quinta-feira, 31 de março de 2011

Vejam a surpresa desse esse flashmob diferente e genial

Finalmente um flashmob sobre meio ambiente sensacional e diferente, que sai daquela mesmice de danças, que já encheram a paciência há um bom tempo. Realmente é o melhor que eu já vi até hoje:

domingo, 27 de março de 2011

MPF X MMA: ICMBio é acusado de envolvimento com a indústria do carvão no PI

Tânia Martins, de Teresina

Com a decisão política entre governo do Piauí e o Instituto Chico Mendes -ICMBio, de não incluir a floresta Serra Vermelha, de 120 mil hectares, no Sul do Piauí, na ampliação do Parque Nacional Serra das Confusões, para beneficiar a empresa JB Carbon, o Ministério Público Federal, antes mesmo de a empresa iniciar um novo projeto de exploração predatória da área, está entrando com uma Ação Civil Pública contra o Ministério do Meio Ambiente para criar uma unidade de conservação no local.
O Procurador Tranvanvan Feitosa, do Ministério Público (de terno à direita) recebe uma comissão de ambientalistas. Da esquerda para a direita,  Katia Vasconcelos, da RMA-Rede de ONGs da Mata Atlântica; Rubens Luna, ambientalista da Rede Ambiental do Piauí-REAPI; Luiz Carlos, do Sindicato dos Jornalistas do Piauí; Miriam Prochnow, da RMA; ambientalista Eliana Leite; Francisco Soares, da Fundação Rio Parnaíba; Vereadora Teresa Brito (PV-PI; o advogado Jeferson Oliveira da RMA e o Feitosa.

A Ação foi uma iniciativa do Procurador da República no Piauí, Tranvanvan Feitosa, que foi buscar argumentos nos relatórios do próprio MMA assinados por técnicos que deixam claro a importância biológica da floresta, considerada a última do semi-árido brasileiro e ainda o Mapa de Ampliação da Lei 11.428/06, a lei da Mata Atlântica, que abrange algumas regiões do Piauí, entre elas, a Serra Vermelha. De acordo com o procurador Feitosa, causou estranheza o fato da Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Piauí ter excluído a área, o que pode significar o favorecimento para a empresa JB Carbon,  que tem a posse da terra e vinha explorando-a de forma predatória.
Ação importante
Para o movimento ambiental, a atitude do Ministério Público é de extrema importância já que consideram ter havido indícios de corrupção durante todo o processo envolvendo a área da empresa JB. Entre as suspeitas levantadas está a apro­va­ção, pelo Governo Federal, de R$ 150 milhões, para o Governo do Piauí, pelas terras estaduais que foram incorporadas ao parque, cerca de 300 mil hectares.
Desde o início, a transação deixou um rastro de ilegalidade. Isso só foi revelado recentemente quando a Casa Civil, depois de já ter liberado R$ 50 milhões, decidiu solicitar a apresentação da documentação exigida por lei para efetivar o negócio: autorização da Assembléia Legislativa para vender patrimônio estadual e o levantamento fundiário.
Negócio sujo envolve ICMBio
O presidente da Fundação Rio Parnaíba, Francisco Soares, acredita na existência de uma negociata envolvendo o presidente do ICMBio, Rômulo Melo, deputados da bancada do Piauí e o governo do Estado, para proteger o empresário João Batista Fernandes, dono do projeto Energia Verde que consiste em produzir carvão a partir da mata nativa.
"Foi feito uma "maracutaia" isso ficou claro quando supervalorizaram o preço por hectare de terra na região. Em média, custa R$ 100 e que no processo da ampliação do parque subiu para R$ 1.000", afirma Soares. Ele diz  ainda que quando percebeu a ilegalid­a­des tentou evitar a transação denunciando o presidente do ICMBio no Conama. "Cheguei a falar com o Rômulo pessoalmente avisando-lhe que ele cometeria um crime contra o Piauí e o Brasil", salientou Francisco Soares.
Coincidências
Lucro com carvão
Coincidência ou não, o certo é que o decreto de ampliação do parque trás clausulas que encaixa exatamente com a finalidade da empresa JB Carbon: lucrar à custa da destruição da floresta. O artigo 5 diz que "fica permitida na Zona de Amortecimento do Parque Nacional da Serra das Confusões", ou seja, justamente área da JB Carbon  "a exploração de florestas e formações sucessoras sob o regime de manejo florestal sustentável, tanto de domínio público como de domínio privado, desde que previamente aprovado pelo órgão ambiental competente do Sistema Nacional de Meio Ambiente, nos termos do art. 19 da Lei n 4.771, de 15 de setembro de 1965." 
Já no artigo 8, o decreto beneficia, além da JB, outros empresários e políticos que têm terras na região, embora griladas. "Art. 8 -  Ficam declaradas de utilidade pública, para fins de desapropriação pelo Instituto Chico Mendes, os imóveis rurais privados existentes no Parque Nacional da Serra das Confusões, nos termos dos arts. 5 , alínea "k", e 6 do Decreto-Lei 3.365". O negócio continuou quando o governo do Estado conseguiu com o ex-presidente Lula, R$ 150 milhões, que seriam justificados como se o Piauí estivesse vendendo um pedaço de terra para a União. (TM)

MP vai acionar governo do Estado e empresas por poluição ambiental



Fonte: Cidade Verde

quarta-feira, 23 de março de 2011

Ministério Público e FUNASA firmam parceria para intensificar a fiscalização sobre a qualidade da água

O Ministério Público do Estado do Piauí e a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) celebraram ontem, Dia Mundial da Água, convênio de cooperação técnica para otimizar os mecanismos de controle da qualidade da água para consumo humano. A FUNASA colocou à disposição do Ministério Público sua Unidade Móvel para Controle da Qualidade da Água (UMCQA), bem como os profissionais e insumos necessários à realização de análises bacteriológicas e físico-químicas. O MPPI, por sua vez, comprometeu-se a adotar as medidas cabíveis a partir dos resultados das análises, bem como a firmar parcerias com a sociedade civil pela melhoria do sistema de saneamento ambiental e a fiscalizar o cumprimento das metas de vigilância e controle da qualidade da água.

