terça-feira, 31 de maio de 2011

Ambientalistas e a Igreja realizam evento em defesa do meio ambiente

Em comemoração ao Dia Internacional do Meio Ambiente, a Arquidiocese de Teresina em parceria com a Rede Ambiental do Piauí - REAPI, promove amanhã, às 17h, na Ponte Estaiada, a Celebração Pela Vida, um evento para refletir sobre as agressões ao meio ambiente que estão levando a destruição dos ecossistemas brasileiro e piauiense.

A celebração será comandada pelo Arcebispo Metropolitano de Teresina, Dom Sérgio da Rocha e contará com grande parte do clero piauiense.  De acordo com o Coordenador da Campanha da Fraternidade no Estado, Pe. Leonildo Campelo, além do momento religioso a  celebração  terá uma programação cultural com a apresentação do grupo Valor de PI, Balé da Cidade, Pe. Lauro, Grupo Abbah, Núcleo Terceira Idade do Mocambinho e a cantora lírica Leó. Haverá ainda plantio e distribuição de mudas.

Na oportunidade, a REAPI juntamente com a Arquidiocese estará coletando assinaturas objetivando a mobilização da sociedade para solicitar ao Governo do Piauí e ao Ministério do Meio Ambiente, a proteção e conservação das florestas ameaçadas pela indústria do carvão no Sul do Estado.

Consta ainda na programação, uma exposição fotográfica composta de 25 banners, assinadas pelos fotógrafos André Pessoa e Margareth Leite, sobre a biodiversidade singular existente no Piauí. 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

REAPI divulga em São Paulo imagens da devastação no Piauí

Foto: Margareth Leite

 Uma exposição fotográfica revelando a destruição dos ecossistemas piauiense causou indignação nas mais de 30 mil pessoas que visitaram o estande do Piauí, no Parque Ibirapuera em São Paulo, dentro da programação do “Viva Mata”, evento da ONG SOS Mata Atlântica, que aconteceu nos dias 20, 21 e 22 passados reunindo mais de 90 visitantes.

Além da exposição à REAPI coletou milhares de assinaturas contra a instalação de carvoarias no Sul do Estado instaladas com a autorização da Secretaria Estadual do Meio Ambiente-SEMAR. As assinaturas serão entregues a Ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira e ao Governador Wilson Martins, pedindo a paralisação do desmatamento e o respeito à Lei 11.428, conhecida como a Lei da Mata Atlântica.

Ainda no Viva a Mata a coordenadora geral da REAPI, Tânia Martins, proferiu uma palestra sobre a rota da destruição da natureza no estado e exibiu uma reportagem sobre a produção irregular de carvão que foi ao ar dia 15 último pela Globo News que denuncia o crime que vem ocorrendo Sul do Piauí onde, diariamente saem 20 toneladas de carvão com e sem autorização ambiental para alimentar os fornos das siderúrgicas de Minas Gerais.

Foto: Margareth Leite
Segundo a coordenadora da Reapi, centenas de ONGs de todo o país se colocaram a disposição para formar uma frente de resistência a fim mudar o quadro atual e, se possível, enfrentar governo e empresários in loco. “O que mais impressionou os ambientalistas no evento foi ver a quantidade de carvão vegetal produzido a partir da mata nativa, colocando em risco milhares de espécies ainda desconhecida e, principalmente, se preocuparam com a questão do clima, por está o Piauí no semi-árido, conseqüentemente, na rota do aquecimento global e mais propicio a desertificação”, informou. 

Pessoas como o ex-deputado federal Fábio Feldman criador da Lei da Mata Atlântica, Marina Silva, Paulo Nogueira Neto, primeiro ministro do Meio Ambiente, Roberto Klabin, presidente do Conselho da SOS Mata Atlântica e toda a diretoria da ONG foi solidária a REAPI e se colocaram a disposição para colaborar e a fim de por fim aos desmandos patrocinado pelo o Governo do Piauí.

Foto: Margareth Leite
A mobilização segue com a campanha da coleta de assinaturas que será feita pelo Avaaz, uma rede de campanha global de assinaturas com mais de oito milhões adeptos em todo mundo.

Dia de Mobilização

No próximo dia 1° em parceria com a coordenação da Campanha da Fraternidade, da Igreja Católica, a REAPI estará realizando uma mobilização para coleta de assinaturas e uma Celebração Pela Vida que ocorrerá na área urbanizada da Ponte Estaíada na Avenida Raul Lopes.

Na oportunidade vários artistas como o Valor de PI, Orquestra Sinfônica de Teresina, Balé da Cidade, Coral Infantil, entre outros, farão participação especial. Haverá ainda plantio de mudas por crianças e distribuição para o público presente.

terça-feira, 17 de maio de 2011

#SOSUESPI: Ritmo da CRISE



Wilson ficou fraco
UESPI jogou criptonita
Antonio José e Welligton
Roubaram a educação do Átila Lira!

