o setor agrícola de uma determinada região afetando também sua economia.

A Área de Aplicação da Lei da Mata Atlântica é rígida porque são áreas de extrema importância biológica. E quando se fala em biologia não é somente os bichos e os vegetais, mas os seres humanos.  O ano de 2011 foi escolhido pela ONU como o Ano Internacional das Florestas, para tentar aproximar todos os cidadãos sobre a importância de se preservar a mata, que cobre 31% das terras do planeta, sendo que o Brasil possui a maior parte.

Manter a floresta da Mata Atlântica, da Caatinga ou do Cerrado não significa retrocesso para a economia do Piauí, pois todos sabem que as características climáticas do Estado não permite a grande quantidade de desmatamento existente, afetando diretamente o desenvolvimento das cidades como o controle da erosão (evitando as tragédias),
fornecimento de alimento (o Piauí pode perder 70,1% das terras cultiváveis até 2050), retirada de carbono, e principalmente, o suprimento de água. Ao contrário do discurso politico, manter a floresta preservada é necessário para equilibrar a vida e a economia do Estado do Piauí.

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Dionísio Carvalho Neto - Jornalista, ambientalista, Secretário
Executivo do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Teresina, e
graduando em Gestão Ambiental

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Considerações sobre a Mata Atlântica no Piauí e outros temas

Por Marcelo Coelho

As discussões que vêm sendo travadas entre as diversas instituições governamentais e organizações não governamentais sobre a existência do bioma Mata Atlântica na região da Serra Vermelha, no sul do Piauí, não podem tirar o foco da principal e verdadeira questão que é o processo brutal de desmatamento para produção de carvão vegetal de uma enorme extensão de terra numa região de biodiversidade riquíssima e formações rochosas de rara beleza, tão bem demonstradas nas fotografias e imagens feitas por André Pessoa e pelo Globo Repórter.

A questão veio à tona durante a realização do evento “I Semana da Mata Atlântica no Piauí”, de 26 a 30 de janeiro último quando foram realizadas palestras, exposições e mostra de vídeos na Praça Pedro II, centro de Teresina. Neste evento, vários temas importantes foram debatidos como a defesa da Serra Vermelha, os grandes projetos de monocultura no entorno de Teresina e no sul do Estado, e sobretudo o projeto que altera o Código Florestal, ora em tramitação no Congresso Nacional.

As chuvas que causaram uma tragédia em larga escala na região serrana do Rio de Janeiro evidenciaram o problema da ocupação desordenada do solo e o desrespeito à legislação vigente, tornando temerária a flexibilização do Código Florestal.

É urgente a necessidade de um zoneamento ecológico-econômico no Estado do Piauí, priorizando aquelas áreas onde as transformações ocorram de maneira mais imediata, e que a ocupação da terra aconteça de uma forma equilibrada e sustentável, diminuindo os impactos negativos que possam incidir.


Marcelo Coelho é Procurador Federal
Foi Secretário do Meio Ambiente e Deputado Estadual

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Piauí transmite debate online para todo Brasil sobre a Mata Atlântica

O Piauí está incluído dentro do mapa de aplicação da Lei sobre a Mata Atlântica, e para discutir o assunto a Fundação SOS Mata Atlântica, transmite, às 14h, um debate virtual para todo o Brasil com o tema, “O Piauí no Bioma da Mata Atlântica”. A transmissão será ao vivo com participação de representantes do Ministério Público Estadual do Piauí, Rede Ambiental do Piauí – REAPI, Fundação Rio Parnaíba - FURPA e a Fundação SOS Mata Atlântica. 

A iniciativa é das ONGs estaduais juntamente com a Fundação SOS Mata atlântica que realização a I Semana da Mata Atlântica no Piauí, na Praça Pedro II, e tem a finalidade de esclarecer a população sobre a aplicação da Lei 11.428/2006, Lei da Mata Atlântica. Os ambientalistas também irão apontar os sérios danos causados ao bioma no Estado.