O objetivo é evitar a proliferação de doenças transmitidas através da água, prevenindo surtos de diarréira, hepatite A e meningite, dentre outros. 
Fonte: MPE

DINTER de geografia da UFPI/UFMG promove palestra


DATA: 28 DE MARÇO DE MARÇO DE 2011
HORÁRIO: 18h
LOCAL: AUDITÓRIO NOÉ MENDES, CCHL/UFPI
PALESTRA: UM OLHAR GEOGRÁFICO SOBRE OS BIOMAS: O EXEMPLO DE MINAS GERAIS

Foto: André Pessoa
                 Discute-se a idéia de bioma a partir de uma perspectiva abrangente, na qual os fatores ecológicos são abordados em termos de suas manifestações na escala planetária. Focaliza-se então, a posição do Brasil no contexto mundial, quando são acentuadas nossas características naturais mais marcantes, que definem a distribuição de nossos biomas. A partir daí, o foco passa a ser Minas Gerais e os diversos condicionantes ecológicos que implicam no quadro biômico do estado. Tais biomas são então discutidos sob a perspectiva ambiental, notadamente no que diz respeito ao empobrecimento da biodiversidade no estado. Ênfase especial é dada aos biomas Cerrado e Mata Atlântica, os dois “hotspots” brasileiros da biodiversidade."
Palestrante: Bernardo Machado Gontijo

Possui graduação em Ciencias Biologicas - Licenciatura pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1983), graduação em Geografia pelo Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (1988), mestrado em Estudos Latino Americanos - Vanderbilt University (1992) e doutorado em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (2003). Atualmente é professor adjunto do Instituto de Geociências da UFMG. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geografia e Meio Ambiente, atuando principalmente nos seguintes temas: unidade de conservação, vegetação, áreas verdes urbanas, transformação ambiental e turismo

segunda-feira, 21 de março de 2011

Florestas e Homens


Florestas e Homens from GoodPlanet on Vimeo.


Descubre e partilhe gratuitamente Florestas e Homens, o filme oficial do Ano Internacional das Florestas dirigido por Yann Arthus-Bertrand para as Nações Unidas !
Você também, ajude GoodPlanet a preservar as florestas difundindo essa mensagem. Descarregue gratuitamente o filme em offorestsandmen.org e o partilhe sans restrições com os seus conhecimentos, no seu site, na sua escola, cidade, empresa, etc.
Mais informações sobre as acções de GoodPlanet a favor das florestas em offorestsandmen.org

AJE adota nascente do Riacho Mutum na semana da Floresta e da Água


Em comemoração ao Dia Mundial da Floresta (21) e Dia Mundial da Água (22) de março, a Associação dos Jovens Empresários do Piauí - AJE-PI adotou a Nascente do Riacho Mutum, zona rural de Teresina, na manhã de domingo (20), com o apoio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Teresina – SEMAM.

A iniciativa da AJE faz parte do Projeto Pense Verde Aja Verde e visa levar até as comunidades a educação ambiental, empreendedorismo e desenvolvimento sustentável. A primeira etapa do projeto desse ano escolheu o Assentamento Mutum, onde existe a Nascente de um riacho. O secretário de meio ambiente de Teresina, Valdemir Virgino, destacou que a iniciativa é importante, e que a manutenção da floresta em pé mantém o homem do campo, além de fornecer água e qualidade de vida. 

"A participação de comunidades, como o Assentamento Mutum, no Projeto Pense Verde Aja Verde, é de suma importância para a conscientização e preservação de regiões que possuem algum tipo de ameaça ambiental local. Como por exemplo, algumas técnicas agrícolas inadequadas causando o assoreamento de nascentes lindíssimas, como a que visitamos hoje." Informou Letícia Muniz - Coordenadora do Projeto.

O (novo) presidente eleito da AJE-PI, Paulo André Moreira de Souza, destacou que no Assentamento Mutum a comunidade tem grande potencial de desenvolver atividades empreendedoras, pois eles possuem todas as ferramentas para gerar renda e proteger a biodiversidade. Acrescentou ainda que a AJE irá se comprometer em desenvolver oficinas de capacitação e auxiliar a comunidade rumo ao desenvolvimento sustentável.

“O homem do campo tem um papel importante na preservação da natureza, e faremos um trabalho com a comunidade visando a educação ambiental e a preservação da nascente desse riacho de águas cristalinas. E é possível sim, aliar desenvolvimento com a natureza. ”, explicou Paulo André.

Durante a visita até a nascente foram coletadas amostras de água pela SEMAM que serão enviadas para análise de qualidade em laboratório. A caravana contou ainda com o apoio da Fundação Velho Monge, que desenvolve um projeto de exploração do extrativismo do babaçu na comunidade há um ano, e também do Grupo Matizes, Telhas Mafrense e da Rede Ambiental do Piauí – REAPI.