UESPI injustiçada toda arrasada
Agora só tem uma saída

Foge, foge Átila Lira... Foge, Foge com o Wilson Martins! (4x)

Você é estraga a minha UESPI e eu
Sou estudanteman
No descaso aqui do leva eu
Quero estudar meu bem! (2x)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Globo News Especial destaca produção irregular de carvão no Piauí

Devido à produção sem controle das carvoarias clandestinas, o meio ambiente acabou sofrendo as consequências. Com isso, houve a seca de nascentes e a diminuição de grandes lagoas naturais.

http://g1.globo.com/videos/globo-news/globo-news-especial/v/producao-irregular-de-carvao-prejudica-o-meio-ambiente/1510055/


Arquidiocese de Teresina e REAPI lançam campanha em defesa das florestas

A Campanha da Fraternidade de 2011 é voltada para o meio ambiente e tem como tema “Fraternidade e a Vida no Planeta, e a Arquidiocese de Teresina com o apoio da Rede Ambiental do Piauí – REAPI, realizam a Celebração pela Vida no Planeta, no próximo dia 01 de junho, no Complexo Ponte Estaiada, ás 17h, e lançam abaixo- assinado em defesa das florestas do Piauí.

Com o lema “A Criação Geme Com Dores de Parto” o tema ambiental da Campanha de 2011 toma de conta dos religiosos. A Igreja irá distribuir em todas as suas paróquias um abaixo-assinado pedindo que seja a cumprida a Lei 11.428, que protege florestas existentes no Piauí relacionadas ao Bioma da Mata Atlântica.

A mobilização é fruto de uma ação coletiva que visa a preservação do meio ambiente para as gerações futuras. A atividade, motivada pela fé, desperta uma consciência ecológica na população. A celebração será realizada pelo bispo, Dom Sérgio, e é aberta para toda a população teresinense.

Confira o abaixo-assinado:



sábado, 14 de maio de 2011

Conheça um pica-pau que sumiu por 80 anos e está ameaçado de extinção


  • O pica-pau-do-parnaíba foi descoberto em 1926, na região do rio Parnaíba, e ficou 80 anos sem ser visto
    O pica-pau-do-parnaíba foi descoberto em 1926, na região do rio Parnaíba, e ficou 80 anos sem ser visto
Aquele pica-pau da TV, azul e com topete vermelho, certamente você conhece. Mas já ouviu falar do pica-pau-do-parnaíba? Ele não é tão conhecido, mas está bastante ameaçado. Para você ter uma ideia, os pesquisadores ficaram 80 anos sem ver nenhum animal desta espécie.
Com o nome científico de Celeus obrieni, a ave foi descoberta em 1926, em Uruçuí, no sul do Piauí, na região do rio Parnaíba. Ela não foi mais vista depois deste primeiro registro e até chegaram a pensar que estaria extinta. Até que um grupo de pesquisadores “redescobriu” o animal em 2006, em Goiatins, nordeste do estado do Tocantins.
Nativa do Cerrado, a espécie ainda foi encontrada nos estados de Goiás, Mato Grosso e Maranhão. Desde 2007, uma equipe de pesquisadores desenvolve um estudo sobre o pica-pau-do-parnaíba para descobrir seus hábitos e preferências, além de visitar as áreas onde o animal foi visto. Tudo isso é para conhecer melhor a ave e saber como protegê-la, já que ela está muito ameaçada de extinção.
  • Renato Pinheiro/Divulgação
    A ave já foi vista no Piauí, Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Maranhão
  • Foto: Gabriel Leite/Divulgação
    Ela come formigas que vivem dentro de uma espécie de bambu do Cerrado
A pesquisa é realizada pela Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins, com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Renato Torres Pinheiro, responsável técnico pelo projeto, diz que ainda não é possível determinar o tamanho real da população do pica-pau-do-parnaíba no Brasil, mas sabe-se que é pequena.
“Estima-se que haja entre três e seis mil indivíduos da espécie, sendo que as maiores populações estão no estado do Tocantins, onde ainda se encontram as maiores extensões de Cerrado preservado”, explica Pinheiro.
O pica-pau-do-parnaíba alimenta-se quase que exclusivamente de formigas que vivem dentro das hastes da Guadua paniculata, uma espécie de bambu característica do Cerrado. “Apesar de ingerir mais de 20 espécies de formigas diferentes, ele seleciona apenas duas, que compõem 80% de sua dieta”, conta Pinheiro.
O pesquisador também diz que o fato do animal comer um tipo específico de alimento o coloca em risco ainda maior de extinção. “Em Goiás, por exemplo, a situação da espécie é bastante crítica, uma vez que mais de 65% da cobertura vegetal de Cerrado foi destruída no estado”.
A própria espécie contribui com a conservação do meio ambiente. Como a ave se alimenta exclusivamente de formigas, os cientistas acreditam que ela tem uma relação ecológica importante com este grupo, seja alimentando-se e controlando algumas espécies, seja furando as hastes de bambu e permitindo que outras espécies façam uso deste recurso.
No início do ano, a equipe do projeto viu o animal, pela primeira vez, em uma área protegida. A ave foi identificada em uma reserva particular do município de Minaçu, na região norte de Goiás. Em janeiro, os pesquisadores também iniciaram a procura de indivíduos da espécie para captura e marcação com radiotransmissores. Está prevista a marcação de cinco aves, para a identificação de hábitos de vida que ainda não foram registrados.
 Fonte: UOL