Participam do debate a Curadora de Meio Ambiente do Ministério Público do Piauí, Maria Carmem Almeida, Tânia Martins coordenadora da REAPI, Francisco Soares da FURPA e o diretor nacional da SOS Mata Atlântica, Mário Montovani.

Para assistir online as pessoas devem se cadastrar no site www.conexaosos.org.br, e os internautas ainda podem enviar suas perguntas ao vivo.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Confira a programação da I Semana da Mata Atlântica no Piauí

A partir desta quarta-feira, dia (26), Teresina vai se transformar em uma cidade totalmente ecológica com a I Semana da Mata Atlântica no Piauí e a chegada da caravana itinerante no caminhão da Fundação SOS Mata Atlântica, com a exposição “A Mata Atlântica é aqui ”,  no centro de Teresina, Praça Pedro II.

A caravana da SOS Mata Atlântica traz a “Exposição Itinerante do Cidadão Atuante”, e ficará estacionada durante cinco dias na Pedro II levando a população informações de renomados pesquisadores, ambientalistas e educadores sobre o bioma Mata Atlântica.

Estará à disponível aos visitante, jogos educativos, oficinas de desenhos, biblioteca para consultas, roda de sensações, cinema, exposição de produtos da Mata Atlântica, doação de mudas, exposição fotográfica, palestras, entre outras.

Na I Semana da Mata Atlântica no Piauí, será debatido a importância do bioma no Estado e sua relevância para o equilíbrio biológico das espécies e dos seres humanos.

No dia 27, (quinta-feira), será transmitido um debate virtual direto do Piauí para o mundo, no programa online “Conexão Mata Atlântica”, com o tema: O Piauí também tem Mata Atlântica, com a participação do ambientalista Mário Montovani, diretor da SOS Mata Atlântica, Ministério Público do Piauí, REAPI e FURPA. Participe e envie suas perguntas através do site www.conexaososma.org.br.

Confira a Programação

26 de janeiro (quarta-feira) – Praça Pedro II

Atividades abertas ao público durante todo o tempo - das 16h às 21h

16:00 – Solenidade de Abertura da I Semana da Mata Atlântica no Piauí e da Exposição Itinerante “A Mata Atlântica é Aqui”.
17:00 – Palestra: “O Domínio da Mata Atlântica no Brasil Segundo o Mapa de Vegetação da área de aplicação da lei 11.428 de 2006/IBGE – 2006”, com participação de Pedro Soares, Supervisor de Documentação do IBGE.
18:00 - Coleta de água do Rio Parnaíba e Poti para análise.
20:00 - CineMata: Exibição de vídeos e desenhos com temas socioambientais.

27 de janeiro (quinta-feira) – Praça Pedro II

Atividades abertas ao público durante todo o tempo - das 15h às 21h

14:00 – Debate virtual: O Piauí no Bioma da Mata Atlântica, com participação de representantes do Ministério Público Estadual do Piauí, REAPI, FURPA e SOS Mata Atlântica. Acompanhe e envie suas perguntas no site: www.conexaososma.org.br
15:00 – Jogos educativos: jogo da memória e jogo da cidadania.
17:00 – Palestra: “Aplicabilidade da Lei da Mata Atlântica (11.428/2006) e Resolução CONAMA no Piauí ”, Palestrante: Dra. Carmem Almeida - MPE.
19:00 – CineMata: Exibição de vídeos com temas socioambientais.

28 de janeiro (sexta-feira) – Praça Pedro II

11:00 - Chegada da Caminhada de Combate ao Trabalho Escravo no Piauí e da  Defesa da Mata Atlantica no Piauí

Atividades abertas ao público durante todo o tempo - das 15h às 21h

15:00 – Roda de conversa: “A Mata Atlântica é aqui em Teresina”, com participação de Mário Mantovani, Diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica.
16:00 – Palestra: “Código Florestal e sua Importância para a Proteção da Biodiversidade Brasileira”. Convidados:  OAB/Piauí, IBAMA, SEMAM, MPE e ONGs.
18:00 – Oficina de pintura: Máscaras de Animais da Mata Atlântica.