UFPI analisa parcerias para defesa do Meio Ambiente



Representantes de diversos setores da sociedade estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira (18) com o reitor da UFPI, Luiz de Sousa Santos Júnior. O objetivo da reunião foi propor uma parceria entre a Universidade Federal do Piauí, Ministério Público Estadual (MPE) e órgãos ligados à causa ambiental para incentivo da pesquisa e defesa do meio ambiente.
A promotora do MPE, Dra. Carmen Almeida, disse que o intuito da reunião é fazer com que a UFPI se volte para a reflexão acerca da vegetação protegida no estado do Piauí, através da Lei 11.428, que trata do domínio da Mata Atlântica no Estado. "Propusemos um convênio entre o MPE e UFPI. O reitor disse que tem todo o interesse e que em breve o convênio será formalizado", comenta.
O reitor, Luiz Júnior, considera a proposta bastante relevante e que a UFPI deve se fazer presente em todas as discussões relevantes que envolvam questões ambientais no estado. "Esta parceria irá fomentar e ampliar as discussões sobre meio ambiente no âmbito acadêmico, gerando o envolvimento de nossos pesquisadores, que contribuirão, de forma efetiva, com a questão, produzindo estudos e elaborando propostas", ressalta.
O presidente da Fundação Rio Parnaíba (FURPA) e conselheiro do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), Francisco Soares, acredita que o acordo de cooperação técnica com a UFPI vai contribuir para o levantamento mais detalhado da biodiversidade, além de ser uma contribuição importante para o desenvolvimento das causas ambientais no Estado. "É importante envolver a comunidade acadêmica nas discussões sobre a defesa de nossos biomas e ecossistemas", argumenta.
"Estamos preocupados com a perda acelerada da biodiversidade devido a grande quantidade de desmatamento no Piauí. Tudo está sendo destruído antes de conhecermos nossas verdadeiras riquezas. E ficamos satisfeitos em ver a UFPI preocupada em estimular ainda mais pesquisas e proteger o meio ambiente", acrescenta o ambientalista Dionísio Carvalho.
Participaram da reunião - a promotora do MPE, Carmen Almeida, representantes da Rede Ambiental do Piauí; o presidente da FURPA, Francisco Soares, a professora da UFPI, Conceição Lage; a orientadora do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Profª Jaíra Alcobaça; o procurador estadual Marcelo Coelho, o ambientalista Dionísio Carvalho e os jornalistas André Pessoa, Tânia Martins, e Margareth Leite.
Fonte: UFPI

terça-feira, 15 de março de 2011

MPF Recomenda suspensão de licenças ambientais no Piauí

Procurador Tranvanvan Feitosa determinou a paralisação dos projetos de desmatamento no interior do Piauí e acusa Semar de irregularidades dentro mapa de aplicação da Lei 11.428 da Mata Atlântica.

O Ministério Público Federal no Piauí, por meio do procurador da República Tranvanvan Feitosa, requisitou ao superintendente do Ibama no Piauí, Romildo Mafra, a realização de atividade fiscalizatória em toda a região sul do Piauí. O objetivo dessa fiscalização é identificar todas as carvoarias instaladas no Estado, com ou sem licença ambiental válida, verificando a documentação relacionada ao transporte de carvão vegetal, e a existência de desmatamentos irregulares.

No documento, o procurador da República determina que, caso sejam identificados projetos irregulares, o Ibama adote as providências administrativas cabíveis, inclusive embargando a atividade.

A medida adotada pelo MPF integra o inquérito civil público nº 1270/07 que tem por finalidade a identificação e repressão de desmatamentos e carvoarias instaladas no estado em desacordo com a legislação ambiental. Nesse inquérito, existem cópias de licenças ambientais emitidas pela Semar para a instalação de carvoarias que apontam para a insustentabilidade dessa atividade econômica.

Para tentar barrar os crimes cometidos contra o meio ambiente, especialmente na região dos cerrados, o MPF/PI já ofereceu diversas ações penais por crimes de desmatamento ilegal e uso de documentação fraudulenta para acobertar a saída de carvão para usinas siderúrgicas localizadas, principalmente, em Minas Gerais e no Maranhão.

O Ministério Público Federal também recomendou à Semar, a suspensão das licenças ambientais para carvoarias instaladas nos municípios onde há presença de Mata Atlântica, sendo eles: Morro Cabeça do Tempo, Curimatá, Avelino Lopes, Redenção do Gurgueia, Júlio Borges e Bom Jesus.

Fonte: Minísterio Público Federal

sexta-feira, 11 de março de 2011

BOLSA VERDE TENTA ESCONDER GRANDES DESMATAMENTOS

Dalton Macambira acredita que os "pobres" são os que mais desmatam


O secretário estadual de Meio Ambiente, Dalton Macambira (PCdoB), voltou a ocupar espaço na mídia de Teresina para lançar a ideia de uma Bolsa Verde, nos moldes do programa Fome Zero, que seria pago aos
pequenos agricultores do Piauí para evitar desmatamentos e queimadas. Para o secretário, os "pobres" são os principais responsáveis pela destruição ambiental do Piauí.

"O projeto poderia até parecer interessante se o seu principal objetivo não fosse esconder as grandes empresas, fazendeiros ou grileiros, que estão acabando com a natureza piauiense", disse a jornalista Tânia Martins, coordenadora da Rede Ambiental do Piauí (Reapi), entidade que conta com a participação de várias outras organizações não governamentais (Ong's).

No ano de 2007, durante um encontro da Justiça Federal em Teresina, Dalton Macambira, afirmou que os "pobres" seriam os principais responsáveis pela destruição da natureza no Piauí. A frase do secretário ganhou capa do jornal Meio Norte e uma forte repercussão não apenas no Piauí mais em vários outros estados. Na época, Dalton se desculpou afirmando que o jornalista Efrém Ribeiro, autor da reportagem, tinha entendido errado.

Para saber maiores detalhes sobre a posição do secretário de meio ambiente do Piauí em relação aos pobres, basta digitar no google: 'Dalton Macambira + pobres' que nada menos nada mais do que 4 mil
ocorrências lembram o fato. "O interessante na proposta do secretário é que são os grandes proprietários que estão desmatando o Piauí, no entanto, quanto a isso, ele não fala uma só frase", disse o ambientalista Dionísio Neto.