Tartaruga gigante é encontrada por pesquisadores no litoral do Piauí

Por volta das 4h da madrugada desta sexta-feira (13/05), uma tartaruga gigante foi flagrada em processo de desova na praia da Pedra do Sal, em frente a área de praia da Usina Eólica, em Parnaíba, litoral do Piauí. Segundo os biólogos do Projeto Tartarugas do Delta, o animal não possuía nenhuma marcação em anilhas, isso significa que ainda não foi monitorada por nenhum trabalho voltado para esta espécie. A tartaruga mede 1,60m de comprimento e 2,40m de largura.
"Essa espécie pode atingir até 2 metros de comprimento e pesar de 500 a 900 kg", revela a coordenadora técnica do projeto Werlanne Santana. O biólogo Mário Neto ressalta que o Projeto Tartarugas do Delta monitora desde 2007 o período reprodutivo de tartarugas marinhas nesta área, entre os meses de dezembro a julho.
Informações sobre a desova de tartaruga de couro:Dentre todas as espécies de tartaruga marinha, a tartaruga gigante-de-couro (Dermochelys coriacea) apresenta grande distribuição geográfica, porém as suas desovas são restritas às áreas tropicais e subtropicais. No Brasil, o Estado do Espírito Santo é o único local em que ocorrem desovas anuais regulares, sendo observadas desovas aleatórias em outros trechos do litoral brasileiro. 
Entretanto, ao longo do trabalho, realizado pelo Projeto Tartarugas do Delta, pertecente a ONG - Comissão Ilha Ativa que tem patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental, a partir de 2007, confirma-se a presença da tartaruga de couro em todas as temporadas reprodutivas, sendo esta, a espécie mais ameaçada de extinção no Brasil.

Fonte: ProParnaíba

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Pesquisadores afirmam que o Piauí não está no caminho do desenvolvimento

Reportagem Especial para o Blog Meio Ambiente do Piauí
Por Katya D’Angelles

Professores da UFPI Bartira Araújo
e Antônio Cardoso Façanha
Especialistas em desenvolvimento e meio Ambiente da Universidade Federal do Piauí revelam em entrevista que o Estado não está acompanhando a tendência mundial de desenvolvimento territorial, industrialização, preservação ambiental, desenvolvimento urbano e sustentabilidade. Para o professor doutor Antonio Cardoso Façanha, coordenador do Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal do Piauí, o Estado não usa ao seu favor o fato de ser um dos últimos no processo de industrialização do Brasil, no qual poderia aprender com os erros cometidos dos demais estados. Para a professora Bartira Araújo, Mestre em Desenvolvimento em Meio Ambiente, empresas instaladas no Piauí ainda usam a preocupação de gestão ambiental apenas como ferramenta de marketing e promoção. Os dois afirmam que o Piauí ainda padece de uma política ambiental coordenada, na qual governos municipais e do Estado, trabalhem a prevenção de problemas que vão desde políticas que garantam industrialização acompanhada do desenvolvimento sustentável até a fiscalização do lixo hospitalar nas cidades de maior porte. “Ressalto que nós já temos há muito tempo este discurso de que com a chegada da indústria no município e no Estado, elas trazem automaticamente o desenvolvimento. Este é um discurso muito forte. E um discurso onde se confunde a palavra crescimento com desenvolvimento”, afirma Façanha.

Katya D’Angelles - O fato do Piauí, no que diz respeito a desenvolvimento, estar atrasado em algumas áreas pode ser revertido de forma positiva, vendo no que os outros estados erraram e tentando não repetir os erros. Isso se verifica no binômio industrialização e meio ambiente?
Bartira Araújo - Isso não ocorre no Piauí. Às vezes não se comete os mesmos erros como se comete erros mais graves do que os que já ocorreram em outros estados. Em relação a questão ambiental no Piauí, as empresas não costumam divulgar muito as suas ações de gestão e preservação ambiental, por isso não temos como medir isso. Uma das empresas que acompanhamos em Teresina é a Ambev. Estivemos lá e verificamos que lá as coisas estão bem encaminhadas. Eles têm projetos de reutilização e uso de combustíveis alternativos e energia limpa, mas no Piauí a maioria das empresas ainda utilizam a questão ambiental apenas como estratégia de Marketing. Outras empresas de grande porte na capital, por exemplo, tem um processo produtivo muito fechado e de difícil acesso para pesquisadores.