29 de janeiro (sábado) – Encontro dos Rios

10:00 - Manifesto em defesa do Cágado de Barbicha e combate ao tráfico das especíes da fauna da Mata Atlântica de Teresina.
10:30 – Palestra: “Atuação do Batalhão de Polícia Ambiental na Defesa e preservação do Meio Ambiente”, com participação do Tenente/Coronel Renato Alves.
11:00 – Palestra: “Serra Vermelha - A Mata Ameaçada”, - com participação do Biólogo Francisco Soares, da Furpa.

Praça Predro II

Atividades abertas ao público durante todo o tempo - das 15h às 21h

15:00 -  Oficina de desenho de animais da Mata Atlântica.

19:00 -  CineMata: Exibição de vídeos com temas socioambientais.

30 de janeiro (domingo) – Praça Pedro II

Atividades abertas ao público durante todo o tempo - das 12h às 18h

14:00 – Oficina: brinquedos feitos com garrafas PET.

17:00 - Jogos educativos: jogo da memória e jogo da cidadania.

18:00 – Encerramento das atividades.

Atividades que podem ser realizadas a qualquer momento: CineMata, Oficinas de desenhos, , Mini biblioteca para consultas, Roda das sensações, Jogo da cidadania, Jogo da memória, Maquete dinâmica, Pintura de máscaras de animais da Mata Atlântica e outros jogos educativos, Tenda do Piauí (Exposições de produtos alimentícios e ervas medicinais oriundos da Mata Atlântica do Piauí; doação de mudas da Mata Atlântica; Exposições fotográficas da Mata Atlântica no Piauí; Exposição de equipamentos das ações de convivência com a mata seca (cistenas, calçadão,bomba dá água) e Exposição do acervo e equipamentos do Batalhão da Polícia Ambiental).

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Caminhão itinerante da SOS Mata Atlântica chega ao Piauí

Com apenas um pouco mais de 10% do seu território coberto pelo bioma Mata Atlântica, o estado do Piauí recebe, pela primeira vez, o projeto “A Mata Atlântica é aqui – exposição itinerante do cidadão atuante” da Fundação SOS Mata Atlântica. a inciativa fará parte da I Semana da Mata Atlântica no Piauí e trás um caminhão totalmente adaptado pela ONG ficará estacionado na Praça Dom Pedro II, no centro da capital piauiense, Teresina, da próxima quarta-feira (26/01) até domingo (30/01). Nesse período serão desenvolvidas palestras, oficinas, exposições, jogos educativos, monitoramento de água, exibições de filmes e maquete, entre outras atividades. A iniciativa tem como objetivo levar um pouco mais de conhecimento sobre o bioma e como preservar o que resta dele.

O horário de funcionamento é 16h às 21h na quarta-feira, das 15h às 21h de quinta a sábado, e das 12h às 18h no domingo. A iniciativa tem o patrocínio de Bradesco Cartões, Natura e Volkswagen Caminhões & Ônibus e apoio local da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMAM, Grupo Matizes, ONG + Vida, Rede Ambiental do Piauí – REAPI e Fundação Rio Parnaíba – FURPA.

Qualquer pessoa pode participar das atividades, escolas e grupos interessados podem realizar visitas monitoradas ao projeto. Além disso, quem tiver interesse em se tornar um voluntário também pode participar. Em caso de dúvidas, agendamento de visitas monitoradas ou inscrição para participação voluntária, é preciso entrar em contato pelo email itinerante@sosma.org.br ou pelo telefone (11) 3055-7886. Mais informações pelo site www.sosma.org.br.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Rolling Stone traz matéria sobre devastação ambiental com Piauí em destaque

Publicação que circula em todo território nacional já está nas bancas

A edição brasileira da revista americana Rolling Stone, com sede em São Paulo e circulação nacional, traz em sua edição de janeiro um grande ensaio fotográfico sobre a destruição do meio ambiente no Brasil. Das 7 imagens utilizadas pela matéria, 4 delas foram feitas no Piauí.