Pelo projeto de Dalton Macambira, os pequenos agricultores do Piauí receberiam uma espécie de Bolsa Família, no caso a Bolsa Verde, para evitar queimadas e desmatamentos. Além disso, o secretario acredita
que esses trabalhadores poderiam ajudar reflorestando suas propriedades com ajuda do Governo, fato praticamente impossível de acontecer pois a Secretaria Estadual de Meio Ambiente não conta, sequer, com um canteiro de mudas nativas.

Pelas ações do secretário Dalton Macambira no dia a dia isso também parece ser complicado. Na última semana, por exemplo, a TV Cidade Verde fez uma entrevista com o secretário sobre o imbróglio Mata
Atlântica no Piauí, e a primeira resposta do secretário mostra bem seus projetos: "Ninguém consegue fazer licenciamento ambiental, que é o nossa caso aqui na Secretaria, ou nenhum empreendedor vai se instalar com essa insegurança jurídica", disse Dalton Macambira se referindo a Lei da Mata Atlântica.

Para o representante estadual do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), biólogo Francisco Soares, quem efetivamente vem desmatando o Piauí são grileiros e produtores de outros estados que chegam ao Piauí e encontram aqui o território ideal para isso. "Não temos uma política de controle desses desmatamentos. Ao contrário, tudo que está sendo desmatado na região de Curimatá e Morro Cabeça no Tempo para produção de carvão, por exemplo, ocorre sem nenhum controle, e o que é pior, o
Piauí não ganha nada com isso, pois toda produção vai alimentar as siderúrgicas de Minas Gerais".

Anunciada a realização do IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, no Rio de Janeiro

IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental será em outubro de 2011
Foi definido para outubro deste ano (2011), na cidade do Rio de Janeiro, o IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental. O evento, antes programado para 2012, foi antecipado pela comissão organizadora para estimular o debate e os preparativos da conferência Rio+20, marcada para o próximo ano, também na capital fluminense.
O Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental será realizado nos dias 12, 13, 14 e 15 de outubro no Rio de Janeiro. Além de palestras, painéis e exposições, haverá oficinas de formação para estudantes e jovens jornalistas em vários temas da pauta ambiental, como forma de melhor preparar esse público para o exercício do jornalismo ambiental nos próximos anos. Também está previsto a realização de um encontro da REDCALC (Red Latino-Americana de Periodismo Ambiental), que reúne jornalistas que atuam com pautas ambientais e de sustentabilidade em toda a América Latina.
Em breve as entidades realizadoras do Congresso (Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental – RBJA, Rede Brasileira de Informação Ambiental – REBIA, Associação Brasileira de Mídias Ambientais – ECOMÍDIAS, e Instituto Envolverde) lançarão uma página na WEB com o banner e informações complementares sobre o evento.
“Desde já, pedimos aos colegas que nos ajudem com a presença, participação, reflexão, e também divulgação, transformando este momento numa oportunidade para que a sociedade possa refletir sobre a importância estratégica da democratização da informação socioambiental na mobilização da sociedade no rumo da mudança para a sustentabilidade”, concluem os organizadores.

Vilmar Berna, de Niterói/RJ, lançou, em 29/1/201l, a seguinte comunicação na Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental:

Colegas da RBJA,
conforme a deliberação no III CBJA – Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, estamos convidando a todos para o IV CBJA que, este ano, acontecerá na Cidade do Rio de Janeiro, nos dias 12, 13, 14 e 15 de outubro de 2011. O local ainda está sendo buscado, assim como os patrocinadores. Aceitamos sugestões.
Desde já, peço aos colegas que nos ajudem com a presença, participação, reflexão, e também divulgação, transformando este momento numa oportunidade para que a sociedade possa refletir sobre a importância estratégica da democratização da informação socioambiental na mobilização da sociedade no rumo da mudança para a sustentabilidade.
DIVULGAÇÃO - Em breve, teremos uma página na WEB para o IV CBJA e banner, que convidamos os colegas a veicularem em seus sites e blogs.
O IV CBJA E A RIO+20 - Entre seus objetivos, este IV CBJA servirá como uma espécie de preparação para a cobertura da conferência Rio + 20, que acontecerá também no Rio de Janeiro, no próximo ano, em comemoração aos 20 anos da RIO 92, que reuniu Chefes de Estado do todo o planeta, no Rio, para criar uma pauta ambiental global. Esperamos que a dinâmica deste IV CBJA permita a reflexão e o debate sobre os avanços e retrocessos da pauta ambiental no Brasil e no mundo, em especial em relação aos impactos das mudanças climáticas sobre os diversos setores da sociedade, do ambiente e da economia.
OFICINAS DE CAPACITAÇÃO – O IV CBJA irá oferecer espaço para oficinas de formação para estudantes e jovens jornalistas em vários temas da pauta ambiental, como forma de melhor preparar esse público para o exercício do jornalismo ambiental nos próximos anos.
REDCALC - Nesta edição do CBJA vamos fazer, também, um Encontro da RedCalc – Red Latino-Americana de Periodismo Ambiental, que reúne jornalistas que atuam com pautas ambientais e de sustentabilidade em toda a América Latina.
MAIS INFORMAÇÕES:
REALIZAÇÃO: Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental – RBJA, Rede Brasileira de Informação Ambiental – REBIA, Instituto Envolverde – Jornalismo & Sustentabilidade e ECOMÍDIAS – Associação Brasileira de Mídias Ambientais.
CURADORIA: Dal Marcondes – Envolverde e RBJA e Vilmar Berna – REBIA e RBJA
SECRETARIA EXECUTIVA: Instituto Envolverde – Jornalismo & Sustentabilidade - anamaria@envolverde.com.br
GRUPO DE APOIO: Fabrício Fonseca – RBJA/REBIA; Efraim Neto – RBJA/REBIA; Ana Maria Vasconcellos – Envolverde; Larissa Godoy – Envolverde.
Parceiros e veículos de apoio: (Espaço para que os colegas possam indicar seus apoiamentos. Podemos aproveitar e atualizar a página http://www.portaldomeioambiente.org.br/comunicacao-ambiental/quem-cobre-meio-ambiente.html )
Um abraço fraterno e ecológico do VILMAR S. D. BERNA - www.escritorvilmarberna.com.br
Editor da Revista do Meio Ambiente e do Portal do Meio Ambiente www.portaldomeioambiente.org.br Fundador da REBIA - Rede Brasileira de Informação Ambiental - http://www.rebia.org.br E-mail: vilmar@rebia.org.br