K.D  – Isso pode representar um problema para a política de planejamento ambiental do Estado?
Antonio Façanha - Essa é uma prática que não se admite mais no contexto atual. Enquanto nós estamos no mundo e no Brasil construindo praticas sólidas de preservação ambiental, valorizando uma industrialização de escala menor, de uma chamada economia solidária. Temos produtores avançando em práticas de produção e sustentabilidade, no Piauí o caso dos apicultores e das associações de quebradeiras coco são exemplos disso, mas por outro lado vemos também que ainda existem empresas de médio e grande porte que não adotam estas práticas de preocupação com a gestão ambiental e da região onde estão envolvidas.

K.D  - As atuais perspectivas de industrialização no Piauí são encaradas como sinônimo de desenvolvimento?
A.F - Ressalto que nós já temos há muito tempo este discurso de que com a chegada da indústria no município e no Estado, elas trazem automaticamente o desenvolvimento. Este é um discurso muito forte. E um discurso onde se confunde a palavra crescimento com desenvolvimento. O crescimento é aumento do poder de fogo da economia local, em que ela vai ter grande capacidade, mas a grande questão é: a chegada destas indústrias se traduz realmente em um conjunto de melhorias para a sociedade? Isto é que é desenvolvimento, tem que saber se não traz somente o desenvolvimento econômico. Você pode ter uma indústria de grande porte, que gera 120 empregos e que tem condições de trabalhar com apenas 20 funcionários porque é toda automatizada. Uma empresa de grande volume de dinheiro que consegue trabalhar com poucos funcionários. O desenvolvimento é quando esse processo de industrialização trás um conjunto de melhorias para a sociedade.

K.D  – Isso ocorre no Piauí?
A.F - Se você for verificar em alguns municípios do Piauí você vai encontrar PIB dos municípios em que há populações extramente pobres, como o caso de Uruçuí, onde está a Bunge, e os municípios de Fronteiras e Capitão Gervásio, onde está a fábrica de cimento Nassau. São cidades com PIB percapita por habitante maior que chegam a ser maiores que média de grandes cidades do Brasil, mas que não possuem desenvolvimento. Por conta da presença de uma unidade fabril que tem grande rendimento, quando é dividido pelo número de habitantes tem-se esta discrepância de realidade. E a gente vê que o processo de industrialização está mudando para o interior, as empresas não procuram mais as capitais ou regiões de grande porte, procuram as cidades do interior.

K.D  – Se na capital o acompanhamento e fiscalização da política de gestão ambiental é difícil como fica a situação no interior?
B.A – Tudo deve começar a partir da elaboração dos planos diretores destes municípios. A partir do momento em que ele é estruturado fica mais fácil até mesmo para a própria sociedade passar a cobrar e a fiscalizar. Não adiante se exigir apenas dos órgãos públicos, tem que ser uma associação. Tem que se exigir das empresas, dos estados e a da própria sociedade. O plano diretor ele permite isso, a idéia de se construir um plano diretor é de se ouvir todos os agentes, e a partir disso, se exige um conjunto de metas que tem obrigações para todos. Antes a exigência do plano diretor era para cidades com mais de 20 mil habitantes, mas hoje não, ele deve ser feito por cidades de menor porte.

K.D   - Que tipo de conseqüências ilustram essa ausência?
A.F – É bom salientar que quando uma empresa chega em uma cidade pequena ela não tem um direcionamento porque não há um plano diretor. Então o que se vai fazer com os resíduos? Os municípios não possuem nenhuma direção de gestão ambiental. É bom lembrar que com este processo se gera uma demanda de serviços, um exemplo é a questão da saúde, são instaladas clínicas onde e os resíduos destas clínicas são jogados na natureza. O problema de lixo hospitalar no interior do Piauí é muito sério. Em municípios como Paranaíba, Picos, Floriano e São Raimundo Nonato têm sérios problemas, pois apresentam maior crescimento. E um plano diretor com o capítulo meio ambiente pode evitar tudo isso. A questão deve ser aliar o plano diretor dos municípios a uma política estadual.

K.D  – Hoje, quais são as atividades que mais agridem o meio ambiente no Piauí?
B.A – Uma setor que tem se destacado muito é o setor da construção civil, principalmente na capital. Tanto no que diz respeito a obras públicas como obras da iniciativa privada. A construção civil causa danos grandiosos que não são percebidos em curto prazo. Um exemplo é o caso da extração de materiais que temos em Teresina. Estamos vivenciando os resultados de uma exploração sem fiscalização que prejudicou os rios Parnaíba e Poty. A extração de areia durante muitos anos não foi alvo de nenhuma regulamentação, foi somente a partir da ação do Ministério Público e da pressão da sociedade, há bem pouco tempo, que a extração de areia no rio foi regulamentada.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Lindo vídeo sobre o ano Internacional das Florestas - 2011


Florestas e Homens from GoodPlanet on Vimeo.

Em Junho: Congresso Regional de Unidades de Conservação do Delta do Parnaíba

O Congresso Regional de Unidades de Conservação do Delta do Parnaíba espera receber mais de 500 participantes, entre técnicos, cientistas e estudantes ligados a órgãos governamentais, instituições sem fins lucrativos, centros de estudos, universidades e empresas. Serão plantadas mudas de árvores durante o evento.