Todas as fotos são de autoria do repórter André Pessoa e mostram a devastação da natureza em diversas regiões do Brasil, da Amazônia ao interior nordestino. A reportagem que é assinada pelo jornalista Maurício Monteiro Filho, traz o título: "Por Nossas Próprias Mãos", e mostra o vandalismo sofrido pela fauna e flora do país.

São imagens chocantes, publicadas em grande formato, de desmatamento, produção de carvão vegetal, queimadas, seca, transporte de madeira e outros crimes ambientais pelo Brasil afora.

Das 4 fotos que retratam o Piauí, duas delas foram feitas no Parque Nacional Serra da Capivara e mostram um gato-selvagem ameaçado de extinção e uma pintura pré-histórica que comprova o desaparecimento do veado-galheiro da caatinga.

As outras duas imagens mostram a catástrofe da falta d'água na zona rural do município de Guaribas, mesmo a cidade tendo sido escolhida como símbolo do programa Fome Zero, e as queimadas que se alastram pelo interior do Piauí sem o menor controle das autoridades ambientais.

"Nos últimos anos se tornou comum grandes veículos de comunicação do Brasil denunciarem o descaso com que o meio ambiente vem sendo gerenciado nos últimos 8 anos no Piauí", disse o ambientalista Francisco Soares, da Furpa. Apesar de tantas denúncias, ele explica que o secretário estadual de Meio Ambiente, Dalton Macambira, foi reconduzido ao cargo pelo atual governador Wilson Martins (PSB).

Somente nas últimas semanas a revista Época, os jornais Correio Braziliense e Folha do Meio Ambiente, ambos de Brasília, e o telejornal Jornal da Globo, da emissora carioca, dedicaram grandes espaços para escândalos ambientais que envolvem o secretário Macambira.

Por Nossas Próprias Mãos

Por Mauricio Monteiro Filho

O vandalismo sofrido pela fauna e flora brasileira não deixa dúvidas: a maior ameaça ao homem ainda é o próprio homem

Foto: André Pessoa
Por nossas próprias mãos
Carvão sujo: Na substituição mais estúpida de que se tem notícia, as matas do Cerrado dão espaço a carvoarias, como esta, em Marcelândia (MT). O carvão vegetal produzido, muitas vezes com uso de mão-de-obra escrava e desmatamento ilegal, é o ponto de partida da cadeia produtiva do aço, que vai desembocar na indústria automotiva.
 Total de fotos: 4


 Veja a Galeria Completa
Em 2002, a convenção mundial da ONU, ratificada por governos e lideranças de todo o planeta, estabeleceu o compromisso de reduzir a perda de biodiversidade até 2010. Estamos, portanto, no limite desse prazo, que foi declarado pela ONU como Ano Internacional da Biodiversidade. E a roleta russa que o progresso joga com o globo, depois de ter colcado em risco ou exterminado do mapa um número virtualmente incontável de espécies de plantas e animais, deixou uma só bala na agulha. Ela mira direto para a única dessas espécies dotada de telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor, ou seja, a única capaz de raciocinar: o homem. Segundo o professor Jean Paul Metzger, especialista em Ecologia de Paisagens do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, "a maior causa de extinção é a perda de habitat". E, em matéria de vandalizar a própria casa, nenhum animal irracional supera o ser humano. Expansão de monoculturas, consumo desenfreado, manipulação genética, poluição e desperdício de água, desmatamento e, o grande vilão do momento, o aquecimento global, encabeçam a lista de ameaças criadas pelo homem contra o homem. Qual será o Ano Internacional da Irracionalidade?