sexta-feira, 4 de março de 2011

Aprenda a fazer um saco de lixo doméstico feito de jornal

A grande justificativa das pessoas que dizem que "precisam" das sacolinhas é a embalagem do lixo. Tudo bem, não dá mesmo pra não colocar lixo em saco plástico, mas será que não dá pra diminuir a quantidade de plástico no lixo? Melhor do que encher diversos saquinhos plásticos ao longo de uma semana é usar um único saco plástico dentro de uma lixeira grande na área de serviço, por exemplo, e ir enchendo-o por alguns dias com os pequenos lixinhos da casa (da pia, do banheiro, do escritório). Se o lixo é limpo, como de escritório (papel de fax, pedaços de durex, etc), pode ir direto para a lixeira sem proteção. No caso dos lixinhos da pia e do banheiro (absorventes, fio dental, cotonetes), o melhor substituto da sacolinha é o saquinho de jornal. Ele mantém a lixeira limpa, facilita na hora de retirar o lixo e é facílimo de fazer. Leva 20 segundos. A ideia veio do origami, que ensina essa dobradura como um copo. Em tamanho aumentado, feito de folhas de jornal, o copo cabe perfeitamente na maioria dos lixinhos de pia e banheiro que existem por aí. Veja:


Você pode usar uma, duas ou até três folhas de jornal juntas, para que o saquinho fique mais resistente. Tudo no origami começa com um quadrado, então faça uma dobra para marcar, no sentido vertical, a metade da página da direita e dobre a beirada dessa página para dentro até a marca. Você terá dobrado uma aba equivalente a um quarto da página da direita, e assim terá um quadrado. Para ver melhor os detalhes, clique na foto para aumentar.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieZod9ggb4ytiW0neQspPNrANqgw3aMFWXo1egonO6VMbpo49wlfBkjSlhWyCXHFVynpLmEGQYviFibmOzX0zjqz0iRPJUNVBaVL2_h-YwIvabdNqfxlC7GODaQe9McN5xCojgvzoU0Eei/s200/saco+jornal+1.jpg
Dobre a ponta inferior direita sobre a ponta superior esquerda, formando um triângulo, e mantenha sua base para baixo.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnqObSE5rHydPSojGbqmaLkj6x_kwOtHXteBc82N_l3U1TkFKs9uJFJ4GtneKfz569B5O6yOql9emkLS-TsX4jIHHdInfrbVdggFVjdre6j5UGg-85HzDCIFIgrMqAx0bqPY8VSoROT19t/s200/saco+jornal+2.jpg
Dobre a ponta inferior direita do triângulo até a lateral esquerda.

                                          https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4FJzZHOcUl9mMFNHlExwzGZJ4KBLnB-6jZLXp0NCmvHgx3Ft1vezFG51ObwB90L_tbnCDiiLrF712gFK_gzNw_YGYOWbTqvR3LtdsWSs2-Wd-JRzfE2V3jUra15RYovwxgQQ0NFEAiGBy/s200/saco+jornal+3.jpg
Vire a dobradura "de barriga para baixo", escondendo a aba que você acabou de dobrar.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGpFHAU5UJhQ8S3RFBmXqvxgj6qda1Y1d2_lGWIf26NKl2NOxgrLIgsQf-3t3ccHa4ISEm-eEiePuvm9xoTEPKQFj7kKsIPVM3gox9fRItKgelLxiH0lHFcPG-SPBibL0r5s1eSLzaXZPh/s200/saco+jornal+4.jpg
Novamente dobre a ponta da direita até a lateral esquerda, e você terá a seguinte figura:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoqrc0g_BNOJM6eP-xZ1cdCkCJtfwPELULUB4vCeuAQBPqiieJ8mWalrlY8Pkk78P6KpY4peO_pW6O-HROU2D-I1hngaTiRK_xi6zqaWmKfSw4mjQPN3sie6Bds22m9ZDjYPQUfSFaEV7Q/s200/saco+jornal+5.jpg

Para fazer a boca do saquinho, pegue uma parte da ponta de cima do jornal e enfie para dentro da aba que você dobrou por último, fazendo-a desaparecer lá dentro.
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Sobrará a ponta de cima que deve ser enfiada dentro da aba do outro lado, então vire a dobradura para o outro lado e repita a operação.

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Se tudo deu certo, essa é a cara final da dobradura:

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Abrindo a parte de cima, eis o saquinho!

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É só encaixar dentro do seu cestinho e parar pra sempre de jogar mais plástico no lixo!
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGVN0jc8OTwt0bUXjqB4I-Vy1Gd7F5B_RCFc4gogtrrXXJ84bT5fa4LeXmUAmhRaVMkTGvcz61fgsFJKkQyANEIXQwRmzsLpuKUOi_eGixumtzqWSK9NK0y7e3n2Jp5SDT_cTx2Flkj5dG/s200/saco+jornal+10.jpg
Que tal?
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZGANl7SMq_MV1fR_Q6qt6C63e39lGjGutWHngPVneY1suwpYJ83XKDd_Xprms3Ay5BQQYirTGfnjXnUQUkC_CKmvPqmwBWzCcVJjo3tQf4qlueNsZd1DexmJXsvlnvWAzg2ThWdwyeWbS/s200/saco+jornal+11.jpg
Pode parecer complicado vendo as fotos e lendo as instruções, mas faça uma vez seguindo o passo a passo e você vai ver que depois de fazer um ou dois você pega o jeito e a coisa fica muito muito simples. Daí é só deixar vários preparados depois de ler o jornal de domingo!