De 01 a 03 de junho, será realizado o Congresso Regional de Unidades de Conservação do Delta do Parnaíba - CORUC e Encontro Municipal de Turismo e Meio Ambiente de Parnaíba.

O evento, tem como tema “ A Conservação da Água em Ambientes Naturais”. A organização é da UFPI – Campus Ministro Reis Veloso, Curso de Turismo tendo ampla programação de conferências, palestras e eventos paralelos organizados pelas instituições participantes, o evento reunirá congressistas e paestrantes da região da APA do Delta e outros estados brasileiros para trocar experiências e práticas sobre a criação, gestão e implementação das unidades de conservação.

O Congresso Regional de Unidades de Conservação do Delta do Parnaíba é destinado a profissionais e a demais interessados em conservação da biodiversidade, como um fórum de discussão, aperfeiçoamento e inovação neste tema, que é tratado a partir das áreas protegidas e vai além delas. Criando esta oportunidade de contato e troca de informação entre diferentes experiências e países, viabilizamos soluções práticas para o dilema da sustentabilidade da vida em nosso planeta.

São esperados mais de 500 participantes, entre técnicos, cientistas e estudantes ligados a órgãos governamentais, instituições sem fins lucrativos, centros de estudos, universidades e empresas.

Paralelamente ao Congresso acontecerá o Encontro municipal de Turismo e Meio Ambiente onde organizações governamentais e não-governamentais, empresas, universidades, entre outras instituições, poderão apresentar e disseminar suas ações voltadas à conservação da água e tratamento de resíduos sólidos.

Novidades

Serão plantadas mudas de árvores durante o evento
A Comissão organização anunciou que durante o evento serão plantadas mudas de arvores no Campus Ministro Reis Veloso, um dos locais que sediarão o CORUC, como forma de minimizar a emissão de carbono.

São esperadas mais de 500 participantes no Coruc
São esperados proficionais que trabalham nas unidades de conservação da Cachoeira do Urubu, APA da Ibiapaba, Parque Nacional de Sete Cidades, Parque Nacional de Ubajará, Parque Nacional de Iguaçu, Parque Nacional de Jeriquaquara, Lençois Maranheses entre outras Unidades de Conservação.

Para inscrições e maiores informações clique AQUI

Ascom

terça-feira, 10 de maio de 2011

Manifesto em defesa dos Cágados de Barbicha

PROGRAMAÇÃO
10:00h às 10:30h - Panfletagem
10:30h - Apresentação artística e musical

PS: Leve 1 kg de ração para cão ou gato para doar aos animais da APIPA (Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais).

Realização: Jacqueline Lustos

Encontro dos Rios
Av. Boa Esperança - Norte
Teresina, Brazil

Carlos Drummond e as absurdas alterações no Código Florestal

O que diria Drummond, ou melhor, já disse, sobre a absurda alteração do Código Florestal:
Sem o lirismo das orquídeas,
Sem o charme decorativo das samambaias,
Nua de liquens e bromélias do litoral,
A mata da Caratinga, protegida dos ventos,
Espera de nós
A proteção maior contra o machado,
A serra mecânica, o fogo.
De cada cem árvores antigas
Restam cinco testemunhas acusando
O inflexível carrasco secular.
Restam cinco, não mais. Resta o fantasma
Da orgulhosa floresta primitiva.
Na mata de caratinga,
Tem paca, tem capivara,
Tem anta e mais jacutinga,
Tem silêncio tem arara,
E nas ramarias densas
De suas copas imensas,
Paira um segredo mineiro
Que dura um século inteiro...
Uma espuma de azul bóia nas névoas da altura,
Um resto de sonho perdura na resina dos caules.
Manhã-quase-manhã, a terra acorda
Do seu sono de perfumes e lianas.
No esforço de fugir à mata obscura,
Bromélias em família buscam luz
E em suas folhas uma gota d'água,
Puro diamante líquido, reluz.
Do japuaçu
No alto da embaúba
Me deixa intrigado.
Ele ri de Quê?
Da mão que derruba
Seu ninho cuidado?
Vou adivinhar:
Se a ave ri, coitada.
É que, por destino,
Não sabe chorar.
A água serpeia entre musgos seculares
Leva um recado de existência a homens surdos
E vai passando, vai dizendo
Que esta mata em redor é nossa companheira,
É pedaço de nós florescendo no chão.
Que rumor é esse na mata?
Por que se alarma a natureza?
Ai...é a moto-serra que mata,
Cortante, oxigênio e beleza.
Não, não haverá para os ecossistemas aniquilados
Dia seguinte.
O ranúnculo da esperança não brota
No dia seguinte.
O vazio da noite, o vazio de tudo
Será o dia seguinte.
Carlos Drummond de Andrade.
Blog Luis Nssif