Você vê mais fotos na edição 52, janeiro/2011
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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Rede Globo denuncia desmatamento da mata atlântica no PI

É um absurdo o governador, Wilson Martins, continuar com a destruição da nossa biodiversidade, especialmente, na região da Serra Vermelha. Pior ainda é manter o atual secretário de meio ambiente, Dalton Macambira.



Veja a reportagem na íntegra exibida pela Rede Globo de Televisão.

De todos os biomas brasileiros a mata Atlântica é o mais ameaçado. Tem apenas cerca de 7% de sua cobertura original. O desmatamento é proibido, mas no Piauí as carvoarias desrespeitam a lei.

JOSÉ RAIMUNDO

O Jornal da Globo inicia hoje a exibição da primeira reportagem da nossa participação no Globo Natureza, série que nasceu do sucesso do Globo Amazônia. Mas nosso olhar sobre problemas ambientais vai agora além da Amazônia. A reportagem desta segunda-feira (10) trata da destruição da Mata Atlântica no Piauí, para a produção de carvão



O som da motosserra é o que mais se ouve nas matas do sul do Piauí. Não sabem nem poupar o pobre jumento do peso excessivo.

Nos fornos sofrem os trabalhadores. Proteção, só a do capacete. Nada para suportar a fumaça e a alta temperatura. “É quente demais! Não tem outro trabalho, tem que fazer o que tem", conta o carvoejador Gisley Omélio.

E vai tudo pro fogo. Até as espécies ameaçadas de extinção. A produção oficial chega a dez mil toneladas de carvão por mês.


Mas segundo os ambientalistas, a mesma quantidade é produzida pelos fornos clandestinos.

Morro Cabeça no Tempo é o nome do município que concentra a maior parte das carvoarias.

Tem menos de cinco mil habitantes, é o menor da região e um dos mais pobres do Nordeste.

"Se você tivesse vindo aqui nos anos 90, o clima era outro, bem mais agradável, bem mais fresco, dava pra viver muito bem. E hoje a gente percebe que é muito quente", observa a professora Luzia Luz Neto.

As consequências já são visíveis. A maior lagoa da região encolheu 30%. Rios estão secando, nascentes desapareceram. Uma área, por onde o vaqueiro Claudionor Ribeiro passava todos os dias, era um brejo que matava a sede da boiada e do vaqueiro. Ele conta até onde chegava a água antes da seca dos rios. “Às vezes na capa da cela e quando ficava mais rasa, nas patas do cavalo. E a gente, se precisasse, só fazia abaixar na cela e beber”.

Na região da Serra Vermelha, de grande importância ambiental, três biomas se encontram no mesmo lugar: caatinga, cerrado e mata Atlântica.
De todos os biomas brasileiros a mata Atlântica é o mais ameaçado. Tem apenas cerca de 7% de sua cobertura original. Por isso, qualquer desmatamento é proibido, nenhuma árvore pode ser derrubada. Mas no Piauí as carvoarias desrespeitam a lei e com a conivência de quem deveria proteger a floresta.

Elas têm licença de funcionamento dada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Mesmo as instaladas dentro da mata Atlântica.

Ao Ibama cabe fiscalizar. O único escritório do órgão no local tem dois fiscais e uma área do tamanho do estado de Sergipe pra dar conta.

"Tem muita produção ilegal e o Ibama não dá conta. Dois servidores não dá pra fazer. Muito do consumo das grandes siderúrgicas chega lá como legal, mas de produtores ilegais que não estão licenciados a fazer carvão e fazem carvão e vendem para terceiros", fala o analista ambiental do Ibama Hamilton Cavalcanti Júnior.

A produção do Piauí - a legal e a ilegal - carrega cerca de 15 caminhões por dia. O carvão viaja quase dois mil quilômetros praticamente sem barreiras nas estradas.

O polo siderúrgico de Sete Lagoas, em Minas Gerais é o destino de todo o carvão que sai do Piauí. Muitos dos fornos - que produzem ferro gusa - se alimentam da destruição das matas nativas.