Fonte: Instituto Nina Rosa

quinta-feira, 3 de março de 2011

Estaríamos vivendo a sexta extinção em massa de seres vivos?

Sexta extinção em massa
Agência FAPESP – Estima-se que cerca de 4 bilhões de espécies tenham vivido na Terra. Desse total que evoluiu no planeta nos últimos 3,5 bilhões de anos, nada menos do que 99% deixaram de existir.
O número pode impressionar, mas não envolve nada anormal e demonstra como a extinção de espécies é algo comum e equilibrado pela própria especiação, o processo evolutivo pelo qual as espécies se formam. Eventualmente, esse balanço deixa de existir quando as taxas de extinção se elevam. Em alguns momentos, cinco para ser exato, as taxas são tão altas que o episódio se caracteriza como uma extinção em massa.
Após as extinções em massa nos períodos Ordoviciano, Devoniano, Permiano, Triássico e Cretáceo – quando os dinossauros, entre outros, foram extintos –, cientistas apontam que a Terra pode estar se aproximando de um novo episódio do tipo.
Em artigo publicado na edição desta quinta-feira (3/3) da revista Nature, um grupo de cientistas de instituições dos Estados Unidos levanta a questão de uma eventual sexta extinção em massa. O artigo tem entre seus autores o brasileiro Tiago Quental, que durante a produção do estudo estava no Museu de Paleontologia da Universidade da Califórnia e desde fevereiro é professor doutor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.
“Paleontólogos caracterizam como extinções em massa os episódios em que a Terra perde mais de três quartos de suas espécies em um intervalo geológico curto, como ocorreu apenas cinco vezes nos últimos 540 milhões de anos. Biólogos agora sugerem que uma sexta extinção em massa possa estar ocorrendo, por conta das perdas de espécies conhecidas nos últimos séculos e milênios”, disseram os autores.
O estudo analisou como as diferenças entre dados modernos e obtidos a partir de fósseis e a influência de novas informações paleontológicas influenciam o conhecimento a respeito da crise de extinção atual.
“Os resultados confirmam que as taxas de extinção atuais são mais elevadas do que se esperaria a partir [da análise] dos registros fósseis, destacando a importância de medidas efetivas de conservação”, afirmaram. Como exemplo, citam que, nos últimos 500 anos, das 5,5 mil espécies de mamíferos conhecidas pelo menos 80 deixaram de existir.
“Se olharmos para os animais em perigo crítico de extinção – aqueles em que o risco de extinção é de pelo menos 50% em três gerações ou menos – e assumirmos que seu tempo acabará e que eles sumirão em mil anos, por exemplo, isso nos coloca claramente fora do que poderíamos considerar como normal e nos alerta que estamos nos movendo para o domínio da extinção em massa”, disse Anthony Barnosky, curador do Museu de Paleontologia e professor da Universidade da Califórnia em Berkeley, principal autor do estudo.
“Se as espécies atualmente ameaçadas – aquelas classificadas oficialmente como em risco crítico, em risco ou vulneráveis – realmente se extinguirem, e se essa taxa de extinção continuar, a sexta extinção em massa poderá chegar tão cedo quanto de três a 22 séculos”, disse.
Entretanto, segundo os autores do estudo, não é tarde demais para salvar muitas das espécies em risco de modo a que o mundo não ultrapasse o ponto em retorno rumo à nova extinção em massa.
“Ainda temos muita biota da Terra para salvar. É muito importante que direcionemos recursos e legislação para a conservação de espécies se não quisermos nos tornar a espécie cuja atividade causou uma extinção em massa”, afirmou.

O artigo Has the Earth’s sixth mass extinction already arrived? (doi:10.1038/nature09678), de Anthony Barnosky e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.

Ministério Público Federal pede criação do Parque de Serra Vermelha

Boqueirão da Serra Vermelha/ Foto: André Pessoa

O Procurador da República no Piauí, Tranvanvan Feitosa, está ingressando com uma Ação Civil Pública contra o Ministério do Meio Ambiente-MMA, para proteger a região da Serra Vermelha, no Sul do Estado, que ficou fora da ampliação do Parque Nacional Serra das Confusões, em dezembro último. O argumento do procurador tem origem nos relatórios assinados por técnicos do próprio MMA , que deixam claro a importância biológica para a conservação e proteção da área.

Segundo Tranvanvan Feitosa, o fato do projeto elaborado na Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Piaúi-SEMAR, ter excluído a área significa que pode ter ocorido  favorecimento a empresa JB Carbon, que tem a posse da terra e vinha explorando-a de forma predatória. Para o movimento ambiental, a atitude do MP é de extrema relevância já que consideram que durante o processo houve uma série de erros e indícios de corrupção, entre elas, a aprovação, pelo Governo Federal de R$ 150 milhões, pela incorporação de cerca de 300 mil hectares de terras estaduais para o domínio da União.

Ocorre que mesmo sem cumprir as regras legais estabelecidas para a transação, como a prévia aprovação da Assembléia Legislativa, em dezembro passado foi repassado R$ 50 milhões como primeira parcela. Porém, recentemente, ao tentar a liberação da segunda parcela, o governo do Piauí foi surpreendido com o bloqueio do dinheiro pela Casa Civil, que, enfim, resolveu reparar o erro de não exigir a documentação prevista em lei. Entre eles,  vender terras estaduais sem a autorização da Assembléia Legislativa.