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Problemas socioambientais urbanos

*Marcio Alves Carneiro, Marinaldo de Jesus Souza e Wagner Silva Mendes
Com o crescimento e ocupação urbana de forma desordenada, não levando em consideração fatores relacionado a capacidade de uso do solo urbano ou seguimentos previsto em lei para ocupação e construção, desencadeia uma serie de problemas sendo os mais graves; Inundação e impactos Ambientais.
Segundo Amorim (2000), os processos de ocupação e expansão do meio urbano é um sério problema da humanidade, principalmente quando ocorre de forma desordenada, utilizando os recursos naturais sem um devido planejamento.
O planejamento é uma das formas mais eficiente para reduzir os impactos ambientais causado pelo homem, sabendo que qualquer ambiente modificado promove desequilíbrio. Estudos sistemáticos no planejamento contribuem para reduzir os impactos negativos com o crescimento urbano. Guerra (2004) faz uma colocação plausível relatando que, “a tendência atual do limitado planejamento urbano integrado, está levando às cidades a um caos ambiental, com custo extremamente alto para toda a sociedade”.
Área a ser dematada no centro de Teresina para construção de um shoping

Nas grandes cidades brasileiras podemos observar que o crescimento desordenado sem planejamento vem proporcionando uma sequência de inundações e problemas ambientais e de saúde publica com o destino final do lixo, que causa sérios danos ao meio ambiente com o aumento da poluição do solo, das águas (subterrânea e de superfície) e do ar, levando a um contínuo e acelerado processo de deterioração do ambiente, com uma série de implicações na qualidade de vida dos habitantes e nos seus bens naturais.
No planejamento urbano têm que levar em consideração os fatores ambientais, estudos detalhados da região caracterizando bacias hidrográficas, capacidade de uso do solo urbano, permeabilidade do solo, geologia do local, existência de mananciais, cursos de rios ou córregos e demais fatores.
No processo de planejamento urbano, questões ambientais são importantes, pois é possível prever usos e impactos e fazer um zoneamento da região de forma que cada atividade interfira o mínimo possível nas atividades vizinhas e no meio ambiente.
Levar as condições ambientais em consideração ajuda na preservação dos recursos naturais e dá capacidade do ambiente se recuperar dos danos causados pela urbanização, além de proporcionar um bem-estar maior à população. Mas para isso falta uma harmonização na Constituição Brasileira entre o Plano Diretor e o RIMA (Relatório de Impacto Do Meio Ambiente), para que não ocorram barreiras para a execução dos objetivos propostos nos Planos Diretores.    

quinta-feira, 5 de maio de 2011

'Vote Pelas Florestas': Assine a Petição pelo Novo Código Florestal

Foto: André pessoa
A proposta do novo Código Florestal Brasileiro será votada na Câmara dos Deputados em breve! Deputados ruralistas estão investindo fortemente em uma campanha absurda para remover proteções ambientais e anistiar desmatadores. 

Se eles conseguirem, vastas áreas de vegetação nativa ficarão expostas  ao desmatamento. Especialistas concordam que as alterações propostas pelos ruralistas para o Código Florestal podem levar a terríveis consequências como agravamento de enchentes e deslizamentos, assoreamento de rios e perdas para a própria produção agrícola. Mas os ruralistas não escutam e querem aprovar a proposta agora! 

Assine a petição pedindo para os nossos deputados defenderem as florestas!  

Clique aqui para assinar a petição e ajudar a salvar o futuro.

Acompanhe pelo Twitter através da hashtag #votepelasflorestas.

Fonte: http://45graus.com.b

Debate na UFPI sobre o RIMA da unidade fabril da Suzano Papel

O debate acontece hoje às 14:30, no Núcleo de Referência em Ciências Ambientais do Trópico Ecotonal do Nordeste - TROPEN, e será apresentado pelo gerente de Meio Ambiente e Qualidade da Suzano, Eraldo Cordeiro, que fará uma apresentação institucional da empresa e pelo coordenador do EIA/RIMA e funcionário da Poyry, Kleib Fadel, responsável pela apresentação técnica. A Poyary foi a empresa que realizou o estudo ambiental da instalação da fábrica no Piauí.

Piauí terá que respeitar a Lei da Mata Atlântica a força

Foto: Dionísio Neto / Ipê Amarelo dentro do Parque da Cidade
Por Tânia Martins

O Ministério Público Estadual, através da Curadoria do Meio Ambiente vai pedir uma intervenção federal no Piauí, para obrigar a Secretaria Estadual do Meio Ambiente-SEMAR, a cumprir a lei 11.428, conhecida como a Lei da Mata Atlântica, que protege formações vegetais que ocorrem no Piauí e que são ignoradas pela Semar, que continua licenciando empreendimentos voltados para o agronegócio nestas áreas.