Das 61 indústrias que funcionam na região, menos de dez consomem carvão de procedência legal. Uma delas começou há 15 anos a plantar sua própria floresta. Só em uma fazenda tem 21 mil hectares de eucalipto.

"O mundo hoje está exigindo receber ferro gusa verde, de floresta plantada, que tem certificação de floresta plantada, o mundo hoje está exigindo isso", explica o diretor de empresa Antônio Tarcísio Andrade.

Para o sindicato das indústrias, a saída é a nova lei florestal do estado de Minas que vai obrigar as empresas a consumir carvão vegetal apenas de floresta plantada.

A nova lei mineira estabelece um prazo: a partir de 2017, 95% do carvão consumido pelas indústrias de ferro gusa deverão ser de floresta plantada. Até lá ainda vamos ouvir muito barulho de motosserra nas matas nordestinas.

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Piauí não reconhece a área onde estão instaladas as carvoarias como mata Atlântica.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Em manifesto, entidades acusam Agespisa de negligência

Por mais de uma semana, a bomba da estação elevatória da Agespisa que impede o lançamento dos esgotos da zona leste diretamente no rio Poti esteve fora de funcionamento. Durante esse tempo, todo tipo de detritos foi despejado diretamente no rio, sem qualquer tratamento.

Como forma de protesto a esse descuido, ambientalistas, artistas e pessoas ligadas à proteção dos Direitos Humanos se reuniram na tarde desta quinta-feira (06) na Avenida Raul Lopes, na estação elevatória da Agespisa.

Participaram do encontro a Rede Ambiental do Piaui (Reapi), o Movimento Nacional de Direitos Humanos, a Associação das Prostitutas, a Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais (APIPA) e a Fundação Rio Parnaíba (Furpa). Com faixas, em que estava escrito “
Rio Poti, fim da vida” e “Diga não à morte do rio Poti”, os manifestantes procuravam chamar a atenção da população e do Poder Público para o problema da depredação do meio ambiente.
A coordenadora da Reapi Tânia Martins lembra que a Agespisa conta com mais 19 estações elevatórias desse tipo e diz que todas estão sucateadas. “Se a bomba quebrou, o correto é que houvesse bombas sobresselentes. Por que o rio tem que ser sempre penalizado? A manutenção dessas estações e das bombas deveria ser constante. O que não pode ocorrer é um descuido como esse”, disse a ambientalista.

A conselheira nacional do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Lurdinha Nunes, cobra uma atitude do Poder Público. “Esses dejetos lançados no rio Poti acabam contaminando também o rio Parnaíba. Isso vai parar, por exemplo, no Encontro dos Rios e no próprio Delta, que são dois importantes pontos turísticos do nosso Estado. Os prejuízos são enormes. O Ministério Público tem que ser notificado”, complementou.

Selando a manifestação, o artista Willyams Martins, seguindo a linha da Ecoarte, lançou sobre o rio Poti, debruçado na Ponte Juscelino Kubitschek, pigmentos orgânicos vermelhos, de urucum. “Essa é uma forma de chamar atenção para este problema grave do meio ambiente. É também um trabalho interativo com o espaço, que é o próprio rio, uma intervenção. Só que esta intervenção não agride o rio”, disse o artista.

A Agespisa esclareceu que o extravasamento dos dejetos da zona leste no rio se deu em caráter emergencial. Uma das bombas da estação elevatória Riverside foi substituída por outra, de maior potência. Para que houvesse a troca, foi preciso interromper o serviço de bombeamento dos esgotos para a estação de tratamento, havendo o despejo dos detritos nas águas do rio sem o devido tratamento. Mas a empresa defende que o rio tem vazão suficiente para fazer a diluição dos dejetos.

A Agespisa informou ainda que isso faz parte de um investimento maior. Além da substituição das bombas, geradores de energia elétrica serão instalados nas estações elevatórias para impedir a paralisação das bombas quando faltar energia.




Jornal O Dia
Autor: Juliana Dias