Conforme os ambientalistas, o erro se repetiu com o levantamento fundiário não realizado. O presidente da Fundação Rio Parnaíba, Francisco Soares, acredita na existência de uma negociata envolvendo o presidente do ICMBio, Rômulo Melo, deputados da bancada do Piauí e o governo do Estado, para proteger  empresários donos de projetos na Serra Vermelha.
Fonte: Diário do Povo Piauí

quarta-feira, 2 de março de 2011

A Mata Atlântica não inviabiliza a economia do Piauí


Árvore conhecida como barriguda/ Foto: André Pessoa

O mapa da área de aplicação da Lei 11.428/06 - Lei da Mata Atlântica, compreende 17 estados brasileiros, e dentre eles temos o Estado do Piauí, que possui 46 municípios dentro da área de abrangência da Lei, correspondente a 10,52% do seu território. A Lei é aplicada em 11 diferentes coberturas vegetais, e o Piauí possui duas delas, a Floresta Estacional Semidecidual e a Floresta Estacional Decidual, sendo a última a mais encontrada no Estado.

O processo insustentável de exploração do Piauí tem aumentado a cada dia, e consequentemente, a supressão da vegetação tem provocado mudanças estéticas, sociais, ambientais e econômicas irreversíveis para as florestas do Piauí. Recentemente uma grande polêmica criada no Piauí a respeito da presença dessas duas formações florestais enquadradas na Lei 11.428/06 tem incomodado grandes grupos do ramo do agronegócio, siderurgia e politicos. Para eles, a aplicação da Lei da Mata Atlântica, que protege a floresta, pode emperrar a economia do Estado.

É interessante observar que outros estados não contestam a Lei, e nem por isso pararam de crescer. O único estado que vai contra a Lei é Minas Gerais, onde os deputados e o próprio governo afirmam que a “mata seca” e não a Floresta Estacional Decidual, é que ocorre no seu território. Com isso, eles visam favorecer as siderúrgicas. Hoje, no Piauí, acontece algo parecido, pois a vegetação piauiense possui grande potencial para a produção de carvão, que também chega até as
siderúrgicas de Minas Gerais.

Alguns pesquisadores, em defesa das empresas e politicos, não admitem as Florestas Estacionais Semideciduais e Deciduais no Piauí, e afirmam que no estado existe mesmo é a “caatinga arbórea”, que realmente se assemelha a decidual, pois esse tipo de caatinga existe em alguns lugares do Brasil.

Um mapeamento da Mata Atlântica e Ecossistemas Associados, feito pela Sociedade Nordestina de Ecologia (SNE) vai além e traz pontos importantes sobre a área de aplicação da Lei da Mata Atlântica, pois o mapeamento adotou as fisionomias definidas no decreto nº 750/93.

No Piauí, a legenda da vegetação mapeada foi: floresta estacional semidecidual montana (floresta tropical subcaducifólia); floresta estacional decidual Montana (floresta tropical caducifólia); e além disso a vegetação de dunas/ restinga (vegetação com influência marinha) e vegetação de manguezal (vegetação com influência
fluviomarinha).

Trabalhos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), verificaram no Piauí o NDVI (Normalized Difference Vegetation Index – na sigla em ingles, ou o mesmo que (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada), e revelam que a vegetação varia de acordo com o clima da região, confirmando que no Piauí existem florestas estacionais deciduais e semideciduais, em estações bem definidas.

O trabalho feito com imagens de satélite revela que a floresta estacional apresenta os maiores valores de NDVI. “Este comportamento ocorre porque a floresta tropical, adaptada a períodos secos, além de manter grande parte de sua folhagem durante a estiagem, é vegetativamente densa. Outro ponto importante é que os picos de máximos e mínimos valores de precipitação concentram-se neste domínio, fator que também influencia os valores mais altos de NDVI, uma vez que quanto mais seca a vegetação, mais rápida é sua resposta às chuvas.

E o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em publicação de 1993 deixa claro os dados do INPE, pois a floresta estacional constitui uma mata tropical que ocorre em regiões de duas estações definidas, uma seca e outra chuvosa, com espécies que perdem suas folhas na época da estiagem. Na floresta estacional semidecidual, 20% a 50% da folhagem cai no período seco, enquanto que na floresta estacional decidual a perda foliar chega a 50% ou mais, no mesmo período.

Recentemente pesquisas lideradas pela equipe da arqueóloga Niéde Guidon, sob a orientação da botânica francesa Laure Emperaire, revelam que durante quatro décadas estudos mostraram as características naturais da região da Serra da Capivara, realizando inclusive um inventário da flora, que aponta fortes elementos da Mata Atlântica, e também da floresta amazônica.

A denominação de “bioma” não tem agradado alguns políticos e poucos pesquisadores ligados a eles, pois procuram associar a Mata Atlântica a apenas uma floresta densa, próxima do oceano Atlântico com o famoso mico-leão-dourado. Existem até aqueles que confundem a população dizendo que a Lei não se aplica ao Estado do Piauí, mas esquecem de dizer qual é o real interesse político e econômico camuflado no discurso.

O que deve ficar claro para a sociedade é que na Mata Atlântica existem ecossistemas associados, cada qual com suas especificidades. E a falta de conhecimento, ou melhor, a carência de estudos mais aprofundados, também dificulta e alimenta discussõe. O problema é que enquanto isso acontece, a floresta vai sendo destruída. A
biodiversidade incluída na Lei 11.428/06 no Piauí tem o papel fundamental de amenizar a pobreza e a desnutrição, além da mitigação e adaptação das mudanças climáticas. Vale destacar que a mata ajuda também a controlar o regime das chuvas, envolvendo todo o setor agrícola de uma determinada região afetando também sua economia.