A informação foi repassada pela promotora Carmen Almeida ontem, durante a Audiência Pública no Plenarinho da Assembléia Legislativa, para debater o caso. Já a deputada Margarete Coelho, que propôs o debate, informou que a Comissão de Meio Ambiente da Assembléia vai solicitar da Semar cópias de todas as licenças ambientais expedidas pelo órgão nos 46 municípios onde existe a predominância da mata atlântica, desde que a lei entrou em vigência, em 2006, para em seguida adotar medidas juridicas.

 A deputada disse ainda que também vai encaminhar ofício a Procuradoria Geral do Estado, solicitando informações oficiais sobre o desrespeito a lei. “Assim, ficaremos sabendo qual é a opinião do governador sobre o assunto”, disse. Em seu discurso, Margarete  não poupou criticas a Semar e ao Instituto Chico Mendes no Piauí-ICMBio, que além de não cumprirem a determinação ainda querem retirar o Piauí do mapa da Mata Atlântica.

Essas iniciativas só foram tomadas pelo fato do secretário do Meio Ambiente, Dalton Macambira, discursar contra a aplicabilidade da lei, afirmando que a mesma impede o desenvolvimento econômico já que, segundo ele, gera uma insegurança jurídica e empresas do agronegócio deixam de investir no Estado. Ele disse ainda que já solicitou ao IBGE a retirada do Piauí do mapa.
A representante do Ministério do Meio ambiente, Tatiana Rehder, enfatizou que foram quatorze anos de estudos para se editar a lei da Mata Atlântica e que o único estado brasileiro a questioná-lo foi o Piauí, fato que o MMA ver com preocupação. Já o representante do IBGE, Pedro Soares, foi mais além e disse que quando o IBGE constrói um mapa ele o faz baseado em estudos científicos minuciosos e que mudar a lei depois que ela está editada requer muito trabalho.

Francisco soares, da Fundação Rio Parnaiba-Furpa, colocou que a Semar faz a confusão somente para proteger grandes fazendeiros do agronegócio e carvoeiros que estão dizimando a mata no Sul do Estado. Ele citou o caso da JB Carbon que foi protegida pelo secretário Dalton Macambira e o ex-governador Wellington Dias que, mesmo estando produzindo carvão vegetal na área de maior biodiversidade na Serra Vermelha, ainda teve seu projeto protegido. 

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Jacaré fica desorientado após construção do Hipermercado Atacadão

Foto: Douglas Ferreira Atacadão ao fundo.

A construção do Hipermercado Atacadão tem provocado desequilíbrios ambientais na região da Primavera, próximo ao Rio Poti. O fato foi registrado na segunda-feira (02) pelo jornalista Douglas Ferreira.

Segundo ele informou o animal estava meio desorientado e se dirigia para o Atacadão, creio que não era para fazer compras, pois lá existia uma lagoa e uma nascente.

Segundo Douglas o animal parecia de barriga cheia, talvez estivesse querendo por ovos.


Foto: Douglas Ferreira Muro do Atacadão

Jornalista André Trigueiro, da Rede Globo fará palestra em Teresina

O jornalista da Rede Globo André Trigueiro é um dos palestrantes do 6º Congresso Espírita do Piauí que acontecerá nos dias 1, 2 e 3 de julho, no Atlantic City. As inscrições estão abertas na Federação Espírita Piauiense. Informações através do telefone (86) 3221-2500.



Sobre André Trigueiro


É jornalista com Pós-graduação em Gestão Ambiental pela COPPE/UFRJ, Professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC/RJ.  É Editor-chefe do programa semanal "Cidades e Soluções", exibido na Globo News desde outubro/2006. É comentarista da Rádio CBN (860 Kwz) onde apresenta aos sábados e domingos o quadro "Mundo Sustentável.


Fonte:180graus

Veja a lista dos deputados do Piauí favoráveis a destruição das florestas

Uma vergonha para o Estado do Piauí ver seus deputados federais votando nesta última terça-feira (04), na lista de votação de urgência do Código Florestal, com isso eles são favoráveis a diminuição de nossas florestas, pois eles mostram que são políticos voltados para a bancada ruralista e do carvão . Alguns destes deputados foram financiados por empresas potencialmente poluidoras. 

Veja a lista de quem votou a favor das alterações:

Júlio Cesar - DEM
Osmar Júnior - PCdoB
Marcelo Castro  - PMDB
Marllos Sampaio - PMDB 
Iracema Portella - PP
Jesus Rodrigues - PT
Nazareno Fonteles - PT

Os deputados Assis Carvalho – PT, Hugo Napoleão – DEM e Paes Landim – PP parece que não compareceram a votação.

Clique aqui para fazer o download do "Quadro comparativo das propostas em jogo" (documento PDF).

Com expressões de desagrado, como se tivesse sido forçado a ceder e acatar propostas do governo e dos ambientalistas, da agricultura familiar e de outros segmentos da sociedade, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB) apresentou na segunda-feira (2/5) à imprensa o novo texto do relatório que propõe mudanças no Código Florestal. Até os repórteres observaram que ele aparentava estar contrariado por ter feito concessões, com o que ele concordou. Mas não foi isso que aconteceu. Ele não havia cedido. Ontem, as lideranças aprovaram  o regime de urgência para votação.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Área da aplicação da Lei da Mata Atlântica é respeitada em Teresina

Por Tânia Martins

A Mata Atlântica identificada em Teresina ganha à proteção da Prefeitura. Pelo menos foi o que prometeu o prefeito da cidade, Hemano Ferrer em audiência com a Curadora do Meio Ambiente da capital, Carmen Almeida.
Segundo Carmen, a partir de agora todo e qualquer grande empreendimento que for se instalar em Teresina vai ter que cumprir a legislação municipal e respeitar a Lei 11.428 que protege uma vegetação associada ao bioma da Mata Atlântica encontrada no Piauí, motivo de polêmica e desrespeito por parte de alguns gestores.
Fragmento Florestal localizado na área do Meduna.
Como exemplo ela citou que, caso a vegetação de uma área disponibilizada para fixar um empreendimento na capital tenha uma vegetação primária, em hipóteses alguma poderá ser suprimida, caso a vegetação seja secundária será liberada 50 por cento ou 30 por cento, a depender do levantamento fitosociológico que passa a ser obrigatório.
Para a Curadora, ao garantir o cumprimento da legislação o município avança em dois sentidos: respeito à lei e ao meio ambiente. Segundo ela, tanto o prefeito como o secretário de Meio Ambiente, Deocleciano Guedes, em nenhum momento questionaram a possibilidade de contrariar a lei 11.428 como faz o governo do Estado.
Audiência Pública
Nesta quarta-feira, às 9h no Plenarinho da Assembléia Legislativa, a deputada Margarete Coelho (PP) preside uma audiência pública para debater a aplicabilidade da lei 11.428, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do bioma mata atlântica e vegetação associada como as florestas Estacional Decidual e Semidecidual encontradas no Piauí.
Para o debate estarão presentes representantes do Ministério do Meio Ambiente, IBGE, SEMAR, Ministérios Público Estadual e Federal, Universidade Federal do Piauí, ONGs ligadas ao Meio Ambiente e movimentos sociais.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A FURPA DEFENDE O ADIAMENTO DA VOTAÇÃO DO CÓDIGO FLORESTAL

Senhor Presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia, com eminentes riscos da votação do relatório do deputado Aldo Rebelo, que propõe mudanças profundas no Código Florestal Brasileiro, (Lei 4.771/65) previstas para o dia 03 ou 04 de maio de 2011. Sem que a sociedade civil e o movimento ambientalista, tenha tido a oportunidade de se manifestar, e nem tampouco o Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, como um colegiado de caráter deliberativo e consultivo do Governo Federal, tenha discutido amplamente a proposta com os demais segmentos do CONAMA.

Se faz necessário que o relatório antes de ser lido, discutido, debatido pelo plenário e submetido a votação da casa, seja melhor analisado, por todas as partes interessadas na defesa de nossos biomas, da biodiversidade e do desenvolvimento sustentável do país. Nos manifestamos a Vossa Excelência com o pedido do adiamento da votação do Código Florestal com as seguintes reflexões:

Existe um chavão popular que a pressa é inimiga da perfeição, exatamente o que vem ocorrendo com a rapidez com que a Comissão da Mudança do Código na vem conduzindo a discussão do Código Florestal, na busca de soluções rápidas e que deixam muitas incertezas e dúvidas.

O Código Florestal Brasileiro, é um patrimônio de todos nós. É a lei que ao lado da Constituição Brasileira e do Código das Águas, ao longo de toda a história da legislação brasileira merecem o maior respeito de todos os cidadãos. Portanto, qualquer alteração de forma brusca no Código Florestal, mesmo que seja via Congresso Nacional, sem uma ampla discussão democrática da matéria, só trará frustrações e decepções para a sociedade. Podemos até considerar o atual Código Florestal como a Constituição das Florestas mais ricas em biodiversidade do planeta.

A segurança nacional tem tudo a ver com as grandes catástrofes que estão ocorrendo no país, pelo desequilíbrio ambiental como consequências da falta de respeito e da defesa das APPs e Reservas Legais. Cuidados que merecem as matas ciliares e os topos de morro, cuja supressão tem sido responsáveis pela morte de centenas de brasileiros. O tema em causa exige prudência por parte dos nossos parlamentares, para que não se cometa injustiças contra os direitos do cidadão.

Diante de toda a nossa preocupação e da maioria dos brasileiros, apelamos a nossa presidente Dilma Rousseff e ao presidente da Câmara dos Deputados Marco Maia e aos demais deputados, que o relatório da reforma do Código Florestal não seja de forma apressada votado antes de uma discussão ampla com todos os segmentos da sociedade.

Francisco Soares, Presidente da Fundação Rio Parnaíba – FURPA, Membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA – como um dos representantes das ONGs ambientalistas da Região Nordeste no CONAMA.

SAUDAÇÕES AMBIENTALISTAS