A Área de Aplicação da Lei da Mata Atlântica é rígida porque são áreas de extrema importância biológica. E quando se fala em biologia não é somente os bichos e os vegetais, mas os seres humanos.  O ano de 2011 foi escolhido pela ONU como o Ano Internacional das Florestas, para tentar aproximar todos os cidadãos sobre a importância de se preservar a mata, que cobre 31% das terras do planeta, sendo que o Brasil possui a maior parte.

Manter a floresta da Mata Atlântica, da Caatinga ou do Cerrado não significa retrocesso para a economia do Piauí, pois todos sabem que as características climáticas do Estado não permite a grande quantidade de desmatamento existente, afetando diretamente o desenvolvimento das cidades como o controle da erosão (evitando as tragédias),
fornecimento de alimento (o Piauí pode perder 70,1% das terras cultiváveis até 2050), retirada de carbono, e principalmente, o suprimento de água. Ao contrário do discurso politico, manter a floresta preservada é necessário para equilibrar a vida e a economia do Estado do Piauí.

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Dionísio Carvalho Neto - Jornalista, ambientalista, Secretário
Executivo do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Teresina, e
graduando em Gestão Ambiental

Uma verdadeira anaconda na estrada de União

É  rica essa região de Floresta Estacional Decidual, incluída dentro do mapa de aplicação da mata atlântica.

Pesquisadores confirmam existência de Mata Atlântica no Piauí



A polêmica sobre a existência de Mata Atlântica no Piauí ganhou um forte reforço com a divulgação de uma entrevista com a arqueóloga Niéde Guidon, que confirma textualmente a presença da floresta tropical no interior do estado. A constatação é fruto das pesquisas de sua equipe que durante quatro décadas estudou profundamente as características naturais da região da Serra da Capivara, realizando inclusive um inventário da flora.

Em uma ampla entrevista veiculada por uma emissora de televisão de Teresina, Niéde Guidon explicou a ocorrência dessa formação vegetal e foi além, afirmando que o Piauí abriga não apenas elementos da Mata Atlântica como também da floresta amazônica. E para provar isso, ela indicou um biólogo de sua equipe que foi ao campo mostrar aos repórteres algumas espécies da Mata Atlântica em plena caatinga. Os estudos que comprovam a Mata Atlântica no Piauí foram coordenados pela botânica francesa Laure Emperaire.

Para os ambientalistas, a entrevista de Niéde Guidon, derruba a estratégia do secretário de Meio Ambiente do Piauí, Dalton Macambira, que vem realizando uma forte campanha para convencer a população piauiense de que não existe Mata Atlântica no estado. Dalton vai além e afirma que já pediu ao IBGE para retirar o Piauí do mapa da Mata Atlântica, como se isso fosse uma decisão meramente política.

Segundo o biólogo Francisco Soares, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e da Fundação Rio Parnaíba (FURPA), Dalton Macambira, está preocupado mesmo é com a aplicação da Lei n° 11.428 que regulamenta a Mata Atlântica e impede empreendimentos que causem destruição ao meio ambiente, caso do projeto de carvão vegetal da empresa JB Carbon S/A, na região da Serra Vermelha.

“O secretário Macambira já foi desmoralizado algumas semanas atrás com um artigo da promotora Carmem Almeida, que é especializada em direito ambiental pela PUC do Rio de Janeiro e já foi a curadora de Meio Ambiente do Piauí. Agora, foi a vez de uma cientista que pesquisa há 40 anos no Piauí confirmar a existência de Mata Atlântica no sertão. O que Dalton vai dizer agora?”, questiona o biólogo.

Para o representante da FURPA, o único argumento que o secretario de Meio Ambiente utiliza para afirmar que não existe a Mata Atlântica no Piauí, é um estudo realizado pelo professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Alberto Jorge. “O problema, é que esse estudo foi pago pelo empresário João Batista Fernandes, da JB Carbon, e os levantamentos foram realizados exclusivamente na área do projeto Energia Verde, na Serra Vermelha”, denuncia Francisco Soares.

Para o jornalista e ambientalista Dionísio Neto, da Rede Ambiental do Piauí (REAPI), o Piauí vai contra o restante dos estados brasileiros que sentem orgulho de possuir a vegetação de Mata Atlântica em seu território. “Só existe uma explicação para a atitude do secretário Dalton Macambira: interesses econômicos contrariados. Não é a toa que Dalton Macambira acaba de ser condenado pela Justiça Federal do Piauí”, finalizou.

Ex-funcionários do Google protegem agricultura das mudanças climáticas

Siraj Khaliq e David Friedberg, fundadores do WeatherBill l Imagem: Kurt Rogers

A empresa WeatherBill, formada por ex-funcionários do Google, ficou conhecida por suas vendas de seguros para os afetados pelas mudanças climáticas. Os fazendeiros, como potenciais prejudicados por catástrofes do clima, têm atenção especial nos projetos da empresa.

A companhia americana possui uma equipe de engenheiros de softwares e climatologistas que fazem análises climáticas para a produção dos seguros personalizados. Segundo a empresa, a produção agrícola está cada vez mais sujeita aos riscos causados pelas mudanças imprevisíveis no clima.

Os impactos devem ser sentidos com mais frequência no século 21, se comparado ao século passado, e conforme divulgações da Organização das Nações Unidas, a produção de alimentos e os reservatórios de água potável devem ser os mais prejudicados.

O sistema criado pela WeatherBill pretende minimizar esses impactos, através dos monitoramentos climáticos. “Mais de 90% das perdas de colheitas são consequência de condições inesperadas do tempo e as mudanças climáticas estão aumentando a frequência de eventos climáticos extremos”, explicou o presidente-executivo da empresa, David Friedberg.

O Google também está envolvido nesse trabalho e juntamente com o investidor do Vale do Silício Vinod Khosla, investiu quase 70 milhões de reais no projeto, para que ele possa ser expandido nos Estados Unidos e internacionalmente. Com informações da Globo Natureza.